Se inveja mata, ciúmes faz o quê? Part. 2

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Por Lílian Evans

Oh, dia difícil! Quero dizer, no início, até que tinha sido bom. Porque não é todo o dia que você tinha um deus grego em sua casa, fazendo abdominais sem camisa. Nem conto o que eu senti quando aquele ser chegou por trás de mim, me fazendo ficar arrepiada dos pés a cabeça.

Mas, como sempre, James Potter tinha de estragar tudo... acho que não seria James Potter se não fizesse alguma besteira. Contudo, não foi o piti que ele deu, foi ele ter brigado com o melhor amigo! Sirius esteve sempre ao lado dele e aquilo me deixava triste e furiosa ao mesmo tempo. Bem, eu tinha de esquecer aquela história e convencer Marlene a ir num lugar aí...

Então, eu, naquele momento, estava indo para casa de Dorcas buscá-la. Minha cabeça estava cheia de Potter; eu queria esquecê-lo, mas não conseguia tirar a imagem dele, morrendo de ciúmes do amigo, da minha retina. A maior parte de mim estava raivosa e chateada; mas tinha uma outra. A outra era aquela que via uma esperança, aquela que via que James Potter sentia alguma coisa por mim.

Argh! Por que a minha vida era tão difícil? Sério, eu era apenas uma professora de História. Minha vida deveria ser a mais monótona possível! Era para eu estar em casa, reclamando que meus alunos eram uns mal educados e que não prestavam atenção em nada do que eu desse na aula.

Mas nããão. Eu estava indo para casa de uma amiga, para juntar a outra amiga com (agora) um amigo idiota. E o outro amigo mais idiota desse amigo idiota, havia dado um piti no meio de uma loja de flores e que, por acaso, eu amava. Minha vida é ou não é complicada?

Balancei a cabeça e toquei a campainha da casa de Dorcas. Pelo o que eu via, ser policial tinha lá suas vantagens; a casa dela era grande e de dois andares, um belo jardim com várias flores e com caminho de pedras até a entrada. O bom era que ela não precisava morar com outras casas coladas umas nas outras. Como eu e Lene. Mas isto não vem ao caso.

Dorcas apareceu na porta da casa e eu pude ver seus cabelos louros, que desciam em cachos pelas costas. Era diferente vê-la sem o uniforme de policial.

Ela veio até a mim, com uma mochila nas costas e uma espécie de maleta cinza em uma das mãos. Franzi a testa para quilo, enquanto eu a observava correr até a frente da propriedade.

– Ei, Lil's! – disse ela, fechando a portinha.

– Oi, Doe – falei e depois apontei para a maleta que carregava. – O que é isso?

Dorcas acompanhou o meu dedo e depois me olhou com um sorriso.

– Ah, isso é um equipamento que ajudará Sirius a não dar mancada – respondeu ela, fazendo carinho na maleta. E depois eu é que não tinha mudado nada.

– Ok... vamos, então? – perguntei.

– Oh, claro! Deixa eu ver onde coloquei as chaves do carro... – Dorcas começou a apalpar os bolos e eu revirei os olhos, vasculhando o que ela estava levando.

– Ali, preso no chaveirinho de zebra – apontei para a mochila que ela colocara nas costas. – Sério, como você se tornou uma oficial?

Ela me olhou, depois de pegar as chaves do carro do chaveiro, fingindo que estava rindo.

– Rá, rá – desdenhou Dorcas. – Continua a mesma engraçadinha de sempre, não é?

Eu apenas sorri e a acompanhei até a garagem, onde o carro de Dorcas estava estacionado. Eu sentei-me no banco do carona e esperei que ela desse partida. Fiquei em silêncio. Eu não podia ficar quieta, senão eu iria pensar novamente em Potter e Sirius.

Quando o carro já estava em movimento, Dorcas começou a tagarelar, mas eu não conseguia prestar atenção. Se eu pensava em Sirius, pensava em Potter. Seu pensava em Potter, lembrava da expressão desesperada de Sirius. E, o pior de tudo, era que aquilo tudo era por minha causa. Eu preferia mil vezes voltar a ser o que era com o Sirius do que ver os dois brigando.

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