Capítulo 32

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POV: Perseus Heitor Jackson.

---Então, você vai ir consultar o oráculo Percy! Ele esta no sótão, e presumindo que você volte lúcido, vamos falar sobre a missão! Mas primeiro você precisa aceitar oficialmente a missão. Então aceita? -----Perguntou Quíron.

-----Aceito! e claro! ----disse forçando para não gaguejar, mas eu ainda tinha um certo receio de ver o oráculo, alguns grandes heróis ficaram loucos com essa conversa.

-----Boa sorte Amor. ----disse Luana dando um aperto na minha mão, olhei para ela e forcei um sorriso.

Quatro lances de escada acima, a escada terminava embaixo de um alçapão verde, tinha um cordão, eu o puxei, e a porta se abriu e um escada de madeira caiu de um jeito meio assustador, acho que estou pirando, antes mesmo de falar com aquilo. O cheiro de mofo invadiu minhas narinas e de algo mais, cobras? Sim cobras, arrepiou os pelos das minhas costas. o sótão estava lotado de sucata de Heróis Gregos: suportes de armaduras cobertos por teias de aranha ( não sou muito fã de aranhas.), escudos outrora brilhantes cheios de adesivos dizendo ÍTACA, ILHA DE CIRCE E TERRA DAS AMAZANOS. Sobre uma mesa comprida estavam amontoados potes de vidro cheios de coisas em conserva – garras peludas decepadas, enormes olhos amarelos e diversas outras partes de monstros. Um troféu empoeirado na parede parecia ser uma cabeça de serpente gigante, mas com chifres e uma arcada completa de dentes de tubarão. Uma placa dizia: CABEÇA N. 1 DA HIDRA, WOODSTOCK, N.Y., 1969.

Junto à janela, sentado em um banquinho de três pernas, estava com toda a certeza o suvenir mais pavoroso de todos: uma múmia. Não do tipo enfaixada em panos, mas um corpo humano, feminino ressecado até ficar só a casca, usava um vestido de verão estampado em batique, com uma porco de colares de contas e uma bandana por cima de longos cabelos pretos. A pele do rosto era fina e parecia couro por cima do crânio, e os olhos eram fendas brancas vítreas, como se os olhos de verdade tivessem sido substituídos por bolas de gude; devia estar morta fazia muito, muito tempo.

Olhar para ela me deu arrepios nas costas, no corpo todo. E isso foi antes de ela se endireitar no banco e abrir a boca, uma névoa verde jorrou da garganta daquela múmia mulher, serpenteando pelo chão em anéis grossos, sibilando como vinte mil cobras, (isso me fez lembrar da minha visita aos Basiliscos.) tropecei em eu mesmo tentando chegar até o alçapão, sei que isso foi um pouco covarde, mas aquilo me assustava, me virei paro alçapão que se fechou, droga, dentro da minha cabeça eu ouvi uma voz, deslizando por meu ouvido e se enroscando em meu cérebro.

------"Eu sou o espírito de Delfos, porta-voz das profecias de Febo Apolo, Assassino da Poderosa Píton, Aproxime-se, você que busca, e Pergunte." ----eu respirei fundo e Perguntei.

----Qual e meu destino? ----A névoa rodopiou mais densa, juntando-se bem na minha frente e em volta da mesa com os potes que continham as partes dos monstros em conserva. De repente ouvi a voz rouca do oráculo:

----"Você irá para o oeste, e irá enfrentar o deus que se tornou desleal." ---- a múmia falando sem mexer as boca me assustava ainda mais. ----"Você ira encontrar o que foi roubado, e o verá devolvido em segurança. Você será traído por aquele que o chama de amigo." -----A névoa recuou, enrolando-se como uma enorme serpente verde e deslizando de volta para dentro da boca da múmia, eu voltando do meu transe gritei:

-----ESPERE! O QUE QUER DIZER? QUE AMIGO? QUE TRAIÇÃO? ----A cauda de serpente de névoa desapareceu na boca da múmia. Ela se reclinou de volta contra a parede. A boca fechou-se bem apertada, como se não tivesse sido aberta em cem anos, o sótão ficou silencioso de novo, abandonado, nada além de uma sala cheia de suvenires. Tive a sensação de que poderia ficar lá parado até juntar teias de aranha também, e não ficaria sabendo mais nada. Minha audiência com o Oráculo estava encerrada.

Percy Jackson o Guerreiro Sem LimitesOnde histórias criam vida. Descubra agora