A Primeira Alpha

Capítulo 16 - Louis Corvinus

Quando Louis chegou a Londres, foi fácil achar seu filho, a principio iria mata-lo por deixar todo o seu legado nas mãos dos traidores de sua corte, porém quando vislumbrou o desenrolar da guerra inútil que seu filho travava viu que poderia se tornar o vampiro mais poderoso de todos os tempos. Sim os lycans eram criaturas ferozes, entretanto, nada como o incentivo certo para faze-los se tornarem seus cães de guarda.

Sabia que seu filho falharia na trama que estava tentando ganhar. Seu filho, era um imbecil incompetente já havia falhado com ele a muitos anos atras. Quando decidiu que iria dormir por séculos e deixar seu filho no controle, sabia que sua corte lhe trairia, porém achou que seu filho lhe livraria da escoria traidora sem que ele mesmo tivesse que erguer um dedo, a única coisa que não imaginava era que seu filho, seu próprio sangue, fosse um completo inútil. Antes de repousar, ele havia feito um plano, queria pegar todos os traidores, sabia que eram próximos a ele, porém não sabia ao certo quem eram, então teve a ideia do repouso, todos os vampiros anciões como ele já havia tirado ou ainda estava em seus repousos, somente ele não tinha feito isso ainda, então foi muito fácil convencer a todos que ele iria repousar, entretanto quando os lacaios chegaram para lhe matar, ele com todo seu poder, destruiu a todos, mas não conseguiu saber os nomes de quem havia lhe traído, somente quando seu filho tentou travar uma batalha contra eles, é que soube quem eram, porém seu filho foi preso e alguma parte de seu ser lhe impediu de surgiu e exigir de volta tudo o que era seu, sabia que se ele aparecesse naquele momento, matariam Armand e ele seria culpado, não podia deixar isso acontecer. Quando finalmente Armand fugiu, Louis voltou e então retomou seu trono, não foi uma batalha fácil, mais da metade de seu exercito estava do lado inimigo, porém quando viram o poder dele, voltaram rastejando como vermes, então tiveram um fim em suas garras. Pensou em ir atras de seu filho logo que recuperou seu reino, entretanto algo lhe dizia para deixa-lo, porque seus instintos gritavam que poderia usá-lo futuramente, então esperou, então quando chegou a hora foi atras, e o que encontrou o deixou muito satisfeito.

- Nikolai?

- Sim, senhor?

- Mande seus homens rastrearem a lycan, precisamos dela viva.

- Farei isso, senhor.

Nikolai saiu do cômodo, Louis olhou para o filho, o galpão em que estavam não lhes dava a privacidade que queria.

- Armand, você tem um exército de vampiros, não é?

- Sim, pai.

- E me diga, como eles deixaram uma lycan sozinha escapar?

- Fomos pegos de surpresa, pai.

- Sei. Creio eu que essa não é a primeira vez que você é "pego de surpresa", estou certo.

- Pai...

- Por favor, Armand, quando foi que você se tornou um inútil? Acredito que foi quando não impediu daqueles vermes, tentarem me matar e tomar meu reino.

- Pai, eu não sabia que estava vivo.

- Chega de sua ladainha. Mandei meus homens irem atras da lycan, porque você não faz algo útil e tenta tirar alguma informação dos seus reféns.

- Já tentamos pai, mas o humano viveu por muito tempo aqui e não sabe de nada, já o lycan prefere morrer a contar qualquer coisa.

- Pelos céus, Armand, você não consegue fazer nada direito? Sabe que logo os outros lycans estarão aqui?

- Sim, pai.

- Então vá lá e faça o pior para conseguir algo. Se dominarmos a lycan fêmea, teremos todo o poder em nossas mãos.

- Sim, meu pai.

Armand ainda estava surpreso, como seu pai tinha conseguido escapar da morte? E porque voltar somente agora que ele estava tão perto de conseguir o que queria? Seu pai sempre tinha sido um tirano, porém quando pensou que ele havia morrido, realmente sentiu a perda e tentou se vingar, estava tentando ate o momento, porém, agora que ele havia voltado, sentia o mesmo ódio que antigamente dominava seu coração, surgir novamente.

Quando voltou a sala onde seus prisioneiros estavam, notou algo diferente. O cheiro de lycan em Theodor era muito forte, será que o outro lycan o havia mordido? Não podia ser, afinal uma transformação levava dias para acontecer, então porque ele estava com seu cheiro mudado, ate o cheiro do sangue havia modificado. Algo não estava certo. Olhou para Theodor, ele estava tremendo e suando frio, suas veias estavam aparentes, o que estava acontecendo?

- Theodor, o que há com você?

Theodor deu um sorriso insano e então o impensável aconteceu, o humano estava se transformação bem em frente de seus olhos. Correu ate a espada da caçadora que estava jogada ao chão junto com outras armas, apontou para a garganta do lycan que ainda estava preso.

- O que você fez, Theodor?

A fera a sua frente soltou um rosnado alto, suas presas eram longas, suas garras afiadas, podia sentir a força que emanava dele. A fera deu um passo em sua direção.

- Não se aproxime, senão acabo com ele.

Ouviram um barulho na parte de fora, a luz se apagou, o cheiro dos lycans que estavam invadindo era intenso, havia pelo menos uma centena deles, onde tinham encontrado tantos? Não havia tempo para pensar, se não tomasse uma providencia, tudo estaria acabado.

Na salinha dentro do galpão, Louis viu a chegada do exército lycan e até mesmo da transformação do humano em fera, sorriu, pois sabia que haveria uma batalha sangrenta, e ele, sendo um dos guerreiros mais fortes do exército vampiro de seu reino, estava sedento por uma boa batalha, no final escravizaria todos os lycans, mataria seu filho estupido e então mostraria ao mundo seu poder. Quando Nikolai voltou, Louis deu a ordem.

- Nikolai, traga nosso exército, hoje ganharemos essa guerra e finalmente me tornarei o vampiro mais poderoso.

- Sim, senhor.

Nikolai e Louis saíram da sala, Nikolai iria trazer seus homens, e Louis iria se divertir um pouco, afinal sangue de lycan era delicioso, não perderia uma refeição tão saborosa, ainda mais quando ela estava se apresentando a sua frente com tanta boa vontade.

Na parte de fora o galpão o caos estava instaurado, em todo o lugar que se olhava lycans e vampiros se enfrentavam, eram garras, presas e sangue para todo lado, o barulho era ensurdecedor, ao final todos sabiam, independente do lado que vencesse as baixas seriam imensas para ambos os lados.