Capítulo 12

221 21 5
                                    


POV: Perseus Heitor Jackson

Acordei com uma terrível dor de cabeça, aquilo estava me matando, quando tentei me movimentar, senti o meu corpo inteiro doer, tudo estava doendo demais, com dificuldade sentei-me daquela cama esquisita, nunca estive nela antes, porém, eu reconheci de imediato onde estava, olhando em volta, pois o interior da tenda era familiar, estava quente e confortável, tapetes de seda e almofadas cobriam o chão, no centro, um braseiro de ouro parecia queimar sem combustível ou fumaça, no fundo da tenda, em um aparato de carvalho polido, estava um enorme e lindo arco de prata, esculpido para se assemelhar aos chifres de uma gazela, também penduradas nas paredes estavam peles de animais: Urso preto, Tigre, Antílope Azul, como o próprio nome sugere, ele era azul, achei que um ativista dos direitos dos animais teria um ataque cardíaco ao olhar para todas aquelas peles raras, ao fundo da tenda, perto da cama um veado com pelo brilhante e chifres prateados, descansava, quando ele notou minha presença, ele me olhou animado, se agitando e correndo na minha direção, levando sua cabeça contente para que eu pudesse acariciar sua cabeça, eu fiz um carinho em sua cabeça.

---Oi Faline, como estão as coisas? Cadê todo mundo? ---Perguntei enquanto continuava a acariciar. Eu precisava falar com Arty, ela deve estar preocupada comigo, afinal de contas ela me achou extremamente ferido. Por um momento, me vi pensando em algo estranho, uma voz, algo que ao mesmo tempo que era familiar, parecia tão distante, mas forçar a me lembrar daquilo fazia minha cabeça doer, então balancei-a afastando aqueles pensamentos. Levantei-me com dificuldades, meio cambaleante, quando olhei para baixo, haviam alguns ferimentos, cortes, em diversas partes do meu corpo, eu vi a água, em um recipiente ao lado da cama, eu fui até ele e tentei me curar com a água, mas por alguma razão, eu não consegui, talvez por estar tão cansado, mas realmente tinha algo diferente em mim. Ao lado da minha cama havia uma camisa preta de mangas compridas. Estava na hora de encarar Ártemis, afinal de contas ela realmente deve estar uma fera comigo, fui caminhando com dificuldades para fora da tenda, Faline havia voltado ao seu cantinho. Assim que sai para fora da tenda, eu realmente percebi que realmente estava escrencado, aquela cena fez subir um calafrio pela minha espinha, um sentimento de quase pânico na verdade, eu realmente estou morto. Meu pai estava abraçado a minha avó Atena, que estava chorando compulsivamente, isso e realmente inédito, mas para minha avó estar chorando dessa forma, as coisas realmente estão ruins pro meu lado, sem contar que minha mãe, Hera e Héstia também estavam chorando, enquanto estavam abraçadas, Apolo e Ártemis chorando também, ela estava com a cabeça no peito do irmão gêmeo que fazia carinhos em seus cabelos, e aquela garota que salvei, tenente de Ártemis, seu nome era Zoë, ela também estava chorando bastante, enquanto estava abraçada em uma outra garota, Loira muito linda, provavelmente filha de Apolo. Era uma cena estranha e confusa, até um tanto divertida, porém, não era pra mim, pois eu sabia muito bem o que veria a seguir, ou seja, um belo e refinado castigo, pensar nisso me deixava em pânico, então eu meio que agi por impulso. ---Quem morreu? ---Perguntei de uma vez, chamando toda atenção para mim, eu mal fechei minha boca, pois no momento seguinte, que eu disse aquela frase, eu já não vi mais nada, apenas senti uma pancada em meu corpo, quando dei conta do que acontecerá, eu já estava no chão com dois corpos sobre mim, com duas deusas chorosas e bastante irritadas.

---SEU MOLEQUE, IDIOTA, IRRESPONSÁVEL, COMO VOCÊ ME SAI SEM MEU CONSENTIMENTO, EU DEVIA TE MATAR. ---Disse minha mãe gritando e chorando, ela estava em cima de mim e dando consecutivos socos em meu peito, com toda certeza era amor demais, só que estava doendo, ainda mais por estar ainda com muitos ferimentos abertos por baixo daquela camisa. Parada ao meu lado, ajoelhada e assistindo aquela cena complicada, estava minha avó Atena.

---Calma, mamãe. ---Disse com dificuldades, automaticamente tentei abraça-la, para quem sabe parar com os socos em meu peito, ---Eu vou ficar bem, está tudo bem. ---Disse firmemente, tentando passar confiança em minha voz.

Percy Jackson o Guerreiro Sem LimitesOnde histórias criam vida. Descubra agora