Capítulo 132

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POV: Perseus Heitor Jackson.

Acordei de manhã com o sol batendo em meu rosto, senti algo pesando em meu peito, quando olhei para baixo, vi uma enorme cabeleira vermelha recostada em meu peito, o cheiro gostoso de seu cabelo invadia minhas narinas, me lembrava a flores, o calor do corpo nu de minha namorada esquentava o meu corpo, ela dormia tranquilamente. Eu me sentia incrivelmente bem, satisfeito e amado, mesmo que no fundo soubesse que o mundo estava preste a chegar ao fim, com a guerra que se aproximava, ou com a guerra no mar, naquele momento, isso não importava, a noite de ontem foi maravilhosa, mesmo que dona Hera tenha vindo atrapalhar, foi uma noite inesquecível, e pela primeira vez em muitos e muitos anos, eu realmente pensava em constituir uma família, ter filhos e filhas, vários pestinhas, fofinhos, para dar dor de cabeça e me irritar, como eu faço com a dona Hera, seria maravilhoso.

Ligea se mexeu em meu peito, se virando para o outro lado, saindo do meu peito, mas ela ainda dormia tranquilamente. Senti meu estômago roncar, a noite de ontem foi bastante agitada, foi quente, me levantei delicadamente, tomando cuidado para não acordar Ligea, então fui colocando minhas roupas, antes de sair pela porta, dei mais uma última olhada para aquela linda mulher na minha cama. Então desci as escadas rapidamente, animado em comer a comida da minha mãe, por um momento me senti uma criança, como a muito não sentia, tanto que até fiquei um pouco surpreso com a minha felicidade.

---MÂEEEE, O QUE TEM DE BOM PRA COME... ---Entrei gritando pela cozinha da minha mãe, na espera dela estar lá, tinha quase certeza que estaria, mas não estava, o que era extremamente estranho, eu estar em casa depois de tanto tempo e ela não estar de manhã na cozinha, fazendo panquecas ou qualquer outra comida deliciosa pra mim. ---Que estranho. ---Disse confuso, mas então senti um cheiro indescritivelmente bom, algo que fazia-me lembrar dos meus dias da infância, parecia que havia sido a tantos e tantos anos, eu ri, nesse mundo e nesse corpo, eu posso parecer apenas um jovem de 17 anos, mas na verdade, tenho mais de 40 anos, se contar a época da prisão das almas. Balancei a cabeça afastando aqueles pensamentos, o dia estava incrível, não havia o porquê eu lembrar de coisas ruins, fui em direção aquele cheiro maravilhoso, em cima da mesa, havia um banquete, suco e diversos tipos de comida, panquecas, bacon entre outras delicias que dona Hera fazia, nada fora do comum, mas então eu notei um bilhete em cima de um dos pratos, eu peguei ele, era a letra da minha mãe, comecei a lê-lo em voz alta:

----"Meus amores, espero que esteja tudo uma delícia, sei que a noite de ontem foi bem... quente..." ----Fiquei vermelho com essa parte que minha mãe escreveu, mesmo que estivesse lendo sozinho o bilhete, somente dona Hera para me fazer corar sem nem estar presente. ---"Perdoe-me não acompanha-los, estou no coliseu, fazendo meu treinamento matinal, nós vemos no almoço." ---Acabei de ler o texto e ri, dona Hera treinando? Isso era novidade, nunca a vi fazer algo do tipo antes, acho que até mesmo ela tem que se preparar para as batalhas, confesso que tive curiosidade em ver o treinamento da minha mãe, então peguei algumas coisas, como sanduiches e bacon, e sai correndo para o coliseu, para ver minha mãe treinando. Assim que cheguei no coliseu, sim, aquele mesmo que Festus e eu destruímos na nossa "batalha de brincadeira", ele fora reconstruído, assim que cheguei, vi uma aglomeração de pessoas no meio do coliseu, para minha surpresa entre eles, estava minha mãe, aparentava ter 25 anos, seu rosto era extremamente belo, sua pele branca como a neve, seus poderosos e lindos olhos castanhos claros, seu cabelo tinha quase a mesma cor dos olhos, ele era liso e longo, até chegar na sua cintura, mas ele estava preso em um rabo de cavalo, ela tinha 1.70cm, seu corpo era perfeito, mas pela primeira vez em toda minha vida, eu via minha mãe usando uma armadura completa, era linda, dourada, brilhava bastante, como se fosse o próprio sol, dando uma ar de divindade a minha mãe, em suas mãos havia sua arma mais poderosa, o Cetro das Devotas, devia ter pelo menos um metro e meio, era feito de ouro do mar, presente do meu pai para ela, com uma grande joia vermelha, que parecia uma romã, a arma que emitia um brilho fraco semelhante à cor do romã, as outras pessoas eu percebi que eram cervos e seguidores da minha mãe, entre eles haviam semideuses do passado, que ganharam imortalidade parcial, para defender e servir minha mãe, ou então ninfas, alguns deles habitavam o Olimpo, onde viviam nos palácios menores, ao longo da encosta do Olimpo, haviam pelo menos meia dúzia deles, todos em suas armaduras e armados, com isso pude deduzir que eles ajudam no treinamento da minha mãe, servindo de oponente a ela. De repente um deles, que estava com uma enorme lança de Bronze Celestial em suas mãos, avançou em direção da minha mãe, pelas costas, por um instante eu quase corre na direção da minha mãe, ele estocou diretamente nas costas da minha mãe, mas ela desviou com facilidade, mal se virando para ver o ataque, que reflexo incrível, ela era muito rápida, sem esperar outra serva a atacou, está estava armada com uma espada, de repente todos estavam atacando minha mãe e por incrível que pareça, eles não atacavam brincando, eles atacavam com intenção de matar, mas eles mal conseguiam acerta-la, minha mãe deslizava entre eles, desviando e defendendo-se com uma classe incrível, eu sinceramente podia acreditar que se houvesse o dobro deles, ainda sim, eles não conseguiriam pressiona-la a ponto de feri-la. Lembro que minha avó havia me dito que Hera era incrivelmente habilidosa em batalha, talvez a superando em velocidade, força e talvez em própria inteligência, sem falar nas suas habilidades mentais, que superavam qualquer um dos Olimpianos de longe, isso não são minhas palavras, são palavras da minha avó, se Atena elogiava alguém, com certeza a pessoa era ainda melhor do que aquilo que ela falava, minha avó era bastante rígida em suas analises em batalha. Sentei-me a beira do coliseu e fiquei assistindo o treinamento da minha mãe, sinceramente observando, ela estava lutando com uma facilidade extrema, não parecia um combate, parecia mais aquecimento para ela, enquanto os outros estavam se cansando rapidamente, dona Hera mau suava, ela se preocupava em apenas desviar, não atacava os seus combatentes, mesmo que tivesse tido diversas vezes a chance de contra-atacar, com o canto dos olhos ela me viu e sorriu para mim, de repente ela mudou sua estratégia de combate, ela começou atacar, seu cetro rodava em suas mãos, com movimentos incrivelmente velozes, ela ia derrubando seus adversários, os desarmando, logo, nenhum deles estava de pé, todos eles estavam caídos no chão, com toda certeza com belos hematomas em seus corpos, de pancadas que levaram do Cetro de minha mãe, fui me aproximando do combate, enquanto ainda mastigava o último sanduiche, assim que fui me aproximando, pude notar que os hematomas estavam curando rapidamente, corpos semi-imortais tem uma cura muito maior e mais rápido do que a de um mero semideus como o eu.

Percy Jackson o Guerreiro Sem LimitesOnde histórias criam vida. Descubra agora