– Como foi a pescaria, filho? Sua mãe me contou que você foi até o rio... - O homem de aparência semelhante ao filho, pergunta, sentado em uma das cadeiras da mesa de madeira esculpida a mão.
– Ah... O rio não estava pra peixe hoje. - Tentou descontrair, soltando uma risada fraca. Pigarreou, voltando a falar. - Não conseguimos pegar quase nada, foram apenas alguns filhotes que soltamos de volta na água. Amanhã nós vamos até lá de novo. - Tentou se retirar, mas logo sua mãe o chamou, impedindo que continuasse seu percurso.
– Como assim "nós"? Você não tinha dito que ia sozinho, garoto? - A mulher questionou, pegando o filho de surpresa.
Jimin começou a suar frio, tremelicando um pouco as mãos. Ele odiava mentir, e quase nunca fazia isso. Na verdade, ele não sabia esconder nada dos outros.
– Os meninos decidiram me acompanhar de última hora. Eles estavam sentados na frente do matadouro quando eu atravessei a floresta, então acabaram me vendo e foram comigo. - Torceu para que a mulher acreditasse, engolindo em seco.
– Tudo bem. Vá tomar um banho, eu já preparei a tina para que você se lavasse. - Senhora Park voltou ao que fazia de antemão, e Jimin soltou um suspiro de alívio. - Desça para jantar depois.
– Tá bom, mãe. - Depois de ver que a mulher tinha acreditado na mentira, o rapaz subiu as escadas rapidamente, rumando para o banheiro.
Se olhou no pequeno espelho que residia na parede, vendo o quanto seu rosto parecia caído. Fazia tempo que não estava se alimentando bem, e muito menos fazendo exercícios. Sua rotina consistia em ajudar sua família trabalhando por um curto período, comer e dormir. Tudo se tornou tão repetitivo, e ele já estava enjoado disso.
Sua sorte é que tinha encontrado um bom motivo para fugir da rotina tediosa... Talvez Jungkook fosse a sua salvação.
Tirando a atenção de seu físico, Jimin começou a se despir vagarosamente. As roupas deslizando delicadamente pelo corpo curvilíneo, deixando a pele alva nua e crua. Deu alguns pequenos passos, até adentrar a tina com água morna. Sentiu o corpo relaxar com o contato gostoso da água em seu corpo, deixando os músculos tencionados um pouco mais leves.
Se pegou pensando no homem moreno e virtuoso, o qual Jeon era. Tudo nele era encantador, fazendo Jimin ficar preso em sua imagem. Mordeu os lábios, quando sentiu uma fisgada em seu baixo ventre, olhando para o seu membro coberto pela água.
Tinha ficado duro por um homem que conhecera há algumas horas atrás?! Não... ele não podia.
"Não sentirás por um homem, o mesmo que deve-se sentir por uma mulher."
Era isso que sua mãe sempre lhe insistia em dizer. Desde sempre, quando o garoto se mostrou mais interessado no sexo homogêneo ao seu, ela tentava martelar aquela maldita frase para dentro da cabeça dele.
Se ela o amava, não podia aceitá-lo como era? Era tão difícil assim reconhecer que ele não era como ela gostaria que fosse?
Aquilo o exauria, e talvez por isso sua alimentação tenha se tornado tão escassa nos últimos meses. Ele não sentia vontade de comer, ainda mais por ter que se sentar na mesa e ouvir ela lhe cobrar coisas que sabia que ele não podia cumprir.
Ela tentava controlá-lo em todos os sentidos, mas aquela era a única coisa a qual ela não podia ter domínio. Não podia mudar quem ele era, apesar de fazer de tudo para que isso acontecesse.
Ficou irritado ao pensar no quanto sua mãe implicava consigo. Oras, ela não tinha esse direito todo!
Nunca sequer tinha se tocado de maneira íntima, a não ser para se lavar. Sabia que seus toques podiam trazer prazer ao seu corpo, mas nunca sentiu necessidade de fazê-lo. Até agora...
Levou uma das mãos timidamente para tocar o seu falo, acariciando a fenda vermelha com cuidado. Arfou ao ter o toque macio das suas mãos em seu membro, e logo começou a bombea-lo de maneira lenta.
Prendeu o lábio inferior entre os dentes, ao sentir necessidade de aumentar o ritmo da masturbação. O atrito constante da sua mão com seu pênis o fez soltar gemidos baixos e contidos, para que ninguém ouvisse o que ele estava fazendo dentro da tina.
