"Diálogo " Capítulo 16

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Rayssa

Saio do banheiro enxugando meu cabelo.
Caminho em direção ao meu quarto cantarolando uma das músicas de "James Arthur", meu cantor preferido.

Ao passar pela porta vejo Cléber sentado na beira da cama pensativo. Me pergunto se foi por causa da cena que eu fiz mais cedo.

No caso, há alguns minutos atrás.
Não sei oque deu em mim.
A forma como a ansiedade tomou conta de mim hoje fez com que eu parecesse uma criança boba.

Odeio isso.

- Tudo bem? - pergunto pegando minha escova de cabelo na penteadeira.

- Precisamos deixar umas coisas claras.

Me viro para olha - lo, melhor.
Oque isso significa?

- Claras?

- Uhum. Vem cá.

Largo a escova na penteadeira e caminho até ele.
Sento em seu colo, colocando cada perna minha ao redor do seu quadril.

Estou usando uma calça jeans escura um pouco desbotada no joelho, uma camisa regata preta com uma gola em "V"

Ele solta um suspiro.
Fico preocupada, mordo os lábios pois sou tomada pela ansiedade.

Ele sorri colocando uma mecha de cabelo meu atrás da minha orelha.

- Sabe que eu não tive muitas namoradas, não sabe?

- Sei.

- Sabe que oque eu tive em meus outros relacionamentos não chegam nem aos pés do que temos, não sabe?

- Eu sei. Oque pretende com essa conversa? - jogo meus braços ao redor do seu pescoço.

- Quero fazer isso dar certo.

- Eu também quero.

- Certo. Eu estava pensando e...

- E?

- Diálogo.

- Diálogo? - Pergunto confusa.

- Sim, diálogo. Diálogo é muito importante em qualquer tipo de relacionamento. Acho que é isso que está faltando para nós.

- A gente conversa o tempo inteiro. - sorrio, mas ele continua sério.

- Eu sei. Oque eu quero dizer é que quando algo estiver te chateando você me pergunte antes de ficar brava comigo. O mesmo vale para mim. - ele dá uma piscadinha.

Cléber está certo, mas não sei se vou conseguir fazer isso.
A minha cara se fecha automaticamente quando essas coisas acontecem.

- Então? Temos um acordo?

- Eu não sei.

- Não sabe? - franziu a testa.

Agora é a minha vez de soltar um suspiro.

- Você sabe como eu sou. Posso prometer tentar.

- Certo. Isso é melhor do que um "não".

- Gostei dessa conversa. - confesso.

- Eu também. - ele beija meus lábios.

- Ainda vamos jantar na casa dos seus pais?

- Sim. Minha mãe já até me ligou para confirmar pela segunda vez.

Sorrio.

- Você disse que quer fazer isso dá certo?

- Sim.

- Já deu.

- Já deu. - repete me jogando na cama.

- Cléber! Meu cabelo.

 Alguém para amar 2 : O amor pode ser esquecido?Onde histórias criam vida. Descubra agora