Capítulo 118

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POV: Perseus Heitor Jackson.

No meu sonho, eu me sentia mais forte, me sentia mais vivo e isso só podia significar uma coisa, significava que eu estava em baixo da água, no fundo do mar para ser mais preciso. O lugar era claro, havia um belo palácio ao fundo, altas colunas azuis escuras, altas, com janelas sem vidro, haviam algas, algas de diferentes cores, elas cresciam nas paredes do palácio, havia um belo jardim, cheio de diversas plantas aquáticas de diversas formas e cores, não sabia nomear nenhuma delas. Mais o que chamava atenção, eram duas pessoas conversando, a primeira delas era uma bela mulher, ela devia ter por volta dos 26 anos, devia ter 1.67cm, pele clara, ela tinha um cabelo vermelho escuro, bem escuro, que estava amarrado em um rabo de cavalo, seus olhos eram dourados, sem esclerótica ou pupila, seu corpo era rodeado de belas curvas, ela vestia um longo vestido branco, porém ele não se molhava dentro da água, em seu pescoço, reconheci a joia que eu vi a Ligea usando aquela noite que quase nós beijamos, um colar de ouro, com um pingente de uma joia azul turquesa, linda, ela estava sentada em um banco, conversando carinhosamente com uma linda garotinha, que estava sentada em sua perna direita, me espantei por reconhecer essa garotinha com extrema facilidade, era Ligea, um tanto mais fofa e infantil, mas sem dúvidas de quem era, era Ligea, eu tinha certeza, só que ela aparentava ter uns 6 anos, 1.10cm, ela era magricela, sua pele branca, seu rosto era belo, cabelos vermelhos e lisos, até o ombro, seus olhos eram azuis turquesa, ela vestia um vestido semelhante ao que a mulher que a segurava no colo, porém era azul.

---Não tenha medo, minha linda menina. ---Disse a mulher sorrindo para Ligea criancinha.

---Mamãe, eu não quero ir, por favor, eu quero ficar aqui, com você. ---Disse a pequena Ligea com a voz chorosa, eu me espantei, aquela bela mulher, era Dóris a Oceânide, que se casou com o velho do mar, Nereu, e teve com ele, as Nereidas, devo dizer que Nereu era extremamente feio, como conseguiu conquistar uma mulher tão bela quanto essa que estou vendo.

---Eu também não queria, mas é preciso minha querida, sua irmã, Anfitrite, vai se casar com Poseidon, o soberano dos mares, é ela vai precisar de você. ---Disse a mulher gentilmente.

---Mas eu não gosto da Anfitrite, mamãe, ela é muito chata, maldosa comigo. ---Disse Ligea tristemente, sua voz era incrivelmente infantil e doce, muito diferente da Ligea de hoje.

---Nem sempre podemos fazer tudo que queremos, minha pequena, temos que as vezes, fazer sacrifícios, pelo bem maior. ---Disse Dóris com os olhos vermelhos, eu podia ver, que ela estava se esforçando muito, para não chorar. A pequena Ligea começou a ter uma crise de choro, ela chorava compulsivamente e alto, a Dóris abraçou sua filha com força, a trazendo para mais perto do seu corpo, a deixando chorar, enquanto a mãe consolava a filha, lágrimas azuis escuras, manchavam a água, mas elas iam se dissolvendo rapidamente com as correntes marítimas. Aos poucos ambas forma se acalmando, Ligea se afastou e olhou para mãe. ---Minha pequena, eu te amo tanto, nunca duvide disso, nunca. ---Disse Dóris docemente, ela colocou suas mãos atrás da nuca, ela tirou aquele lindo colar que ela usava. ---Aqui minha linda, se vire por favor. ---Disse ela gentilmente, Ligea a obedeceu, ela colocou o colar no pescoço da Ligea, Ligea sorriu e colocou as pontas dos dedos na joia azul turquesa do pingente, ela sorriu de orelha a orelha, totalmente extasiada pelo presente que acabará de receber da mãe, mas seu momento de felicidade não durou, seu sorriso se desmanchou e ela voltou-se para mãe.

---Mas mamãe, está Safira, está joia é a sua preferida, a que você mais ama, sua joia mais preciosa. ---Disse Ligea para mãe, sua mãe sorriu tristemente, e depositou um beijo no topo da cabeça da filha, um demorado beijo, quando ela se afastou, ela deu um lindo sorriso para a pequena Ligea é disse a filha.

---Ligea, você, minha pequena, você sim, é minha joia preferida, você sim, é a coisa que eu mais amo, a mais preciosa das minhas riquezas. ---Em resposta, a Ligea abriu o mais belo sorriso que eu já havia visto dar, um lindo sorriso. Uma pequena vertigem me tomou, quando consegui abrir os olhos novamente, eu estava em um lugar muito conhecido, o lugar era claro, e até mesmo aconchegante de certa forma, eu estava em um enorme aposento, o aposento era alto, paredes azuis claras, o piso negro, mas no centro da sala, haviam dois tronos, o maior trono verde com pedras preciosas como esmeraldas e outras, mais acima, no topo do trono, uma miniatura de um Tridente, neste trono, sentado um homem alto 1.85cm de altura, aparentemente 22 anos, musculoso e bronzeado, com os cabelos rebeldes e negros, e com os olhos tão verdes-mar que parecia conter todo o poder do mar dentro dele, meu pai Poseidon, ele estava vestido como sempre, com sua usais roupas de pescador, bermuda caqui, e camiseta colorida, com alguns botões abertos, mostrando seu peito definido, meu pai parecia muito feliz, sorria de orelha a orelha. Ao lado do meu pai, em um trono de ouro, com pedras preciosas por todo trono, havia uma pessoa que fez meu sangue ferver de ódio, uma linda mulher de aproximadamente 25 anos, 1,65cm e de olhos azuis esverdeados que mais parecia um mar doente e poluído, porem seu rosto era belo e com logos cabelos negros esverdeados, ela trajava um largo vestido de seda azul, e ela tinha também uma enorme barriga, ela estava grávida, isso explica a felicidade do meu pai, aquela criança era Tritão, mas o que me chamava atenção era a pequena garotinha aos pés dos tronos, era Ligea, ela usava aquele lindo colar de Safira que ganhara da sua mãe, Dóris.

Percy Jackson o Guerreiro Sem LimitesOnde histórias criam vida. Descubra agora