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Já faziam duas semanas que tínhamos chegado de viagem, e com isso, as festas de fim de ano estavam se aproximando. E eu estava surpreso com a rapidez que o tempo havia passado, mesmo parecendo que vivi um século ao lado do amor da minha vida.

Estava animado para preparar a chegada de um novo ano, visto que Jungkook e meus amigos queriam comemorar com uma festa. Tínhamos combinado de nos reunir aqui em casa, no réveillon. E faltavam apenas dois dias!

– Jimin? Você e a Bina podem arrumar a casa para a festa sozinhos? Eu tenho que ir trabalhar... - Ele se agachou para deixar um beijinho na minha cabeça, visto que eu estava sentado lendo um livro na poltrona da sala.

– Sem problemas, Jun. Eu vou esperar ela acordar para irmos até uma loja comprar todos os preparativos. - Sorri, mirando meu olhar para cima, onde se encontrava o seu rosto.

– Tudo bem, até mais tarde. - Segurei a manga da sua camisa social, o puxando até que tivesse o rosto próximo ao meu.

– Eu te amo, meu amor. - Deixei um beijinho estalado em sua boca, vendo ele sorrir e retribuir o meu carinho.

– Eu também te amo, neném. - Ele se levantou mais uma vez, indo até a porta. Acenou um tchauzinho e se foi.

Fechei o livro de romance que estava lendo, decidido a ir até o quarto da pequena para lhe acordar.

Quando entrei no grande quarto lilás, consegui ter a visão do rostinho espremido da garota e Francisco perambulando pelo cômodo. Ela ressonava baixinho, enquanto resmungava e apertava um urso de pelúcia entre as pernas. Sua coberta estava jogada no chão e a sua posição era totalmente desengonçada, mostrando que a manta tinha caído por ela se remexer tanto.

Será que tinha algo a incomodando? Afinal, não era normal ela se mexer tanto assim na cama.

– Bina, minha filha? Vamos acordar? - Observei ela se virar para mim, com os olhinhos e a boca entreabertos. Ela abriu a boca, como se quisesse dizer algo, mas não deixou que nada saísse. Seus olhos se apertaram e, seus lábios se comprimiram, evidenciando que ela iria chorar. Mas por quê?! - Meu amor, o que aconteceu? Conta pro papai.

– Papai, Ji... - Ela se sentou rápido para abraçar apertado o meu pescoço, mostrando seu desespero.

– Não chore, minha princesa. Está se sentindo mais calma? - Senti ela concordar em meu ombro, se afastando para olhar para o meu rosto. Minhas mãos foram diretamente para as suas bochechas molhadas, tirando todo o excesso das lágrimas. - Vamos, agora fala pra mim. O que aconteceu?

– É que... - Ela fungou uma vez. - Eu estou sentindo uma presença diferente dentro de você... Acho que é um bebezinho. - Ela abaixou olhar para a minha barriga e, eu apenas arfei surpreso.

Eu estava grávido?!

– E isso não é algo bom para você, filha? - A olhei triste, pensando que ter um irmão de mim não a traria felicidade.

– Eu sou fruto de um relacionamento sem amor, Ji... - Ela voltou a chorar, porém um pouco mais fraco. - Você e o papai se amam verdadeiramente e, esse bebê vai ser mais amado que eu.

– Meu amor... - A abracei forte, acariciando seu cabelo, enquanto ela molhava minha camiseta com suas lágrimas. - Isso não é verdade! - A afastei mais uma vez, apenas para olhar em seus olhos repletos de lágrimas e sorrir. - Seu pai, uma vez me disse que era o homem mais feliz do mundo por ter você na vida dele. Não importa se você tem outra mãe, ou se o relacionamento dos seus pais não teve amor. Acredite, eu e seu pai te amamos mais do que tudo nessa vida. - Ela parou de chorar e veio a sorrir, me apertando com seus bracinhos magros. - Meus pais também não se amaram, mas eles me amam muito. Eu sei o que você está sentindo, mas uma hora você vai entender que é muito importante nas nossas vidas. - Passei toda a minha calma para ela, através do aperto quentinho em nosso abraço aconchegante.

The only virgin Jjk+PjmOnde histórias criam vida. Descubra agora