Belzebu Jjk+Pjm

XI

Lilith tinha um plano reserva para caso aquela emboscada não desse certo. Seria esta, a terceira tentativa de tomar o poder do inferno.

Ficou sabendo por uma de suas fontes, que o concubino do rei odiava a própria mãe. A mulher fazia um furacão na vida do filho, apenas por ser homossexual.

A traria até ele, então. Quem sabe sua presença não o desestabilizaria, e ele desistisse de governar o inferno ao lado de Jeon, pela opressão da mulher.

Mandou um anjo caído para a Terra, o qual era seu aliado mais leal.

Tyrael, que caiu em tentação e foi mandado para o inferno por conta da sua rebeldia. E desde quando foi expulso do paraíso, tornava a vida de todos uma completa bagunça. Se ele não tinha paz, ninguém podia ter.

– Quero que você suba até o mundo mortal, e converse com a Morte. Mande-a trazer aquela mulher até as profundezas do inferno, pois sua morte foi solicitada por Satã. - Se virou para ir embora, mas seu pulso foi segurado firmemente por Tyrael. 

– Se eu me ferrar por sua causa, eu faço a Morte te levar também. Fique ciente. - O homem disse rouco, soltando os pulsos agora avermelhados de Lilith.

A mulher apenas revirou os olhos, ao ter o anjo longe dali. Quem ele pensava que era, a ameaçando daquela forma?! Achou ridículo.

Tyrael subiu até a superfície da Terra, procurando a localização da alma carcereira com os olhos. Foi mandado diretamente para perto da Morte.

Avistou de longe, ela ditando a morte de um homem de sorriso debochado. Ah, ateu.

– Pare com essas brincadeiras, cara. Eu não sou fiel a Deus. - Disse, enquanto cuspia uma quantidade moderada de sangue no chão. Metade do seu corpo parecia ter sido esmagado, era impressionante ele ainda continuar vivo.

– E nem eu... - Passou a sua foice na jugular do homem, separando a cabeça do corpo inútil. - Esses miseráveis me cansam, sinceramente. Pro inferno com esse ceticismo! - Fez uma careta de nojo, enquanto limpava o sangue espirrado em sua manta preta. Quando se viu um pouco menos suja, colocou o capuz de volta na cabeça.

– Morte?! - O homem chamou alto pela mulher, visto que ela ainda estava um pouco distante.

– O que está fazendo aqui, Tyrael? - Perguntou, praguejando aos quatro cantos. Odiava o anjo, pois ao seu ver, ele era insuperavelmente insuportável. - Você deveria estar no inferno, sendo a cadelinha na coleira de Lilith.

– E-eu não sou cadela de ninguém! - Cruzou os braços, batendo as asas para chegar até a moça bonita. - Vim aqui a mando de Belzebu. Você precisa ir buscar alguém, e precisa ser rápido. Aqui estão as informações. - Esticou um papel para ela, e a moça logo o recolheu das suas mãos.

– Não. Não chegou nenhum comando dele para mim, e ele sempre trata de fazer isso antes de me dar uma ordem. - Semicerrou os olhos ao ler o papel, e logo depois olhou desconfiada para o homem. - O que você está tramando, ein? - Agora era ela quem tinha os braços cruzados, mantendo o lábio inferior entre os dentes.

– Eu não estou tramando nada, ele só me pediu pra vir aqui te avisar. Não sei o porquê. - Estava suando frio, enquanto suas bochechas começavam a corar.

– Sabe, não é tão fácil assim levar alguém para o inferno. - Descruzou os braços, pegando um caderninho de dentro do bolso. - Primeiro: Essa pessoa é saudável, ou está com a vida no buraco?

– Saudável.

– E porquê ela deveria morrer, uh? Você está jogando com a minha cara. Agora rala, antes que eu perca a minha paciência e fale o que você está fazendo para o nosso rei. - Se virou, tomando rumo. Mas parou, ao ouvir o outro.