Capítulo 109

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POV: Perseus Heitor Jackson.

Memórias Ligadas:

14 anos atrás.

---Percy, meu amorzinho. ---Disse minha mãe, corri com meu cavalinho de madeira, até a cozinha onde minha mãe estava, assim que eu entrei cavalgando com meu amiguinho, vê minha mamãe, ela estava de costas para mim, mexendo na geladeira, guardando as compras, minha mãe era alta, muito alta, sua pele era branquinha como a neve que cai no natal, diferente da minha que era um pouco mais escura, seus cabelos loiros como o sol, desciam até a metade das suas costas, ela estava vestindo uma calça jeans preta, uma blusinha regata preta, com estampa de flores amarelas e usava um sandália feminina.

---Oi mamãe. ---Disse chegando perto dela, ela se virou na minha direção, seus lindos olhos, aquele cinza tempestuoso, era lindo e inteligente, mamãe era muito inteligente.

---Faz um favor para mamãe? ---Perguntou ela docemente, assenti positivamente, eu amava ajudar a mamãe. ---Mas tem que ser bastante forte para isso. ---Disse ela mostrando o braço, seu "muque", como eu chamava, ela sempre me corrigia dizendo que aquilo era o Bíceps ou algo assim, mas eu preferia chamar de "muque".

---Eu sou mamãe. ---Disse mostrando os músculos dos meus braços, fazendo-a rir. ---Igual ao papai. ---Disse orgulhoso com o músculo do meu braço.

---Sim, meu pequeno homem. ---Disse ela afagando com as mãos meu cabelo. ---Você é um homem forte, com certeza.

Memórias desligas.

Mal ela sabia o quão fraco eu era, ela se sacrificará para salvar alguém como eu, um fraco, traidor, uma pessoa que não valia a pena. Depois da bronca que levei da Roda, ela me enviou para meu quarto, mandando que eu ficasse lá para descansar, assim fiz, mas não tinha intenção de obedece-la, finalmente havia chegado a hora, hora de ir para o princesa Andrômeda, hora de acabar com isso de uma vez. Abri a porta do meu quarto, olhei para o corredor, mais afrente era o quarto do meu pai e minha avó, mas com certeza eles não estão aqui agora, então seria a hora perfeita, parecia que não havia mais ninguém por perto. Agora, para fugir do palácio, não seria fácil, não poderia deixar minha avó e meu pai... bem, eu não tenho mais o direito de chama-los assim, já que estou indo trair eles, me juntando a Cronos, então, melhor dizendo Poseidon e Atena, não poderia deixar eles notarem isso, a princípio eu pensei que o Mosaico, estaria focado na batalha, cerca de quilômetros de distância do palácio, se tivesse um pouco de sorte, é saísse por trás, sentindo contrário de onde a batalha estava ocorrendo, indo em direção a cidade de Rodes, não seria visto pelo Mosaico, mas isso era ingênuo de se fazer, com certeza Atena e Poseidon me viriam sair, é o pior talvez Estige me visse, é me mataria antes mesmo de chegar ao Princesa Andrômeda, então me restava apenas uma última alternativa, um ritual de sangue, que aprendi lendo o livro roubado da sessão restrita do Olimpo, Sangue, copilado por Hécate a deusa da magia, eu sabia a magia perfeita para isso, magia essa chamada de Ocultação divina, está magia ou ritual, tem a função de esconder sua presença dos monstros, Titãs ou deuses, nenhum deus, mesmo sendo seu parente divino, não poderá te rastrear, mesmo que use de ferramentas de procura muito eficazes, como por exemplo o Mosaico real, está magia oculta até mesmo a comunicação mental ou a percepção dos usos de poderes, isto me permitiria teletrasportar em chamas daqui, sem ser notado, mas essa magia ainda me dava um bônus, quando Cronos entrasse dentro do meu corpo, mesmo que eu morresse no processo ou meu corpo fosse destruído de uma vez, minha mãe, pai, avó, nenhum deles, conseguiriam sentir isso, no fundo isto me fez sentir-me um pouco melhor, mas ela tinha suas limitações também, a ocultação será temporária, um dia inteiro, 24 horas, haviam alguns requisitos para essa magia, ela diferente da magia de troca, não precisa que o processo seja feito cem por cento com sangue humano, pode ser feito com sangue animal também, com a peculiaridade de ter de que sacrificar o animal no processo, decidi não usar um animal, até por que não poderia invocar um vivo usando meus poderes derivados de Héstia, e também não poderia sair do meu quarto para buscar algum, então usaria o meu próprio sangue em todo processo, pois de qualquer forma, teria que usar o meu sangue, já que um dos requisitos é uma gota de sangue do que quer ser ocultado. Peguei Contracorrente do bolso, minha caneta esferográfica simples, destampei ela, a caneta cresceu em minhas mãos até que eu estava segurando uma espada grega de Bronze Celestial, com um 1,55cm de comprimento e punho de duas mãos envolvido em couro, a lâmina brilhava ligeiramente, lançando uma luz dourada, fiz um corte no meu ante braço esquerdo, sangue derramou do ferimento, diretamente no chão, eu lembrava perfeitamente como era o símbolo, o desenho do ritual, eu comecei a desenhar o símbolo no chão, com meu próprio sangue, ele era redondo, mais o menos do tamanho de uma roda de bicicleta, haviam várias formas e palavras escritas dentro dele, palavras escritas em Grego Olimpiano, as mesmas palavras do cântico que viria a seguir. Quando eu fiz o ultimo detalhe, escutei a porta do meu quarto sendo aberta, virei rapidamente para avistar uma das serviçais do palácio, uma ninfa, ela era bela, longos cabelos verdes como algas, corpo belo, cheio de curvas, ela trazia consigo uma bandeja, cheia de comidas e coisas gostosas, eu até podia sentir o cheiro.

Percy Jackson o Guerreiro Sem LimitesOnde histórias criam vida. Descubra agora