Capítulo 45

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POV: Perseus Heitor Jackson.

Lá estava eu, com a espada em punho e pronto para mandar aquele monstro para o tártaro, já havia destruído vários Ciclopes antes. Meu braço tremia, eu sentia que era errado tirar a vida daquele monstro, eu nunca tinha fraquejado antes, mas aquela frase da Esfinge "esse idiota e bom demais, ele não serve para nada mesmo." Mas eu tinha que matar, ele era um monstro, não pensaria duas vezes antes de arrancar minha cabeça, e me fazer de jantar. Esse era o menor Ciclope que eu já tinha visto, ele não era feio como os outros, ele parecia um pouco comigo e meu pai, pensando bem, tirando o grande olho. Ele e um monstro, eu tinha que mata-lo. Eu comecei a descer a espada.

-----Socorro, não, por favor. ----Disse ele sonhando, sua voz era de criança, rouca e estranha, mas de criança. Por fim abaixei a arma, ele com certeza era um bebê, talvez ele não seja mais monstro do que eu. Levantei e dei as costas para ele. ----Não, não me machuque. Socorro. ----Parei, eu devia ajudar ele, ele era apenas um Ciclope bebê, talvez ele seja filho de meu pai.

----Maldito coração mole. ----Disse bravo comigo, voltei até o corpo do Ciclope inconsciente. ----Eu vou me arrepender disso. ---Disse bravo. Olhei-o mais atentos, aparentemente ele não estava machucado, o virei de novo, o deixando de costas, havia muitos ferimentos. Conjurei um recipiente de água, e usei meu poder de cura nas feridas, elas se curaram muito rapidamente, eu achei muito estranho, ficaram algumas cicatrizes, mas não do ataque de agora, essas eram marcas antigas, isso demonstra que esse ciclope vem sendo atacado por outros monstros. Ele se mexeu novamente, acho que já vai acordar, ele abriu o olho, era de um castanho esverdeado muito bonito, ele se levantou em um pulo, ele olhava assustado para os lados.

---Calma, calma, eu não vou te machucar. ---Ele foi se acalmando, confesso que quase destampei Contracorrente e matei o Ciclope.

----Obrigado. ----Disse ele, isso me atingiu como uma porrada na cara, ele agradeceu? ----por me ajudar e salvar daqueles monstros. ----Assenti.

----De nada, agora me diga, você tem nome?

----Tenho, meu nome é Tyson. ----disse ele.

----Tyson, legal. ---disse sorrindo, ele sorriu de volta, seus dentes eram tortos e manchados. ----Por que eles estavam atacando você, Tyson?

----Por que eles são do mal, e queriam que eu fizesse mal, com aquelas crianças que saiam da escola, hoje mais cedo. ---disse ele com lagrimas no olho.

----Então você não gosta de fazer mal a pessoas?

----Não, eu não sou um monstro, ----disse ele nervoso, me afastei e coloquei minha mão no bolso, ele parou e disse ----Desculpe.

----Tudo bem, eu te entendo. ----Ele parecia contar a verdade, meu julgamento nunca e dos melhores, mas vou dar uma chance para esse Ciclope, fazia sentido sua conversa. ----Você sabe, de qual Deus e filho? ----Ele assentiu.

----Poseidon. ----Eu quase cai pra trás. Ele era meu irmão? Bem fazia sentido, ele era parecido comigo e meu pai, tinha o olho esverdeado, e ele se curou rápido demais, ele deve ser filho de uma Crineias, Limnátide, Náiades, Oceânides, Nereida e muita outras Ninfas e espíritos da natureza, elas são pequenas divindades, e a mistura deles com Deuses como meu pai Poseidon, dão monstros ou outras Ninfas.

----Qual sua idade? ----Perguntei, tomara que ele não seja uma traição do meu pai.

----Tenho 12 anos.

----Ufa, ainda bem, sabe, eu também sou filho de Poseidon. ----O que aconteceu a seguir foi um tanto engraçado, tirando um fato de quase ter me matado, com um abraço de Ciclope.

----IRMÂO, EU SEMPRE QUIS TER UM IRMÂO. ----gritava ele feliz me abraçando.

----Me.. sol.. ta. ----ele me largou, e abaixou a cabeça envergonhado, ele era uma criança gigante, eu ri com isso, ele parecia ser bom de verdade, apenas bobão.

Percy Jackson o Guerreiro Sem LimitesOnde histórias criam vida. Descubra agora