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— V I N G A N Ç A —

— “Eu sou um monstro ou isto é ser uma pessoa?!”

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— “Eu sou um monstro ou isto é ser uma pessoa?!”

Clarisse Lispector

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Passaram-se três dias depois da nossa missão, tenho várias nódoas negras espalhadas pelo corpo e ainda custa-me um pouco mexer o corpo, mas nada que uma movimentação mais controlada não revolva.

Visto o costumeiro uniforme, desta vez com o sobretudo.
Gojo acompanhou-me até casa e chamou o Megumi para vir-me fazer companhia já que na cabeça dele, que irei fugir sabe-se lá para onde.

Não que esteja errado, mas eu não vou fugir, vou só sair para apanhar ar e ocasionalmente bater nos merdinhas que fizeram a vida do Junpei num inferno.

Não me julguem, não sou de guardar remorsos ou recebimentos, mas Junpei mesmo com toda a merda que fez ainda era humano e não pensou bem nas consequências.

— Pai eu já disse que não vou fugir. — digo pela milésima vez só na parte da manhã

— Eu conheço-te Natsuki, sei bem quanto queres fugir. Por isso contei ao Megumi o que aconteceu.

— Calma, contaste o quê ao certo?

— Que tu foste mandada para uma missão perigosa, que te feriste gravemente que quase morreste e que foste obrigada a matar humanos reestruturados.

— Ok. E tu o que é que vais fazer enquanto eu não fujo?

— Irei ver como está, tu sabes quem, ele também está transtornado.

— Entendo. Até depois então. — beijo a sua bochecha depois de abrir a porta de casa

— Xau xau, comportem-se. — grita de longe

Entro em casa, e vejo Megumi na cozinha a preparar alguma coisa enquanto resmungava baixinho.

— Megumi! — abraço as suas costas o sentindo enrijecer levemente

— Natsuki. Que bom que estás bem. — vira-se e abraça-me fortemente — Não voltes a repetir aquilo. Nem ir em missões sozinha.

— Hai, hai.

Não sei explicar o quanto senti falta deste abraço, o mesmo abraço que acalma-me quando preciso.

— Senta-te fiz o almoço. — diz afastando-se

— Hm-hm. — sento-me na ilha que separa a cozinha da sala de estar

The Blue flameOnde histórias criam vida. Descubra agora