Capítulo 3

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Quando os Montéquio chegaram na mansão Capuleto, tiveram que deixar suas armas do lado de fora. Alec usou sua máscara prateada e entrou na casa sentindo seu coração acelerar de ansiedade para ver Underhill, que ele não estava achando em lugar algum.

Em poucos minutos Isabelle já era a estrela da festa e dançava no meio do salão sem ligar para o que os outros pensavam. Alec sorriu por ver a felicidade de Isabelle e começou a andar pelo salão a procura de Underhill.

Em alguns minutos Alec começou a se sentir tonto com as luzes da festa e foi ao banheiro para jogar uma água no rosto e respirar um pouco. Ele ainda não tinha encontrado Underhill e estava triste com isso. Depois de enxaguar o rosto, esqueceu sua máscara no banheiro e saiu.

Alec olhou para o lado e viu um grande aquário de peixes separando o banheiro masculino do feminino, era um aquário do tamanho de uma parede, do chão ao teto, Alec adorou.

Enquanto olhava os peixes, os olhos de Alec se focaram em um rosto no outro lado do aquário. Um anjo, esse foi o primeiro pensamento de Alec ao ver o rosto de Magnus que o encarou de volta, também achando Alec incrivelmente bonito. Os dois sorriram um para o outro e ficaram se encarando por um tempo, até Alec bater o nariz no aquário na tentativa de se aproximar mais de Magnus e o ver melhor. Magnus riu e o sorriso de Alec aumentou.

- Magnus! Sua mãe lhe chama!- Catarina apareceu puxando Magnus pelo braço. Magnus ainda sorriu para Alec antes de ser puxado para longe. Enquanto caminhava, Magnus olhava para trás a procura de Alec, não queria parar de olha-lo. Logo, Magnus viu Alec correndo atrás de si e sorriu grande.

Alec não percebeu, mas enquanto corria atrás de Magnus, passou direto por Underhill. Definitivamente Underhill havia sido esquecido da mente de Alec após olhar nos olhos de Magnus.

Magnus ainda olhava para Alec quando sentiu seu corpo se chocar com o de alguém e então Catarina não o segurava mais. 

- Tu te negaria a dançar?- Camille perguntou para Magnus, grudada no corpo dele. Magnus não pôde recusar, porque ao longe sua mãe o olhava séria.

Alec paralisou quando viu Magnus dançando com Camille. Mas seu coração se aquietou quando viu que Magnus, mesmo grudado em Camille, não tirava os olhos de si.

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Ragnor, que estava sentado em uma mesa, avistou Alec parado no meio do salão e sentiu seu sangue ferver quando o reconheceu como um Montéquio.

- QUE?- Ele praticamente gritou. - Como ousa essa escória vir aqui zombar de nós?! Eu vou matá-lo!- Ele levantou com raiva e fez menção de ir até Alec, mas foi parado por Asmodeus que o olhou sério.

- O que está fazendo? Porque tamanha fúria?- Asmodeus perguntou.

- Tio! Aquele é Alexander! Um inimigo Montéquio!- Ragnor apontou para Alec.

- Alexander Montéquio, é?- Asmodeus perguntou calmo.

- É ele!- Ragnor respondeu e tentou novamente ir até Alec.

- Contenha-se sobrinho! Deixe-o em paz, se acalme e não se incomode com ele!- Disse Asmodeus com calma.

- NÃO!- Ragnor falou e levou um tapa no rosto por Asmodeus que o olhou bravo. Ragnor arregalou os olhos e levou a mão ao rosto.

- Ele deve ser ignorado! Ouviu bem?! Não quero brigas aqui!- Asmodeus disse e Ragnor se afastou, desistindo da ideia de matar Alec, por enquanto.

• ¥¥¥¥¥ •

Alec sorriu para Magnus que sorriu de volta. Alec foi se aproximando cada vez mais de Magnus, lentamente.

Camille achava que aqueles sorrisos eram para ela, então fez sinal de positivo com as mãos para Lilith que sorriu satisfeita.

- Será que meu coração me engana? É verdade o que vejo? Não tinha visto tamanha beleza até esta noite!- Alec disse para si mesmo, enquanto pensava em como Jace estava tão certo em suas falas.

