Capítulo 4

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Magnus, quando viu o rosto de Alec ficar sério enquanto olhava para Lilith parou no lugar e o olhou confuso. Lilith olhou Magnus e desistiu de puxá-lo, disse logo para Catarina trazê-lo até si. Catarina suspirou tristemente enquanto olhava de Alec para Magnus, de Magnus para Alec.

- O nome dele é Alexander, ele é um Montéquio! É filho único do teu grande inimigo!- Catarina sussurrou no ouvido de Magnus que sentiu seu chão ruir e seus olhos se enxerem de lágrimas.

E então Catarina puxou Magnus para longe da vista de Alec. Alguns segundos depois seus amigos passaram por ele, pois a festa já estava no fim.

- Vamos Alec! Vamos enquanto há tempo!- disse Isabelle passando por Alec e o puxando pelo braço, ela não havia visto Magnus.

Quando eles chegaram na entrada, pegaram suas armas do lado de fora e foram até o carro cantando felizes. Mas Alec não conseguia corresponder dessa mesma felicidade, não quando estava longe de Magnus. 

E foi quando Alec viu Magnus na sacada de seu quarto, olhando para si, que Alec tomou uma decisão, ele não iria embora assim.

- Meu único amor é também filho do meu ódio... Tão cedo para amá-lo e tão tarde para conhecê-lo. O amor brinca comigo, apaixonado pelo filho do inimigo!- Magnus dizia para si mesmo enquanto via Alec ir embora naquele carro.

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Alec deixou que Isabelle o levasse até o carro e ele entrou. Mas antes que o carro atravessasse os portões, Alec abriu a porta e saiu correndo.

- Alec! Alexander! Louco apaixonado!- Isabelle gritou o chamando brava, pois achava que ele estava indo atrás de Underhill.

- Alec! Boa noite! Iremos nos recolher! Esse lugar é frio demais para dormir!- Disse Jace, enquanto todos entravam no carro e iam embora, deixando Alec para trás. Todos estavam decepcionados em saber que Alec, supostamente, ainda estava atrás de Underhill.

Enquanto isso, Alec escalava uma árvore alta e pulava o grande muro da mansão Capuleto. Quando ele caiu, deu de cara com um lugar muito escuro, ele não via nada e não sabia como faria para entrar. Até que as luzes do pátio se ascenderam e um lindo lugar apareceu, com uma grande piscina em frente a uma sacada. Alec correu para se esconder atrás de uma estátua de pedra embaixo da sacada, pois não sabia quem tinha ligado as luzes. As luzes do quarto da sacada se ascenderam e Alec se inclinou para ver melhor.

- Que luz é essa que vem dessa janela? É o leste e Magnus é o sol!- Disse Alec escalando nas plantas da parede para chegar mais perto da sacada.- Surja belo sol! Mate a lua de inveja por ter visto luz mais formosa que a dela! Apareça!- Alec suspirou e então viu a janela abrir, mas quem saiu de lá não foi Magnus e sim Catarina. Alec grudou seu corpo nas plantas para que ela não o visse. Até que ouviu um som de elevador se abrindo e logo ao seu lado, Magnus saiu.

- É ele! É o meu amor! Sabia que era ele!- Alec sussurrou e desceu das plantas até o chão novamente, Magnus não o viu, pois ele ainda estava atrás da estátua. 

- Ai de mim... Alexander...- Magnus começou a falar "sozinho" e Alec prendeu a respiração.- Ah Alexander, porque és tu Alexander? Renega teu pai e recusa teu nome, se não for possível jura que me ama e não serei mais um Capuleto!- O coração de Alec acelerou ao ouvir aquelas palavras.- Só o teu nome é meu inimigo. Tu és o que és, não um Montéquio... Ah o que é um nome? A flor que se chama rosa se lhe dermos outro nome deixa de ter o mesmo perfume?- Magnus falou enquanto se abaixava perto da piscina.- Por favor Alexander, seja o meu Alexander, renuncia teu nome e fica comigo...- Magnus disse e Alec saiu de onde estava, se aproximando silenciosamente de Magnus.

- Eu estou com você!- Alec disse e Magnus gritou de susto, caindo na piscina e puxando Alec junto de si.

- Não és tu Alexander? Dos Montéquio?- Magnus perguntou quando os dois voltaram para a superfície.

- Nem um nem outro se lhe desagrada...- Alec respondeu calmo.

- Como chegastes até aqui? O muro do jardim é alto e difícil de escalar! Poderia ter morrido considerando quem tu és!- Magnus disse assustado.

- Com a força do amor! Nem tua família poderia me impedir!- Alec disse convicto.

Alec se assustou quando ouviu um barulho de portão sendo aberto e Magnus empurrou ele para baixo da água, sorrindo para um dos guardas de sua família que veio por causa do barulho. O guarda sorriu de volta e quando percebeu que estava tudo bem saiu do pátio. Quando ele foi embora, Magnus puxou Alec de volta, que respirou com força pois estava sem ar a muito tempo.

- Se te virem eles te matam!- Magnus disse preocupado.

- Que me encontrem aqui! Antes preferia que o ódio deles acabasse com a minha vida, a viver sem meu amor.- Respondeu Alec, puxando Magnus pela cintura e o beijando lentamente.

- Realmente me amas?- Magnus perguntou e Alec tentou beijá-lo novamente mas Magnus se afastou.- Oh gentil Alexander, se me ama fale verdadeiramente!- disse Magnus com expectativa.

- Eu te amo! Juro pela lua!- Alec respondeu rapidamente.

- Ah não jures pela lua! A inconstante luz que seu contorno altera todos os meses para que teu amor não pareça tão mutável.- Disse Magnus andando até às escadas da piscina, com Alec em seu encalço.

- Então pelo o que eu juro?- Alec perguntou de frente para Magnus.

- Não jures por nada! Ou se quiseres jurar, jures por tua nobre pessoa, objeto de minha idolatria e eu acreditarei em ti!- Disse Magnus se aproximando mais de Alec.

- De todo o coração... Meu amor!- Alec jurou e então voltou a beijar os lábios de Magnus.

- Embora sejas toda a minha alegria, eu não posso desfrutar desta noite!- Disse Magnus tentando sair da piscina, mas sendo segurado por Alec que não queria ficar longe nem por um segundo.- Foi muito súbito e repentino... Boa noite! Que esse botão de amor desabroche para que surja uma bela flor no próximo encontro... Boa noite...- Disse Magnus dando vários selinhos em Alec e subindo as escadas lentamente.

Quando Magnus saiu da piscina, Alec o seguiu.

- Porque me deixas insatisfeito?- Alec perguntou vendo Magnus correr para o elevador. Magnus parou ao ouvir a pergunta e se virou com uma cara desconfiada.

- Que satisfação querias esta noite?

Romeu e Romeu (Malec)Onde histórias criam vida. Descubra agora