Capítulo (42)

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Ana Lacerda.

O caminho até meu apartamento foi completamente silencioso mas um silêncio desconfortável, eu estava me sentindo envergonhada ao lado de taehyung, sempre que podia o mesmo me olhava de cima a baixo sorrindo de canto e mordendo os lábios, me pergunto o que se passa na cabeça dele no momento.

Assim que o carro para, tiro o cinto de segurança e digo rapidamente em seguida.

— Obrigada!

Preparo-me para abrir a porta de seu carro mas Taehyung me segura no braço impedindo-me.

— Almoça comigo hoje? - ele disse me olhando nos olhos esperando eu dizer algo.

— Algum motivo especial?

— E para sairmos juntos tem que ter motivo especial Ana?

— Não, claro que não é só que...

— Então saia comigo hoje.

Respiro profundamente.

— Tudo bem, eu vou. – ele sorrir ainda segurando meu braço. — Acho que você já pode soltar o meu braço né? -digo fazendo o mesmo soltar e rir.

Taehyung olha no relógio que tinha em seu pulso e diz:

— Olha.. -ele me olha. — São meio dia e vinte,que tal agora?

— Eu tenho que me arrumar primeiro.

— Eu espero não tem problema.

— Eu vou demorar muito, tem certeza?

— Sim, é o tempo que eu vou reservando uma mesa para nós.

— Já que é assim vamos subindo então.

Taehyung assentiu e assim fizemos.

Na porta do meu apartamento após destrancar a minha porta com a minha digital, ouço Kim dizer.

— Porque sua porta tem digital e mas outras não?

— Por motivos de segurança, esse bairro é perigoso então optei por colocar uma digital na minha porta.

— Então se mude daqui e volte para a minha casa, eu te garanto que lá é mais seguro e você não terá que pagar por aluguel.

Nós entramos, eu fecho a porta e me viro para olhá-lo.

— Eu não sinto medo desse lugar. Sei me defender, eu gosto daqui só apenas prezo por minha privacidade e segurança.

— Mesmo assim, economize o dinheiro que você gosta nesse lugar e volte para a minha casa, os meninos sentem a sua falta.

— Não tem motivos para eu voltar a morar com vocês. Eu agora trabalho, tenho o meu dinheiro e uma vida a ser construída daqui para frente.

— O que você quer dizer com isso? Você já está construindo a sua vida na minha empresa.

— Você está enganado Taehyung.

Ele franze o cenho.

— Assim que eu terminar de resolver algumas coisas e pagar o plano de saúde do meu pai eu pretendo ir embora de Seul e voltar para o Brasil para cuidar dele e da minha mãe.

Taehyung me olhou assustado, rapidamente caminhou até mim e segurou os meus braços, ele diz:

— Ficou maluca Ana? Olha tudo o que você construiu aqui caralho! Um emprego que muitos dariam para estar em seu lugar, amigos, a Nari, Ana você vai deixar a sua melhor amiga para ir embora?

— Não é tão simples quanto você está dizendo Taehyung. Estou indo embora para cuidar dos meus pais, a situação não tá nada boa e eu como a única filha deles devo fazer isso por eles que me criaram a vida toda.

— Traga eles para cá, eu te ajudo a comprar uma grande casa e aumento até o seu salário se for possível, te dou semanas ou meses de folga para cuidar deles se for possível mas não vá embora Ana, não vai.

— Taehyung, eu realmente sinto muito. Assim que eu terminar de cuidar da minha saúde e receber o meu salário eu imediatamente estarei indo embora de Seul e voltando para o Brasil. Convocarei todos os meninos e conversarei com Nari particularmente.

— E eu?

— O que tem você?

— Vai me deixar? E tudo o que fizemos Ana? Nossas noites de amor, nossas provocações e as mais lindas declarações que eu já ouvi em todos os sexos que já tive, vai deixar tudo isso para trás?

— Taehyung...

— Eu entendo que é para cuidar de seus pais e você está totalmente certa em fazer isso por duas pessoas que são extremamente especiais para nós que somos filhos, mas olha e para pra pensar na ideia que eu te dei. Eu pago a passagem de vocês, pago o plano de saúde deles e te ajudo no que for necessário mas não deixa todos para trás, Ana!

— Taehyung eu realmente não posso fazer isso, nada faz sentindo. Estou decidida, já guardei dinheiro o suficiente para ir embora e criar uma ótima vida lá fora, e quanto a nossas noites de amor eu não sei o que dizer. Você é um homem lindo, rico e bastante famoso terá muitas mulheres atrás de você que proporcionará sexos melhores que o nosso.

— Não Ana. De todos os sexos e de todas as garotas de propaganda você foi a única que me deixou louco. Porra, eu tinha um ódio por você e tudo o que eu sinto agora é desejo e atração.

Frazo o cenho de imediato com a sua última palavra. Atração?

— Atração Taehyung?!

— Sim, Ana. Atração! Pode parecer bobo e imaturo da minha parte mas desde o momento em que eu te vi, desde o momento em que estávamos naquele beco um provocando o outro, o quase beijo que nós demos, tudo aquilo me deixou com muito desejo e atração por você. Você é diferente, mais madura que as outras, mais séria e decisiva que as outras, mais pensativa que as outras, mais linda que as outras, mais misteriosa e gostosa que as outras. Tudo em você interessa Ana, tudo! Então eu te peço, não vai e pensa bem no que eu te falei, não deixa todos nós para trás dessa forma.

Taehyung dizia com muita certeza, ele já derramava lagrimas enquanto nossos olhos olhava um ao outro com uma certa profundidade.

— Tudo bem tudo bem, eu vou pensar. – ele sorrir aliviado. — Mas não pense você que eu mudei de ideia tá?

— Só de saber que você vai repensar me deixa um pouco aliviado Ana.

— Vou me arrumar e vou demorar um pouco. Aguenta um pouco a sua fome?

— Sim!

— Tudo bem.

Antes que eu saísse, taehyung me dá um beijo um pouco demorado e depois de já separados eu sigo para o meu quarto.

Tomei essa decisão desde o momento em que eu soube que teria que fazer a provável cirurgia do meu câncer. Tenho que me tratar, tratar a minha saúde e a minha saúde mental para cuidar dos meus pais eles precisam de mim e eu os darei total apoio.

Minutos depois.

— Minha nossa! -Taehyung diz quando eu apareço já arrumada na sala.

— O que? Exagerei né? Também achei, vou me trocar prometo ser rápida. -falo me virando para ir ao quarto mas sou interrompida por taehyung falando.

— Não não! Não é isso Ana. - o mesmo me olha de cima a baixo, parecia sem palavras. — Você está linda, muito linda.

Sorrio tímida com seu comentário, eu realmente estava com medo de ter exagerado em algo.

O vejo caminhar até mim e pegar na minha cintura e em seguida dizer:

— Ainda está com fome? – me olha com uma certa malícia, eu já sabia o que ele queria.

— Estou. - digo e rio quando ele revira os olhos e solta a minha cintura.

— Poxa Ana, você quebrou totalmente o clima!

— Mas você perguntou se eu estava com fome, eu apenas disse a verdade.

— Estraga prazeres! – novamente dou risada. — Vamos?

— Vamos!

|  APENAS SEXO E NADA MAIS  | •Kim Taehyung• Livro/01Onde histórias criam vida. Descubra agora