Ao fim da música, Magnus conseguiu despistar Camille e começou a procurar Alec, quando não o encontrou, ficou parado esperando que Alec o visse. E Alec o viu, Alec não havia tirado mais seus olhos de Magnus, não o perderia de vista.

Magnus sentiu sua mão sendo puxada para trás e quando virou deu de cara com Alec que sorria. Os dois se afastaram um pouco, alguém poderia estar vendo eles, mas não soltaram suas mãos.

- Se eu profanei com minha indigna mão esse sagrado relicário, meus lábios, dois peregrinos solitários, estão prontos para suavizar o toque áspero com um suave toque de um delicado beijo.- Disse Alec, antes de beijar a mão de Magnus.

- Oh peregrino, faz bom uso da sua mão que se mostrou devota e reverente. Os santos têm mãos que as mãos dos peregrinos tocam, e cujas palmas sagradas são beijadas.- Disse Magnus sorrindo e puxando Alec para longe da multidão.

- Não tenho lábios santos, e palmas sagradas também não...- Disse Alec indo em direção a Magnus com seu rosto, tentando beija-lo. Magnus se afastou sorrindo, não deixando que Alec o beijasse.

- Ah peregrino, lábios devem ser usados em preces.- Magnus disse rindo calmo.

- Então, meu santo, deixai que os lábios façam o que as mãos fazem para que a fé não se transforme em desespero.- Alec disse e puxou Magnus para ainda mais longe das pessoas, eles pararam na frente do elevador da casa.

- Santos não interferem, embora atendam as preces.- Magnus respondeu.

- Então não se mova enquanto faço minha prece...- Alec disse e novamente avançou contra os lábios de Magnus, mas foi parado pelo barulho do elevador se abrindo.

- Hahahaha!- Os dois viram Lilith rindo alto entre os convidados, com Camille atrás de si, se aproximando do elevador.

Magnus agradeceu mentalmente por aquele elevador ter se aberto e puxou Alec para dentro. Magnus sorriu e Alec não perdeu a chance, avançando contra os lábios de Magnus e finalmente o beijando. Os dois sentiram como se a luz e a felicidade estivesse voltando para dentro deles, o beijo se encaixava perfeitamente e nenhum dos dois queria parar. Alec sentiu como se o sol voltasse a ter brilho e fazer sentido em seu coração. Tudo parecia ter se encaixado.

- Dos meus lábios aos teus meu pecado foi perdoado.- Alec disse sorrindo e olhando no olhos de Magnus.

- Então agora tenho o teu pecado?- Magnus perguntou também sorrindo.

- Oh que infortúnio inesperado, então devolva-me meus pecados...- Alec disse e novamente beijou Magnus com delicadeza.

- Beijas como um sonho...- Magnus disse quando se separaram e Alec sorriu grandemente. Quando iriam se beijar novamente as portas do elevador se abriram e eles saíram no segundo andar da casa.

Eles sorriram um para o outro e começaram a caminhar, até verem a mãe de Magnus vindo na direção deles e voltaram correndo para o elevador.

- Magnus!- Lilith sorriu para seu filho, ela não viu Alec e nem Alec a viu.- MAGNUS!- Ela gritou quando Magnus saiu correndo dela.

Quando entraram no elevador novamente, Alec agarrou a cintura de Magnus e grudou seus corpos um no outro, o beijando com vontade, um beijo que rapidamente foi retribuído. Magnus suspirou abrindo seus lábios e Alec enfiou a língua na boca de Magnus, automaticamente o elevador ficou mais quente e Alec apertou a cintura de Magnus com mais força. Os beijos de Alec passaram para o pescoço de Magnus até que o elevador se abriu novamente no primeiro andar e os dois deram de cara com Catarina que os olhou assustada e depois brava.

- Magnus, sua mãe deseja falar contigo. Venha comigo! Venha!- Catarina disse e começou a puxar Magnus, que foi prontamente seguido por Alec.

Catarina puxou Magnus escada à cima, deixando Alec para trás. Magnus não parava de olha-lo e Catarina suspirou.

Alec ia começar a subir as escadas quando viu Magnus parando na frente de sua mãe e Camille, enquanto Lilith o puxava pelo pulso. O sorriso de Alec sumiu de seu rosto e ele quis chorar com a constatação que teve.

- Ele é um Capuleto...

Romeu e Romeu (Malec)Onde histórias criam vida. Descubra agora