1810 - 212 anos atrás...
Eu não via problema algum em amar. Para todos, esse era meu crime. Mas eu não ligava pra isso, contanto que tivesse ele ao meu lado.
Meus familiares me taxaram como anormal, quando apenas disse gostar de outro homem. Eu era mesmo um monstro por amar alguém? Acho que não. Mas eles me expulsaram de casa como se fosse um.
Em dias como esse, sentado com meu diário, eu me sinto agradável em meio aos girassóis.
– Jimin, meu amor... Eu colhi algumas cenouras para o nosso almoço. - Apareceu em meu campo de visão e, me olhou contente. Ah, aqueles olhos... Os mais bonitos que já vi.
Eu o amava como nunca amei ninguém. Ele era minha principal família, meu ponto de paz; onde eu poderia descansar se alguma coisa estivesse me atormentando.
– Essas são as mais bonitas até hoje. Vejo que se esforçou bastante para cultivá-las, Jun... - Sorri ao tê-lo em meu enlaço. Seus abraços eram os mais perfeitos e calorosos que eu já pude sentir.
– Eu adoro comer cenoura. Vou deixá-las bem gostosas para você comer também! - Beijou de leve o meu pescoço, caminhando para dentro da nossa pequena casa.
Quando fui expulso pelos meus pais, ele me acolheu em sua casa, que ficava em meio as montanhas. Eu era feliz, apesar de tudo. Viver com ele me deixava bem.
Eu apenas sorri abobalhado pelo seu jeitinho e, corri para alcançá-lo. Nós sempre fazíamos o almoço juntos, independente do dia. Na verdade, eu só cortava os temperos, pois o talento da culinária ficava todo nas costas dele.
– Você sabe o quanto eu te amo? - O abracei por trás, tendo que ficar na ponta dos pés para alcançar seu pescoço.
– Creio que seja bastante... - Se virou e me agarrou pela cintura, me apertando contra o seu corpo. - Na verdade, eu espero que seja isso.
– Você está certo. Eu te amo mais que à mim mesmo. - Dei um selinho em seus lábios finos e macios, sorrindo em meio ao ato.
Mesmo depois de tanto tempo, eu continuava com o mesmo frio na barriga ao tê-lo por perto. E é como dizem, o amor não esfria se realmente for amor.
– Pois fique sabendo que, eu te amo muito mais! - Encheu minhas bochechinhas de selares molhados e, logo se afastou com os olhos arregalados. - Os temperos estão queimando! - Voltou sua atenção para o fogão, quase chorando ao ver a cebola e o alho torrados. - Ah, eu não acredito. Quanto desperdício...
– Está tudo bem, Jungoo. Os passarinhos podem comer cebola e alho, né? - Me apressei em pegar a panela de suas mãos e levar para jogar no quintal.
– Eu não sei, mas mesmo que comessem, não gostariam se fosse queimado, né? - Sorri, vendo que mesmo se os passarinhos não comessem, alguns insetos e fungos se aproveitariam dos temperos queimados.
– Vamos fazer de novo, mas eu corto os temperos dessa vez. - Peguei uma outra cebola e comecei a cortar, sentindo mais dor em meus olhos do que se batesse meu dedinho do pé em uma quina de parede. - Eu não vou conseguir! Ai, meu Deus! - Levei as mãos para apertar os olhos, esquecendo que elas estavam contaminadas por esse veneno. - Minha nossa, alguém me ajuda, pelo amor de Deus! Jungkook, amor?!
– Calma bebê, você sempre faz esse drama. - Chegou bem pertinho de mim, levando um pano frio para descansar sobre minhas pálpebras. Senti o alívio de imediato, soltando um suspiro ao ter meus olhos sem lágrimas. Como eu não estava vendo nada, ele me levou até estar sentado em uma cadeira.
– Oras, se é drama, faz você então. - Resmunguei, batendo o pé no chão. Ele achava que eu sofria de propósito?! Eu só queria ajudar.
Ouvi o barulho da faca partir a cebola, logo um fungar baixinho veio.
– Você está chorando, bonzão? - Brinquei.
– Eu não chorei antes e, também não vou chorar agora. - Tratou de rebater. Eu sabia que ele estava mentindo, pois era algo impossível de se aguentar.
Tirei o pano do meu rosto aos poucos, resmungando pela ardência em meus olhos. Isso nem sempre acontecia, pois não costumávamos usar cebola com frequência, mas como hoje Jungkook decidiu usar, deu nisso. Observei ele passar a lateral do antebraço esquerdo em seus olhos, tentando aliviar a dor.
– Sabe... não precisa se mostrar forte para mim o tempo todo. - Beijei suas costas, inalando seu leve odor característico. Ele tinha cheiro de laranja selvagem e canela.
– Eu preciso me mostrar forte pra você, amor. Se eu não for assim, em quem você se apoiará quando não se sentir seguro? Não vai querer que um fraco te proteja, vai? - Terminou o serviço e, despejou toda a cebola para dentro da panela. O cheiro se estendeu pelo ambiente, me fazendo fungar um pouco para capturar aquele aroma de "comida sendo feita".
– Chorar cortando uma cebola não te define um fraco, Jungkook. Na verdade, chorar por qualquer coisa não te define. - Vi ele sorrir ao terminar de preparar tudo na panela.
– Obrigado, bebê. - Abriu os braços cruzados para me apertar contra o seu peito. Eu fiquei com a cara espremida, sorrindo da mesma forma.
– Eu sempre vou procurar segurança em seus braços, porquê é apenas com você que eu me sinto bem. - Continuei. - Mesmo que você fosse um bebê chorão, eu te definiria como meu protetor.
– Agora eu estou em dúvida... Sou seu marido, ou seu segurança? - Fez uma expressão pensativa e, eu logo acertei um tapa fraco em seu braço.
– Os dois, bobão. - Ri, quando ele começou a fazer cócegas na minha barriga. - Tudo bem, já chega! Vamos apenas esperar esse rango ficar pronto.
...
– Jungkook? - Chamei por ele, quando estávamos prestes a dormir. Eu estava deitado sobre seu peito, enquanto ele tinha um dos braços abrigados em minha cintura.
– Oi? - Me respondeu baixo, a voz rouca soando perto do meu ouvido.
– Você acha que em outra vida seria tudo diferente? Digo, que não iríamos nos conhecer, ou nos apaixonar. - Fui fechando os olhos aos poucos, ainda esperando sua resposta.
– Não. Nós nascemos para ficar juntos, sempre. Eu te encontraria em qualquer mundo, ou universo.
– Têm razão. Nosso amor é grande... - Sorri contra seu peito, sentindo a pele macia e desnuda com a minha bochecha.
– O meu amor por você é o suficiente para durar mais que milhões de vidas, Jimin. - Disse e, logo eu dormi tranquilo, rezando para que ficássemos juntos em qualquer linha temporal.
Continua...
Gente, oi.
Isso foi apenas um cap de uma das vidas passadas que os jikook tiveram. Creio que não vão ter mais, daqui em diante, voltaremos com a programação normal
E eu sei que a forma que eles falaram nesse capítulo não condiz com o tempo, mas é iss
Espero que tenham tido uma boa leitura, até mais 🤘
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The only virgin Jjk+Pjm
Fiksi Penggemar[CONCLUÍDA] |Shortfic| Park Jimin podia ser um ômega paquerador, popular e beijoqueiro, mas ainda era o único virgem de seu grupo de amigos. E acaba por conhecer Jeon Jungkook... ¥ Capa feita por mim. ¥ Obra autoral, caso deseje fazer adaptações m...