"Uma notícia, uma resposta" capitulo 19

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Rayssa

Mesmo passando sabonete e Cléber me ajudando a esfregar a bucha em meu corpo, o cheiro de chocolate parece não ter saído do meu corpo.

Sentado em um dos sofás da sala, eu já tenho a certeza que Cléber, tinha razão.
Não é sobre nós essa "reunião de família"

Fernanda está na outra ponta do sofá enquanto Brenda está entre eu e Cléber.

Ana e seu Flávio estão no sofá de dois lugares.
Suas mãos estão entrelaçadas, os dois parecem conversarem por olhares.

Como eu e Cléber fazemos às vezes.

- Não tá um cheiro de chocolate? - Fernanda pergunta. Mordo os lábios me controlando para não rir de nervoso.

- Verdade. - Brenda diz se levantando como se quisesse descobrir de onde vem o cheiro. Cléber aproveita a oportunidade e se senta ao meu lado fazendo a irmã revirar os olhar quando se senta ao meu lado ao invés de estar entre nós.
Ele deposita uma das mãos em minha coxa.

- Esse cheiro vem de você, Rayssa. - Brenda diz. Viro meu rosto olhando para ela.

- É um creme. - falo.

- Creme?

- Sim de cacau. É muito bom para pele. Eu te recomendo. - sinto a mão de creme apertar minha coxa, olho para ele que está com a cabeça baixa mordendo os lábios.

- Você me empresta depois?

- Bom...

- Vamos acabar com esse lance de creme. - Cléber me salva de mais uma mentira. - Oque vocês querem nos contar? - Cléber pergunta olhando para os pais que sorriem.

- Estão grávidos? - Fernanda pergunta e isso faz com que Cléber arregale os olhos incrédulo.

- Grávidos? Isso é brincadeira,né? Tipo, vocês não tem mais idade para isso.

- Acho bom ser uma menina, já não aguento o ciumento do Cléber. - Brenda continua.

- Engraçadinha.

- Será loira, igual eu. - Fernanda diz.

- Que nada. Será morena como eu. - Brenda diz.

- Crianças. - Ana chama atenção de todos. - Não é nada disso.

- Graças a Deus! - Cléber joga a cabeça no encosto do sofá.

- Vamos nos casar.

- Oque?!

Eu sorrio com a notícia.

- Ah então você finalmente pediu, Coroa? - Brenda diz indo abraça - los.

Fernanda abraça Ana e quando eu olho para Cléber eu não vejo felicidade em seus olhos.

Eu vejo confusão e talvez, raiva.

Oque não faz sentido, não para mim.

- Cléber? - toco em sua perna, ele me olha em silêncio e volta a olhar para seus pais.

Às meninas voltam ao seus lugares e meus sogros voltam á falar.

- Vai ser algo simples. Vai ser nesse final de semana.

- Tão rápido? - pergunto.

- Sim. Como eu disse vai ser algo simples. Uma cerimônia no civil.

- Fico feliz por vocês.

- Obrigada querida. Cléber? Você não vai nos dizer nada?

- Pelo visto vocês já se decidiram, não é mesmo? - Cléber se levanta. - Se for só isso, eu vou subir.

 Alguém para amar 2 : O amor pode ser esquecido?Onde histórias criam vida. Descubra agora