"viagem" Capítulo 28

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Cléber

Eu não seria a pessoa que iria tentar salvar a pele do meu pai quando dona Dulce fosse questioná-lo sobre não ter sido buscada por ele.

Então assim que entrei na garagem de casa peguei ás malas e mostrei a ela a onde seria seu quarto de hóspede.

A casa tava vazia aparentemente, me pergunto que horas eles voltariam?

- É bem enorme aqui. - ela diz se acomodando no sofá.

- É, sim.

Ouço um barulho de porta e então vejo Brenda entrando na sala com alguns livros embaixo dos braços.

- Oi, Cléber.

- Quem é essa? - Dona Dulce pergunta.

- Eu sou Brenda. A senhora deve ser a mãe do coroa.

- Coroa?

- Brenda! - sussurrei.

- Digo...do Flávio.

- Ela é sua irmã? - pergunta olhando dos pés a cabeça.

Isso aqui é só o começo do caos.

- Sim.

- É a cara da sua mãe.

- Sério? - Brenda parece surpresa.

- Sim, o mesmo rosto angelical e de confusão.

- Confusão?

- Bom - interrompo. - Preciso buscar a Rayssa na agência não sei que horas volto e pensando bem, não sei se volto hoje. Brenda você fica aqui fazendo companhia pra dona Dulce, pode ser?

- A avó é sua e eu que sofro?

- Brenda...por favor.

- Você tem sorte que eu gosto da Rayssa.

- Obrigado.

Não demorei muito para conseguir chegar na agência, Rayssa provavelmente estaria no Studio que fica nos fundos.
Quando cheguei havia alguns efeites na entrada, provavelmente por conta do evento que terá.

Vejo Fred e caminho até ele que assim que me reconhece lança um sorriso em minha direção.

- Olha se não é o boy da patroa.

- Oi, Fred. Você pode avisar a Rayssa que eu já cheguei? Mandei uma mensagem, mas ela não viu.

- Ah, a pobrezinha estava tão cansada que eu falei pra ela ir para o camarim descansar um pouco. Eu acabei de vir de lá e a bichinha está dormindo no sofá. Mas eu vou lá acordá-la.

- Não. - o interrompo. - Eu vou carregá-la até o carro. Só preciso da sua ajuda.

Ele sorri e joga um pouco de confete no ar.
Isso me faz lembrar da noite em que conheci Rayssa em sua despedida de solteira que tava mais para um Carnaval.

- Me siga querido.

Solto uma risada com o seu bom humor e caminho logo atrás dele.

Quando ele abre a porta com calma para não acordar Rayssa. Eu a vejo deitada encolhida no pequeno sofá.

Esses últimos dias tem sido muito tenso pra ela. Além de ajudar minha mãe com os preparativos do casamento ainda tem ás coisas do trabalho, eu admiro muito sua força.

- Vou pegar a bolsa dela. - Fred diz.

- Ok. - Me aproximo levando meus braços com cuidado ao redor do seu corpo.

 Alguém para amar 2 : O amor pode ser esquecido?Onde histórias criam vida. Descubra agora