Capítulo 8

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Magnus entrou na igreja com um terno branco simples e uma flor no cabelo. Ele não pôde comprar algo novo, pois seus pais não sabiam sobre o casamento, mas ele não se importava com isso, ele estava muito feliz apenas em se casar com Alec.

Uma música suave começou a tocar ao fundo e seus olhos ficaram marejados quando ele viu Alec o esperando no altar, vestido com um terno preto simples e sorrindo grande, tentando conter suas próprias lágrimas ao ver Magnus entrando.

Os únicos convidados do casamento eram Catarina e Simon, seus padrinhos e testemunhas de casamento. Alec só confiou em Simon para estar ali, pois sabia que Isabelle e Jace não deixariam o casamento acontecer.

Quando Magnus chegou até Alec, eles seguraram suas mãos entrelaçadas e sorriram um para o outro, esperando a cerimônia começar.

- Esses violentos deleites, fins violentos têm. Em seu trinfo morrem como fogo e pólvora, que, enquanto se beijam, consomem. Portanto, amem moderadamente! Alexander Montéquio e Magnus Capuleto, eu agradeço, por todos nós... E vos declaro casados!- Raphael falou e os dois sorriram emocionados. Alec e Magnus trocaram alianças e se beijaram delicadamente, sorrindo um para o outro. Suas alianças continham o nome um do outro gravadas na parte superior, para que todos pudessem ver com quem eles casaram. Os dois estavam consumidos pela felicidade e amor.

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Enquanto isso na praia:

- Eu lhe peço Isabelle, vamos embora!- Jace tentava convencer Isabelle a sair da praia, pois uma grande tempestade se aproximava.

Simon tinha sumido com Alec, Clary já havia ido para casa se proteger da possível chuva, só Isabelle e Jace permaneciam lá.

Isabelle estava parada a beira da água, dançando, girando sua arma na mão e atirando em direção ao horizonte do mar.

- Os Capuleto estão chegando Isabelle! Vamos!- Gritou Jace ao ver o carro de Ragnor estacionar. Só isso foi capaz de tirar Isabelle de seu mundo particular de loucura. Jace estava muito nervoso, pois sabia que não poderia fugir de Ragnor, que nesses dias de calor estava sempre de cabeça quente.

- Ah os Capuleto! O que? O que? O que?- Isabelle zombou se aproximando do carro de Ragnor, com Jace desesperado em seu encalço.

- Bom dia! Uma palavra com um de vocês?- Ragnor chegou "calmo".

- Ah, só uma palavra com um de nós?- Isabelle perguntou dramática.

- Não é uma ocasião para tal comportamento, Isabelle!- Ragnor falou rangendo os dentes.

Isabelle colocou a mão no peito, como se tivesse se sentindo ofendida.

- É claro que é, eu permito!- Isabelle disse e todos que estavam perto, prestando atenção na conversa, riram do comentário. Ragnor ficou muito irritado e perdeu a cabeça, como Jace sabia que aconteceria. Se pelo menos Alec estivesse lá para controla-lá.

- Isabelle, onde está a aberração que você chama de irmão?!- Ragnor perguntou de forma homofóbica.

O rosto de Isabelle ficou vermelho de ódio e ela começou a caminhar com raiva na direção de Ragnor. Jace tentou segurá-la, mas ela tinha tanta raiva e força que facilmente se soltava.

Ragnor gargalhou chamando Isabelle com as mãos, ele tinha conseguido o que queria, tirar Isabelle de controle.

- Quem você pensa que é para falar assim do meu melhor amigo?!- Isabelle gritou furiosa.

- Isabelle vamos embora!- Jace tentou parar ela, mas foi prontamente ignorado.

Ele deu graças a Deus quando viu o carro de Alec estacionar e ele sair correndo de dentro dele.

- Aí vem o meu homem!- Ragnor disse vendo Alec correr e sorriu satisfeito.

O fato é, Alec não tinha ido para casa ainda, não tinha visto a carta de Ragnor e consequentemente, não a respondeu.

- Isabelle!- Alec gritou sorrindo, mas parou ao ver em que situação ela se encontrava. Ele estava indo lá para dar a notícia de seu casamento.

- O desprezo que carrego por ti não permite melhor termo do que este, és um covarde!- Ragnor cuspiu no chão e Alec não entendeu sobre o que ele falava, Alec não sabia sobre a carta. Alec andou até o lado de Isabelle, que no momento que viu Alec se acalmou.

