Capítulo 199

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POV: Héracles.

Nesse momento eu estava sozinho, esperando o portão de abrir para que eu pudesse entrar na arena e começasse a minha pequena luta. Apesar de tudo que está envolvido nessa luta, eu sentia-me extremamente animado com a luta com esse pequeno semideus, ele era realmente um herói promissor, um semideus poderoso, alguém que eu realmente poderia dizer que tinha meu respeito, afinal de contas tínhamos muitas coisas em comum, apesar de as diferenças entre nós eram gritantes e impossível de serem relevadas por mim. Especialmente ele ter aceitado ser adotado pela maldita Hera, a deusa que eu mais odiei durante toda a minha vida, desde os primórdios da minha vida.

Embora eu tenha que admitir que eu não sou nem um santo, eu tinha muitos motivos para alimentar meu ódio daquela deusa maldita, ela fez muito mal pra minha vida mortal e para minha imortalidade também. Seus truques sujos para me prejudicar começaram muito cedo, quando ela enviou aqueles malditos escorpiões venenosos para me matar, ainda no meu berço, felizmente meu amado pai, Zeus, mandou as cobras para me salvar, entretanto, eu acabei as matando, embora, eu não soubesse exatamente o que estava fazendo e realmente nem me lembro de nada disso, mas foi me contato por meu pai adotivo e minha mãe.

Já mais velho, eu acabei sem querer, matando meu professor Linus, eu infelizmente não tinha muito entendimento da minha força naquela época, ele estava tentando me ensinar a tocar a lira, mas eu não estava muito interessado em aprender, Linus irritado com a minha falta de concentração, acabou me batendo com a lira na cabeça, o que me irritou, por reflexo, eu devolvi o golpe, mas com a minha força descomunal, acabei abrindo sua cabeça com o golpe e o levando a morte. Meu padrasto, Anfitrião, me mandou para o mestre Centauro Quíron, para que eu pudesse treinar e aprender a controlar minha força, que estava começando a ficar fora de controle, eu ainda tinha meus sete anos. Eu passei sete anos sobre os cuidados de Quíron, ele me ensinou tantas coisas, Arco e Flecha, técnicas com armas, mitologia, um pouco de medicina e alquimia, como combater monstros, ética, música e filosofia, foram muito proveitosos os dias que passei junto do meu velho mestre Centauro.

Conforme eu cheguei aos meus catorze anos, eu recebi certa noite, a visita de duas ninfas, enviadas por meu pai, as ninfas Prazer e Virtude, elas me deram a escolha entre duas vidas, a primeira delas era uma vida pacifica, calma e simples, esposa e filhos, uma vida simples e muito feliz, todavia, por ser uma vida cômoda, eu não alcançaria grandes feitos e meu nome logo seria esquecido. A segunda opção era a vida gloriosa, meu nome seria lembrado para todo o sempre, como o maior e mais poderoso herói que existirá, entretanto, minha vida seria dura e cruel, cheia de espinhos e dor. Com a minha pouca compreensão sobre o mundo, eu acabei escolhendo a segunda opção, a vida gloriosa, eu pensei que poderia suportar a dor, mas eu não sabia que o preço da minha escolha seria tão pesado.

Ao crescer mais um pouco, eu sai da proteção do velho centauro e comecei minha jornada em busca da minha tão sonhada vida gloriosa, retornei para Tebas, onde tive a minha primeira façanha heroica, quando me dirigi à Beócia, região próxima de Tebas, onde persegui e matei apenas com as mãos um enorme leão que devorava os rebanhos de meu pai adotivo, Anfitrião e de Téspio, na região de Citerão. A caçada foi simples e fácil, afinal era apenas um leão, não um monstro, porém, como durou cinquenta dias consecutivos, com a gente tentando rastrear o leão, durante os quais eu fui hóspede de Téspio, que realmente gostava muito de mim, da minha força e ele queria ter netos poderosos, por isso, durante os cinquenta dias que estive em seu castelo, toda noite uma das suas cinquenta filhas se deitava comigo, foi realmente muito divertido, elas me ensinaram muito, em especial a filha mais velha, que foi a primeira a deitar-se comigo, na verdade não consigo me recordar de seu nome, de toda maneira, acabei criando uma aguerrida descendência com as irmãs.

Ao regressar a Tebas após esta caçada, eu já acabei me deparando com a minha próxima aventura, onde encontrei os enviados do rei Ergino, de Orcômeno, que vinham recolher um tributo que os tebanos lhe pagavam regularmente, a batalha ocorreu em razão disto, liderados por mim, depois de uma batalha feroz, após derrotá-los e insultá-los, eu os obriguei a pagar um tributo duas vezes maior que o que haviam imposto a Tebas. Foi neste momento que a minha fama começou aumentar gradualmente entre os mortais, ao mesmo tempo em que minha fama aumentava, a contraparte da minha vida começou a cobrar seu preço, neste combate, meu pai adotivo e amigo, um dos melhores mortais que já conheci, foi morto em batalha, Anfitrião, que lutou corajosamente ao meu lado para proteger a cidade e os cidadãos de nossa amada Tebas.

Percy Jackson o Guerreiro Sem LimitesOnde histórias criam vida. Descubra agora