Capítulo quatorze.

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O fato de a reunião estar acontecendo na capela e não no escritório da dra. Weens parece... abaixo do ideal.

Ainda não estive no escritório da dra. Weens no andar térreo, mas, na única vez que passei na frente e a porta estava aberta, parecia... aconchegante.

E o cheiro forte de chá estava vindo para fora.

A capela cheira a velas apagadas e a verniz, o que, estou descobrindo, é muito menos calmante.

A briga no pub não foi apenas um escândalo local, mas aparentemente foi parar nos jornais também.

Eu não me preocupei em dar uma olhada porque a última coisa que quero ver é uma foto borrada mostrando que estou tentando me esconder enquanto copos de cerveja são arremessados.

Nós conseguimos voltar ao colégio, mas, na manhã seguinte, Enid, Yoko, Eugene e eu recebemos um aviso informando que a dra. Weens nos esperava na capela.

Sam e seus amigos já estão longe, claro, alegremente livres de consequências, eu aposto.

Enquanto isso, passei a manhã inteira tentando não vomitar, de tanto medo de me embarcarem no próximo avião para o Texas.

Como pude ser tão estúpida?

Eu devia ter ficado no meu quarto. Exceto que, se bem me lembro, saí por causa da Yoko.

Minha loucura foi nobre, pelo menos.

Eu me viro para ela e sussurro:

- Acho que aquele papo todo de "casar com o Sam" está fora de questão agora, né?

Para minha surpresa, Yoko balança a cabeça.

- Não, mas percebi que vou ter que repensar meu plano.

- Certo - respondo baixo antes de devolver minha atenção para a dra. Weens.

Ela está em pé na frente do altar, com as mãos juntas, os ombros para trás e, ao meu lado no banco, Enid dá um suspiro.

- Isso é tão dramático - ela diz em voz baixa. - Tão a cara da mamãe.

E, nesse momento, percebo que essa pequena reunião que eu achei que seria apenas entre a gente e a dra. Weens, é muito maior do que eu pensava.

- Espera, "mamãe"? - pergunto a Enid com os olhos arregalados. - Tipo, sua mãe? Ninguém menos que a rainha deste bendito país?

Virando para mim, Enid levanta uma sobrancelha.

- Por que você acha que estamos aqui? - ela pergunta. - Essa é a única parte do colégio que pode ser acessada sem passar por todo o restante. A última coisa que minha mãe quer é que saibam que ela está aqui.

Yoko está sentada do meu outro lado e agora se estica sobre mim para agarrar os ombros de Enid.

- Nós vamos nos encontrar com Sua Majestade?

Desvencilhando-se das mãos de Yoko, Enid revira os olhos.

- Ela estará aqui em modo mãe, não em modo real.

Os olhos de Yoko estão arregalados e ela abaixa o olhar para o colo.

- Esse nem é meu melhor uniforme.

- Todos os nossos uniformes são iguais - Eugene diz, mas Yoko sacode a cabeça.

- Não, Eugene, eu tenho um pra dias comuns e um que levei na costureira pra se ajustar melhor. Esse não é o ajustado, Eugene. Esse não é o ajustado!

Antes de Yoko ter um ataque de nervos, a porta lateral da capela se abre e uma mulher entra no recinto seguida por dois homens de terno e óculos escuros.

𝙎𝙪𝙖 𝙖𝙡𝙩𝙚𝙯𝙖 𝙧𝙚𝙖𝙡 * 𝑊𝑒𝑛𝑐𝑙𝑎𝑖𝑟 (AU)Onde histórias criam vida. Descubra agora