No outro dia, Alec acordou após um pesadelo onde ele matava Ragnor e ficou assustado, mas se acalmou quando sentiu a mão de Magnus passar lentamente sobre seu peito nu. Alec olhou para baixo e viu Magnus deitado sobre seu peito de uma maneira angelical. Alec sorriu radiante ao se lembrar da noite anterior. Mas ao olhar para a janela, por onde vinha a luz que iluminava o quarto, Alec arregalou os olhos e da forma mais delicada possível, tirou Magnus de cima de si, o beijando no ombro e acariciando suas costas. Quando Alec conseguiu se soltar, vestiu sua cueca e sentou na cama, se preparando mentalmente para despedir-se de Magnus.
- Já vais? Ainda nem amanheceu.- Magnus disse se sentando e abraçando Alec pelas costas, ele acordou quando sentiu os beijos de Alec.
- Eu tenho que ir e viver, ou ficar e morrer...- Alec disse vestindo sua camisa e Magnus o olhou triste.
- Ah mas essa não é a luz do sol, eu sei... Ainda não precisas ir!- Magnus disse fazendo Alec se deitar novamente. Alec olhou confuso para a janela e depois para Magnus, ele sabia que aquilo era brincadeira e que Magnus apenas não queria que ele fosse.
- Então eu fico! Que venha a morte, ela será bem vinda! Eu tenho muito mais vontade de ficar do que de ir!- Alec disse subindo em cima de Magnus e o beijando amorosamente. Magnus ria feliz.- Em verdade não é dia...
- É sim... Rápido, já é dia... Vá, vá, a luz está aumentando!- Disse Magnus de forma calma e abraçando Alec. Alec riu contra os lábios de Magnus.
- Mais luz e luz! O escuro é um infortúnio!- Alec disse beijando Magnus com vontade.
O momento deles foi atrapalhado pela porta do quarto se abrindo bruscamente. Catarina entrou apressadamente pela porta, assustando Alec e o fazendo cair da cama. Magnus abriu a boca em surpresa e olhou para ver se Alec estava bem, ele não se importava em estar nu na frente de Catarina, ela o conhecia desde bebê.
- Magnus! Sua mãe está vindo para cá!- Disse Catarina, rapidamente fechando a porta e correndo para ajudar Magnus a colocar um roupão.
Catarina finalmente viu que Alec estava no quarto. Ela olhou Alec no chão tentando vestir suas calças e sorriu grandemente, estava muito feliz por Magnus.
- Vá, vá!- Magnus disse ajudando Alec a se levantar e a sair pela janela. - Nos veremos de novo?- Magnus perguntou antes que Alec pulasse, com os olhos marejados.
- Eu não tenho dúvida!- Alec respondeu e então beijou Magnus, tentando demonstrar todo o seu amor.- Acredite amor, tudo isso será uma doce lembrança quando chegar a nossa hora...- Alec disse, fazendo Magnus sorrir e então se beijaram pela última vez.
- Magnus!- Eles ouviram Lilith gritar de dentro do quarto e Alec largou seu corpo, o deixando cair dentro da piscina. Quando Magnus se virou, sua mãe o olhava de forma curiosa, mas logo voltou para dentro do quarto.
- Oh Deus!- Magnus disse quando seus olhos se voltaram para Alec saindo da piscina.- Tenho um mau pressentimento! Vendo-te assim tão longe, parece que estás sem vida em um sepulcro...- Magnus disse se sentindo muito mal por dentro, como se algo ruim o rodeasse.
Alec mandou um beijo para Magnus e então saiu correndo, pulando o muro e indo de encontro com Simon, que tinha dormido no carro o esperando.
- Tens um pai adorável, filho!- Lilith disse quando Magnus voltou para dentro do quarto.- Um pai que, para aliviar o teu pesar, te presenteou com um dia de alegria!- Ela disse sorrindo e Magnus ficou confuso.- Que nem eu poderia prever!- Disse ela, puxando Magnus para se sentar na cama. Catarina olhava tudo de longe, nervosa.