Sentiu um formigamento gostoso ao pé da barriga, e logo melou a mão com seu próprio semen. Piscou algumas vezes, aturdido pela sensação de prazer que dominou seu corpo. Aquilo era certamente o que ele gostaria de fazer para relaxar daqui em diante.
– Você está demorando muito, garoto. Eu e seu pai te damos cinco minutos para você descer! - Ouviu a voz da mãe através da porta, bufando ao tê-la pisando para longe do banheiro.
Saiu da tina, ainda tremelicando um pouco. A sensação de formigamento ainda rondava seu corpo, o fazendo morder os lábios ao secar o membro sensível.
Se vestiu de forma simples, com uma camiseta velha e calças largas. Estava parecendo um saco de batatas. Mas não ligava, estava em casa, e logo iria dormir.
Desceu as escadas, que rangiam ao ter seu peso sobre o piso de madeira. Andou em passos vagarosos até a mesa, pegando um prato para se servir, mas logo sua mãe o impediu, pegando o prato da sua mão.
– Um homem nunca se serve. Se existe uma mulher no mesmo lugar que você, é irrevogável que ela tenha que te servir, garoto. - Colocou uma quantidade moderada de sopa no prato, o entregando em seguida. - Coma pouco, não quero que fique gordo.
Jimin abaixou a cabeça, se sentando afastado dos pais. Eram situações como aquela que esgotavam toda vontade de existir que havia em seu corpo. Tinham vezes que ele apenas queria pular uma das refeições e dormir pelo resto do dia.
– Ah, filho! - O homem que se mantinha quieto até agora, chamou a atenção de Jimin. - Eu e sua mãe estávamos conversando com os pais da Roseane...Você deveria tentar algo com ela.
– E-eu não posso! Já tenho alguém em mente... - O rapaz mordeu os lábios, ainda com os olhos arregalados pela surpresa de ter dito algo impensado.
Droga, teria que mentir mais uma vez... E só lembrando, Park Jimin é péssimo com mentiras.
– Quem é a felizarda? - Sua mãe perguntou com deboche, e o garoto apertou as mãos em punho por debaixo da mesa.
– É o Jun... A Junny. - Pegou a colher de sopa e a levou até a boca, ingerindo aquele líquido espesso de cor amarronzada. Como continuaria com aquela mentira? Teria que inventar uma situação onde tinha conhecido a garota inexistente, que ele quase disse ser um homem, ou melhor, o Jungkook... - Eu estava entregando as caixas de leite e, uma das casas em que entreguei era a dela. Oh, ela é tão charmosa... Seus cabelos negros e a boca fina tão vermelha me chamaram a atenção. - Tentou mesclar a desculpa com o seu trabalho, e sabia que aquilo podia dar errado. Mas não custava tentar. O que é uma picada, pra quem está dentro de um enxame de abelhas, não é?
– E quando nós vamos conhecê-la? - A situação toda estava se tornando desagradável aos olhos de Park Jimin. Não que já não estivesse no início...
– Os pais dela a proíbem de ter relacionamentos. Fiquei sabendo disso depois de conversarmos na porta de sua casa. - Terminou de tomar a sopa de carne, virando o prato todo na boca.
– E como você pretende conquista-lá? - A mulher terminou de comer também, recolhendo os pratos do marido e do filho.
– Tudo tem seu tempo, mãe. Logo os pais dela vão parar de enche-lá de uma proteção desnecessária e, vão perceber que não podem impedi-lá de amar alguém. - Semicerrou os olhos, se levantando da cadeira em seguida. Aquela era mais como uma indireta para a mulher, mas ela pareceu não perceber. - Eu vou para o meu quarto, estou exausto. - Fingiu um bocejo, espreguiçando os braços.
Aquele tinha sido mais um dia da vida de Park Jimin, um dos poucos que ainda lhe restavam...
A maldição imposta por Satã a Belzebu, não era balela, era real, e era letal. E ele descobriria isso da pior forma possível.
— Continua...
Hello guys, it's me, Valéria Almeida
Vamos hablar? Miesmo? Quiero! 🤪Falem aí da capa bonita que o pai aqui fez, ficou massa demais kkk
Espero que tenham tido uma boa leitura, até mais 🤘💕
VOCÊ ESTÁ LENDO
Belzebu Jjk+Pjm
Fanfiction[CONCLUÍDA] |Shortfic| Essa é a história de Belzebu, um deus que foi amaldiçoado por Satã, o primeiro governante do inferno. Dizem que qualquer um que se aproximar dele morrerá, e por conta disso o deus vive cercado de solidão. Bom, até eles aparec...