Um pedido (des)agradável

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Por Lílian Evans

Eu nunca imaginei que ele fosse pedir desculpas daquele jeito. Quando eu vi aqueles cartazes, não acreditei. Sirius estava ao meu lado, tão estático quanto eu e vi que James Potter estava mesmo pedindo desculpas. E em grande estilo, o que me fez arfar. Ele realmente me ouvira e havia feito o que eu lhe aconselhara. Eu não podia estar mais orgulhosa daquele idiota.

Depois, Potter apareceu com aquele último cartaz com um pedido e uma verdade, eu tentava não sorrir. Mas como não sorrir, se ele havia feito algo que ele normalmente não faria? Eu sabia que ele havia percebido que eu queria sorrir. Então ele abriu um sorriso colgate para Sirius que, depois de chamá-lo de mariquinha, e este correu até o amigo. A expressão de Potter era de alívio. Eu fiquei feliz por aqueles dois.

Como bem sabem, se eu ficasse ali por muito tempo, eu o teria agarrado ali mesmo. Então me limitei a brincar com ele e fiz uma saída triunfal. James havia entendido a mensagem.

Agora, eu estava prestes a sair do colégio, mas a chuva atrapalhava. No dia seguinte, haveria uma reunião para podermos discutir sobre o baile de teria antes da pequena férias de Natal e uma competição que teria depois das datas comemorativas. E eu adorava aquelas coisas, para não dizer o contrário.

Por muito tempo, depois que meus pais faleceram, era apenas eu e Lene. Os pais dela eram separados e era difícil ter um encontro com eles sem que ficassem brigando. Eu tinha Petúnia; mas eu e ela não éramos compatíveis – apesar de eu ainda considerá-la minha família. Agora, esse ano, eu tinha mais uma pessoa – ou três, contando com Sirius, Dorcas e Remus – para passar aquele Natal comigo. Seria legal, se não, trágico.

Cheguei ao portão do colégio e vi Potter e a irmã conversando – ou discutindo, pelos gestos que Potter fazia. Eu não queria me meter, pois eu já havia tido minhas próprias brigas familiares. Mas eu vi que Alice precisava de ajuda; eu sabia que Potter podia ser muito chato quando queria, então fui até eles, pegando a conversa quase no final.

– Ei, Potter – chamei e o dois me olharam; eu havia esquecido que ambos eram Potter. – Alice, como vai?

– Nada bem, quando se tem um irmão idiota como o James – respondeu ela, emburrada.

– Nisso, eu tenho que concordar.

– Ei! – protestou Potter, mas nós o ignoramos.

– O que estava acontecendo? – perguntei e Potter bufou, revirando os olhos. – Quero dizer, se quiserem me contar.

– Bem, eu recebi uma ligação...

– Chega, Alice – disse James, autoritário. – Vou pensar, está bem? Não prometo nada, mas vou tentar.

Eu fiquei olhando de um para o outro, sem entender nada. E olha que eu entendia muitas coisas. Então, eu tive uma ideia. De gerico, mas, ainda assim, uma ideia.

– Já sei – disse eu e os dois ergueram as sobrancelhas, ficando assustadoramente parecidos. – Que tal resolvermos isto com um jantar? E faço e...

Alice bateu palmas, assustando-me e fazendo com que eu me calasse.

– Ótima ideia! – disse ela, sorrindo. – Chame Sirius, Marlene, Dorcas e Remus! Quanto mais gente, melhor.

– Isso é desnecessário – interveio Potter, me lançando um olhar fulminante. Eu apenas dei um sorriso, que o fez vacilar.

– Combinado – Alice o ignorou e sorriu para mim. – Quando?

– Sábado – falei. Alice assentiu e deu tchau para Potter, que me olhava irritado.

– Obrigado, Evans – disse ele. – Pensei que estávamos de bem.

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⏰ Última atualização: Oct 13 ⏰

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