- Madame, dia feliz? Que dia é esse?- Magnus perguntou, fingindo animação para sua mãe.
- Casar, meu filho! Na quinta feira de manhã a linda jovem Camille Belcourt por ventura o fará um feliz noivo!- Lilith disse esperando uma ótima reação de Magnus, mas foi totalmente o contrário. Magnus ficou sério na hora e seus olhos se encheram de lágrimas.
- Ela nunca me fará um feliz noivo! Nunca me casarei com ela! Prefiro morrer!- Magnus disse se levantando da cama, bravo.
Lilith olhou na direção de Catarina, pedindo ajuda, mas ela nada podia fazer.
- Aí vem teu pai! Diga tu mesmo a ele!- Lilith disse séria.
- Então, minha querida, já transmitiu a ele nossa decisão?- Asmodeus perguntou animado, também esperando uma ótima reação de Magnus, mas encontrou ele chorando.
- Sim senhor! Mas ele se nega! Ele não é grato! Ele prefere morrer a casar-se!- Lilith disse e Asmodeus perdeu o sorriso.
- Como? Ele se nega? Não é grato?- Asmodeus perguntou gritando furioso.
- Não sou grato a essa coisa odiosa que está sendo tramada! Eu odeio!- Magnus gritou de volta e tentou sair do quarto, mas Asmodeus o segurou.
- Guarde suas reclamações e prepare-se para quinta feira!- Asmodeus gritou, jogando Magnus no chão. Catarina foi correndo para ajudar Magnus a se levantar.
- Ouça com paciência pelo menos uma palavra!- Magnus suplicou a seu pai, mas Asmodeus não deu ouvidos e avançou para Magnus, o agarrando pelo roupão, pronto para bater nele. Catarina e Lilith seguraram ele.
- Não me responda!- Ele gritou.
- Marido! Estás louco!- Lilith disse puxando Asmodeus, tentando proteger Magnus, mas levou um tapa de Asmodeus, caindo no chão. Catarina também tentou segurá-lo mas foi empurrada bruscamente.
- Ingrato! Desobediente! Esteja na igreja na quinta ou nunca mais me olhe na face! És meu filho e darei tua mão a minha amiga! Se não és, enforca-te, definha e morre!- Asmodeus gritou, fazendo Magnus chorar ainda mais.
Então Asmodeus jogou Magnus no chão novamente e saiu do quarto cheio de raiva, derrubando o que via pela frente.
- Minha querida mãe, porfavor me ajuda! Retarda o casamento por um mês, uma semana! Ou prepara um lugar no mausoléu onde Ragnor está!- Magnus disse, implorando a sua mãe.
- Não fale comigo! Não direi uma palavra! Faz o que quiseres, não tenho nada a dizer!- Lilith disse e então saiu do quarto, com seu rosto marcado pelo tapa de Asmodeus.
- Ama! Como posso acabar com esse casamento?- Magnus perguntou para Catarina, mas ela não respondeu, apenas o abraçou.- Não vai dizer nada? Nenhuma palavra de alegria? Conforte-me ama!- Magnus disse.
- Fé! Tenha fé... Acho melhor você se casar com Camille... Ela é uma boa moça... Creio que será mais feliz no segundo casamento, mesmo porque o primeiro está morto!- Catarina disse e por dentro Magnus estava gritando com ela, pois aquelas palavras só o fizeram sofrer mais.
- Consolaste-me maravilhosamente bem! Diga a minha mãe, visto que desagradei meu pai, que irei ao confessionário do padre Raphael e serei absolvido...- Magnus disse. E pela primeira vez ele não foi sincero com Catarina.
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Romeu e Romeu (Malec)
Hayran KurguEssa história se passa na cidade italiana de Verona, em 1996. Alexander Montéquio e Magnus Capuleto são dois jovens que acabam se apaixonando perdidamente, mas há uma barreira que os impede de ficar juntos: suas famílias são grandes rivais e não per...