Entramos numa briga

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Por Lílian Evans

Potter achava que me enganava com aquele papo de ciúmes. E a ironia disso tudo, era a cabeça do melhor amigo dele que ela queria arrancar. Eu ia me aproveitar daquela situação... Ah, ia.

Eu coloquei uma calça jeans, uma blusa verde clara, com um casaco branco e tênis para ir ao shopping. Num sábado de manhã, eu nunca me imaginaria feliz por estar indo fazer compras. Mas Black faz uma ação que me deixou boba demais e percebi que ele se importava de verdade com Lene... não era mentira e eu nunca pensei que deixaria Black me chamar de Lily. Ou eu pensar nele como Sirius.

Desci as escadas e vi Potter ainda de cara fechada, o deixando mais lindo do que já era. Foco, Lílian. Foco. Lene estava sentada em meu sofá, agora, relaxada. Eu não sabia se eu podia contar a ela se fora ele que dera aquela entrevista, então preferi ficar no enigma. O que estava deixando Potter muito irritado.

Passei por ele, que me seguiu com o olhar. Era bom ter a atenção dele... mas que droga! Se concentra, Lily. Ele não ama você e você tem de aprender a não amá-lo também. Lene me olhou, mas nada falou. Se levantou e veio para o meu aldo.

– Volto depois do almoço – avisei a Potter, que me olhou surpreso.

– Eu vou com vocês – disse ele como se aquilo fosse óbvio demais. Mas, antes que eu pudesse responder a altura, Lene sorriu.

– Lamento, Potter, mas eu também tenho carro. Se era uma carona que você ia oferecer.

– Eu ia oferecer a minha companhia também – ele olhou deliberadamente para mim, de modo possessivo. Tentei não ficar feliz com aquilo. Foi em vão, mas não demonstrei. Em vez disso, eu revirei os olhos.

– Por que não cola uma rastreador em mim, Potter? – perguntei fingindo estar irritada. – Assim fica mais fácil.

– Isso seria uma boa ideia... – disse ele pensativo.

– Não sonha, Potter!

– Troca de disco, Evans. Esse já está arranhado – respondeu ele, arrancando uma risadinha de Lene.

– Pare de rir e vamos logo – peguei as minhas coisas e fui para a porta com Lene logo atrás de mim.

Assim que pisamos do lado de fora, Lene começou a rir sem parar. Eu tinha virado bobo da corte? Eu não fiz nada para merecer aquilo.

– Pare de rir – pedi, irritada.

– Vocês se amam! – Ela ainda ria e eu tive de arrastá-la até seu carro. Ela abriu a porta e eu abri a porta do carona.

– Não, Lene – corrigi com pesar. – Apenas eu o amo.

(...)

Era por esse motivo que eu odiava o shopping. O local estava lotado demais, para um simples sábado. Mas a minha amiga precisava de mim e eu iria acompanhá-la na procura pelas roupas perfeitas. O que, provavelmente, iria chamar atenção dela para mim. Lene adorava me fazer de boneca e me encher de roupas, bolsas e sapatos (o último item era o mais bem vindo). E eu enlouqecia com aquilo.

Estávamos nadando umas boas meia hora, com Malene observando todas as lojas com atneção. Às vezes, eu pensava que Lene estava na profissão errada. Ela iria ser uma ótima estilista quanto é uma advogada. Ela poderia muito bem fazer os dois.

Lene, então, parou em frente a uma loja, logo depois me arrastou para dentro. Aquilo não era um bom sinal; quando ela me levava para dentro de uma loja, queria dizer que Lene compraria roupas para mim.

A loja não era tão sofisticada; até que tinha umas roupas bem bonitas. Marlene já estava nas araras de vestidos enquanto eu olhava algumas coisas aleatórias. Olhei para fora da loja e vi duas mulheres passando... franzi a testa. Eu as conhecia de alguma lugar.

The Bet - JilyOnde histórias criam vida. Descubra agora