Ragnor pegou a arma em seu coldre e colocou apenas uma bala dentro, mostrando para todos a veracidade do ato. Ele estava se preparando para duelar com Alec.

Isabelle foi até o coldre de Alec paga preparar sua arma para o duelo, mas Alec segurou seu pulso delicadamente, balançando a cabeça em sinal negativo. Isabelle o olhou triste e confusa, Alec nunca havia recusado um duelo.

Alec andou calmante até Ragnor, que o olhou com uma expressão de pura confusão.

- Ragnor...- Alec começou calmo.- O motivo que tenho para amar-te modera a raiva referente a tal saudação... Covarde eu não sou, portanto dou-te adeus, vejo que tu não me conheces...- Alec estendeu a mão para Ragnor, em sinal de paz, não iria duelar com o primo de Magnus, não logo após seu casamento.

Ragnor deu um tapa na mão de Alec e o olhou com raiva. Alec não fez nada contra isso e deu as costas para Ragnor, indo embora.

- Volte aqui e lute! Nada justifica tuas ofensas contra mim! Volte e lute!- Ragnor gritou, correndo em direção a Alec e o derrubando no chão com um empurrão. Logo Ragnor estava em cima de Alec, o chutando com toda a força no estômago, tentando fazer com que Alec lutasse consigo.

- Pare com isso!- Alec gritou se levantando.- Eu jamais te ofendi! Eu te amo! Mais do que você pode imaginar e você vai descobrir o motivo do meu amor...- Ragnor o olhou perdido.- Por isso, bom Capuleto, cujo nome prezo tanto quanto o meu...- Alec disse tirando a arma de seu coldre e estendendo de bom grado para Ragnor.- Dai-vos por satisfeito...- Alec suplicou para que Ragnor parasse, o que não aconteceu.

Ragnor chutou a arma de Alec e avançou contra ele, o derrubando no chão e o chutando novamente. Mas ele não se contentou e logo começou com socos.

- Mas que desgraçado!- Isabelle falou com raiva de Ragnor. Ela jogou sua arma no chão e foi de encontro aos dois, pronta para bater em Ragnor. Ela ajuntou um pedaço de madeira no chão e gritou.

- Ragnor!- Quando Ragnor virou para trás, Isabelle bateu com a madeira na cara de Ragnor, o derrubando. Logo ela começou a socar o rosto dele.

Alec queria parar ela, mas mal podia se mover. Jace então, estava perdido, não sabia quem ajudava primeiro, Alec ou Isabelle.

Alec juntou todas as suas forças e tirou Isabelle de cima de Ragnor a abraçando com força.

- Controle-se Izzy!- Isabelle se acalmou ao ver o olhar desesperado de Alec, mas ela olhou novamente para Ragnor ao ouviu o som de uma arma. A primeira coisa que ela fez foi se colocar a frente de Alec e no momento seguinte Alec segurava seu corpo que perdeu as forças ao receber um tiro nas costas.

Ragnor, ao perceber o que fez, saiu correndo apavorado e arrependido.

Alec ficou sem reação, se abaixou com Isabelle na areia e a olhou com lágrimas nos olhos.

- Vamos minha irmã, isso não a de ser grave!- Alec disse tentando ser positivo, mas ele podia sentir o sangue em abundância escorrer por suas mãos que seguravam Isabelle.

- É sim! Eu sei que é! Me procure amanhã e encontrará uma mulher morta em uma cova.- Isabelle tentou brincar e Alec soluçou de tanto chorar.

Logo Jace e Simon estavam ao redor dos dois, Simon tinha acabado de chegar quando soube de uma briga que envolvia Isabelle. Quando ele viu ela, caiu de joelhos no chão, tinha tanto sangue na areia...

Alec passou a mão no rosto tentando limpar suas próprias lágrimas e Isabelle pôde ver a aliança de casamento com o nome de Magnus, e então ela entendeu tudo.

- Nossas famílias carregam uma praga...- Isabelle disse passando a mão no rosto de Alec delicadamente.- A praga das duas famílias...- ela disse fraca, mas sorrindo pequeno.

- Não minha irmã, eu te amo tanto! Não!- Alec suplicou vendo o brilho nos olhos de Isabelle sumirem. Sua mão caiu de encontro com a areia e seu rosto se tornou sem expressão, Isabelle estava morta.

Romeu e Romeu (Malec)Onde histórias criam vida. Descubra agora