" Correria" Capitulo 27

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Rayssa

Pego duas xícaras no armário e abro a geladeira afim de encontrar o leite.

— Chocolate quente? — pergunta meu pai.

— Uhum, o senhor quer também?

— Não, obrigado.

Misturo o achocolatado com o leite e coloco ás duas xícaras no micro-ondas.

Olho para o meu pai atrás de mim sentado no balcão em silêncio.

— Está tudo bem?

— Está sim. — sorri em silêncio.

— O senhor quer dizer alguma coisa?

— Estou orgulhoso de você. — diz com um sorriso enorme no rosto e isso me faz sorrir.

— Hum...obrigada? — franzi ás sobrancelhas.

Meu pai ri e então diz:

— Estou orgulhoso por estar sabendo lidar com a sua vida. Com os problemas, fiquei com medo depois do casamento que não aconteceu.

— Medo?

— De você se perder. Mas você encontrou o Cléber e tudo melhorou.

— Cléber faz parte dessa melhoria em minha vida. Nosso amor é leve. Eu gosto disso.

— Eu fico feliz.

Tiro ás xícaras de dentro do micro-ondas e encaro o homem a minha frente.

— Ele é o meu alguém para amar.

— Todos nós temos o nosso "alguém para amar".

Caminho com a bandeija em minhas mãos com a xícara e os biscoitos para levar lá pra cima, mas quando passo pela sala de estar vejo Cléber entrando.

— Você esqueceu elas no carro. — diz se referindo ao buquê de rosas vermelhas.

— Acho que tem um vaso lá em cima — falei subindo os degraus.

— Sua mãe realmente tá gostando de mim, né? — pergunta com um sorriso enorme enquanto arruma o buquê em um vaso.

— Sim, porquê?

— Ela disse que me considera como um filho.

— Sério? — pergunto surpresa.

— Uhum.

— E você ficou todo feliz? — brinquei deixando a bandeija em cima da cama.

— Bom ela me detestava no começo. — diz sorrindo enquanto se aproxima de mim. — Agora ela me ama.

— Ama? — provoquei. — Convencido.

— Não sou Convencido.

— Ah não, eu que sou.

— Você é engraçadinha, provocativa e doida. — roubou um selinho dos meus lábios.

— Certo. Você é Convencido, engraçadinho, e bonitinho.

— Bonitinho? — gargalhou. — Sou bem mais que isso, Rayssa Queiroz.

— É, é sim.

Rimos.

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— Certo, então você não sabe o que dar aos seus pais e a Fernanda também não?

— É, ela me pediu ajuda.

— E agora você está me pedindo ajuda. — sorri.

— Eu sou péssimo com presentes.

 Alguém para amar 2 : O amor pode ser esquecido?Onde histórias criam vida. Descubra agora