Belzebu Jjk+Pjm

XV

– Babe, por que você está bravo? - Jeon deu alguns toques na porta do quarto, apoiando a cabeça na madeira fria.

– Você estava com aquele belo homem na sala, e pararam de conversar bem na hora que eu cheguei. Estranho, não? - Park mordia o lábio inferior, tentando prender um soluço de choro. - Eu sei que não sou bom o suficiente, e que não tenho nada de bom para oferecer à ti... Mas ainda acho que mereço um pouco de respeito.

– Ji, ele é apenas um amigo. Eu avisei mais cedo que resolveria algumas coisas com a Serpente do Mundo. - Não sabia que Jimin se auto-sabotava com esse tipo de pensamento. Se sentiu um tolo por não tê-lo colocado para cima mais vezes, por não ter deixado claro que ele era o suficiente, mais do que isso até. - Você é minha vida toda, e eu jamais pensaria em te trocar por outro alguém. Você pode me oferecer o bem mais precioso deste mundo inteiro, que é teu amor.

– Está falando sério? - Jeon sentiu um pouco de receio na voz do amado, e tentou abrir a maçaneta mais uma vez.

– Mas é óbvio, corazón. Abre aqui pra mim, por favor... - Suspirou, fechando os olhos. Poderia destravar o trinco da maçaneta apenas com um estalar de dedos, mas gostaria de esperar o momento em que Jimin estivesse confortável para fazê-lo sozinho. - Me deixa ver esse seu rosto lindo, uh? Quero colocar um sorriso na sua boca, e te deixar feliz.

– Ah, é? Quer me ver feliz, uh? E por que você não cola sua boca na minha, então? - Disse isso no momento em que abriu a porta, deixando Jeon estático com a investida direta. Satã teve que se controlar para não prensar o rapaz na porta e deixar a marca de suas mãos na cintura fina, enquanto explorava o sabor da boca do menor com a língua, saboreando do gosto mais alucinante que já provara. Não gostaria de assustá-lo, mas faria o máximo de esforço para ser o mais carinhoso possível.

Os beijos do casal eram sempre marcantes, cada um com seu toque único e sabor inexplicável. A maciez das bocas se resvalavam de leve, e quando não, as línguas eram sugadas pelos lábios um do outro.

Park ficava imerso nos toques brutos de Jeon, e achava fofo quando ele tentava ser delicado sem sucesso. Na verdade, gostava mais assim: de ser pego com força, sentir o aperto das mãos grandes do maior, só para depois ver as marcas vermelho-arroxeadas que ficavam em si.

– Ei, mi vida. Você está pronto para avançarmos um nível importante do nosso relacionamento? - Jeon parou o beijo, ainda colado no corpo do menor, colocando uma das mexas de sua franja atrás da delicada orelha.

– Eu quero extrapolar todos os meus limites com você. Estou pronto, sim! - Sorriu largo, depositando um selinho molhado nos lábios frios e finos de Jungkook.

– Então venha comigo, vou te mostrar um lugar especial pra mim aqui no palácio. - Se afastou, apenas para agarrar uma das mãos pequenas e quentes e começar a guia-lo por um caminho desconhecido pelo menor.

Jimin nunca tinha reparado o quão imenso realmente é o palácio, pois ainda existiam cantos que ele nem tinha chegado perto de passar. Era uma ala vasta, com as paredes de pedregulhos. Perdeu seus olhos na porta, de onde saía uma luz branca de energia limpa e totalmente natural. Era como a luz do Sol, mas dentro de uma sala fechada e sem vista para fora.

– Por que lá brilha como o dia, se estamos em uma sala fechada e sem energia elétrica, Jun? - Perguntou, ainda encantado apenas com a luz. Eles nem tinham atravessado a porta ainda.

– Espere e verás, garanto que você vai ficar surpreso. - Sorriu mínimo, parando a caminhada para se posicionar atrás de Park. Colocou as mãos sobre os olhos do menor, deixando apenas o escuro de vista para ele. - Gostaria de fazer uma surpresa e, se não te incomodar, vou guia-lo para dentro da sala com os olhos tampados.