- Ele ainda chora a morte de Ragnor!- Disse Camille ao padre Raphael, falando sobre Magnus.- Seu pai acha perigoso que ele sofra com tanta tristeza. Então, com sua sabedoria, apressou nosso casamento para quinta feira!
Raphael respirou fundo e antes que pudesse dizer algo mais, Magnus entrou pelas portas da igreja.
- Que feliz encontro, meu querido esposo!- Disse Camille a Magnus, que não esboçou reação nenhuma.
- Somente quando nos casarmos!- Ele disse sério.
- É claro! E assim será, na próxima quinta feira!- Ela sorria feliz.
- O que deve ser, será...- Disse Magnus, sem ânimo algum.- Vim me confessar, padre Raphael...
- É claro, Camille, precisamos ficar a sós!- Raphael disse.
- Oh sim, sim! Não quero atrapalhar!- Ela disse e foi lentamente em direção a Magnus, tentando mostrar seu enorme decote para ele.- Magnus, espero você quinta feira. Mas até lá, guarde este sagrado beijo...- Camille beijou o canto dos lábios de Magnus e depois foi embora. Magnus sentiu nojo daquele beijo e depois que ela foi embora, olhou desesperado para Raphael.
- Padre porfavor! O senhor tem que acabar com isso!- Magnus suplicou, já sentindo as lágrimas escorrerem pelo seu rosto.
- Isso está além de minhas possibilidades! Não posso fazer nada!- Raphael disse triste, entendendo o desespero de Magnus.
- Se não pode me ajudar, diga se aprova a minha solução agora!- Magnus disse, tirando de seu bolso uma pequena arma e apontando para sua própria cabeça. Raphael se assustou.
- Espere filho!- Raphael disse nervoso.
- Então não demora! Eu desejo morrer!- Magnus gritou, apontando a arma para Raphael.
- Eu sei de uma maneira para acabar com esse casamento, mas é um jeito muito ruim, é a última opção!- Raphael falou, tirando lentamente a arma da mão de Magnus e a jogando no chão.
- Eu te darei um remédio! Nem respiração, nem o coração atentaram que vives! Imóvel e frio ficará, como um morto!- Disse Raphael e Magnus começou a prestar atenção.- Você então será levado até o mausoléu onde estão todos os Capuleto. Permanecerá nesse estado de quase morte por vinte e quatro horas e depois acordará de um sono agradável. Alexander saberá de nosso plano por uma carta que vou enviar e estará aqui quando acordar e então vocês poderão ir juntos para Mântua!- Magnus sorriu grandemente.
Raphael foi até sua mesa e tirou um pequeno frasco de uma gaveta.
- Aqui, pegue este frasco, leve-o para a cama e beba o líquido que ele contém! Enviarei a carta para Alec!- Raphael disse entregando para um Magnus sorridente.
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Em Mântua, o único lugar que Alexander conseguiu tão rapidamente foi um trailer alugado para dormir, mas já era o suficiente. Simon tinha ido embora e ele estava sozinho lá, pensando em Magnus a todo momento. Quando estava cansado de ficar sentado, Alec saiu do trailer e foi caminhar pelos arredores.
Alguns minutos depois, um carteiro foi até o trailer entregar a carta de Raphael, mas como Alec não estava, ele prendeu um bilhete na porta, um aviso de que ele viria novamente no dia seguinte para entregar de novo.
Mas Mântua era uma região com muitos ventos e o bilhete acabou voando e se perdendo. Quando Alec voltou ao trailer não havia nenhum sinal do bilhete.
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Quarta feira a noite Magnus estava deitado em sua cama, olhando para o pequeno frasco em suas mãos.
- Se esta mistura não funcionar... Estarei me casando amanhã de manhã?- Ele se perguntou tristemente.
- Estás ocupado?- Lilith entrou no quarto e Magnus escondeu o frasco.- Precisa de ajuda?
- Não, já está tudo pronto para amanhã! Peço que me deixe sozinho e leve ama junto, sei que tiveram muito trabalho por ser tão pouco tempo...- Magnus disse sério.
- Tudo bem, descanse, precisas repousar!- Ela disse calma e gentil e então foi até a porta mas parou ao ouvir Magnus.
- Adeus! Deus sabe quando nos veremos...- Ele disse. Lilith o olhou sorrindo pequeno e saiu do quarto. Ela não fazia ideia do que aconteceria...
Magnus então pegou novamente o frasco e o abriu.
- Alexander, bebo por ti!- Ele disse e então virou o frasco na boca, sentindo o gosto amargo do remédio. Logo, um forte sono o atingiu e ele deitou na cama, completamente apagado.
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No outro dia pela manhã, a primeira coisa ouvida na mansão Capuleto foi o berro que Catarina deu ao encontrar Magnus "morto" em sua cama.
Logo Raphael foi chamado para ver o corpo de Magnus.
- Vista-o adequadamente e leve-o para a igreja!- Raphael disse, pegando o frasco ao lado do corpo de Magnus, para ninguém desconfiar do ocorrido.
Em poucas horas Magnus estava sendo velado na Igreja. Todos em Verona ficaram extremamente tristes com a "morte" prematura de Magnus.
No meio do velório, Raphael viu Simon entrar pela igreja e ver o corpo de Magnus velado. Simon sufocou um grito e saiu correndo da igreja, indo atrás de Alec. Raphael quase se desesperou, mas aí lembrou da carta que foi enviada a Alec e ficou calmo novamente.
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Alec estava em seu trailer, escrevendo poemas para Magnus, quando viu o carro de Simon se aproximar em alta velocidade. Ele estranhou essa pressa, mas ficou feliz.
- Notícias de Verona!- Ele disse feliz indo em direção a Simon, que saiu do carro rapidamente.- E então? Trazes alguma carta do padre? Como está meu marido? Meu pai está bem?- Alec bombardeou Simon de perguntas animadas. Mas Simon o olhou triste.- Como está meu amado Magnus? Tudo só estará bem se ele estiver bem!
Simon respirou fundo, ele não sabia como contar o que ele viu para Alec.
- Está bem como Deus o quer...- Ele disse baixinho e Alec ficou sério na hora.- Seu corpo repousa na igreja e sua parte imortal com os anjos vive... Eu o vi deitado! Me perdoe por trazer tal notícia...- Simon disse muito triste e Alec ficou sem reação por um momento.
Simon tentou abracá-lo mas Alec não deixou, saiu andando sem rumo e caiu de joelhos no chão, gritando a plenos pulmões, cheio de dor e tristeza. Seu sol havia perdido novamente a cor.
- MAGNUS! MAGNUUUUUSS!- Alec gritava.
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Romeu e Romeu (Malec)
FanfictionEssa história se passa na cidade italiana de Verona, em 1996. Alexander Montéquio e Magnus Capuleto são dois jovens que acabam se apaixonando perdidamente, mas há uma barreira que os impede de ficar juntos: suas famílias são grandes rivais e não per...