Capítulo trinta e três.

3.8K 599 415
                                    

Gente lembrando que isso é uma adaptação de um livro ok?

Os personagens que eu adaptei para Yoko e Eugene (Saks e Perry) eles ficam juntos no livro, então por isso eu decidi colocar nessa cena em específico a Yoko e a Divina belezinha? Só pra vocês não estranharem.

________________________________








Acho que eu tinha me esquecido da sensação de estar completamente
apaixonada por alguém.

Com Tyler, existia aquela bagagem esquisita de sermos amigos há tanto tempo, de manter um tipo de segredo, de ainda tentar entender o que tudo aquilo significava.

Com Enid, é apenas… Bom, tem momentos como este em que estamos fazendo nossas corridas ao redor de Nevermore, e ela olha para mim com um sorriso iluminado, as bochechas rosadas, os cabelos grudando no rosto mesmo com esse frio congelante, e meu coração parece tão grande dentro do peito que eu mal posso contê-lo.

— Você vai cantar dessa vez, Addams? — Enid provoca, virando-se para correr de costas, e aceno com a cabeça para ela.

— Talvez. Se você cair de bunda, eu definitivamente vou cantar uma canção sobre isso e os perigos da arrogância. Que nem um OompaLoompa.

— Qual é o seu problema com todas essas referências de Willy Wonka? — ela pergunta se virando para correr como uma pessoa normal, eu diminuo o passo um pouco e Enid chega ao mesmo ritmo que eu.

— Talvez “Veruca Salt” possa ser nosso “sempre” — brinco, e ela ri.

Então, quando passamos por uma subida no caminho, ela se aproxima e segura minha mão, me puxando para atrás de uma formação rochosa para
me dar um rápido, mas intenso beijo na boca e, sim. Talvez eu não tenha esquecido como é essa sensação, porque não sei se eu já senti algo sequer parecido com isso.

Afastando-se, ela observa meu rosto por um longo momento, então acaricia meu lábio inferior com o polegar, acionando uma cascata de arrepios pelo meu corpo. Então me aproximo para beijá-la e, dessa vez, não há nada de rápido nisso.

Penso que nós estamos sendo muito discretas sobre nossa nova situação, mas percebo que estou errada quando, na hora do almoço, Yoko e Divina se sentam cada um de um lado meu, quase que ao mesmo tempo. Elas são boas nisso, tão boas que às vezes imagino se elas treinam com frequência.

— Conta tuuudooo — Yoko cantarola, abrindo sua garrafa de água mineral enquanto Divina se inclina sobre mim para roubar um pão da bandeja de Yoko.

— Ou não — ela me diz, olhando feio para Yoko —, porque não é da nossa conta.

Yoko revira os olhos.

— Francamente, Divina, não aja como uma senhorinha puritana. Wed é nossa amiga e nós apoiamos a felicidade dela, o que significa que precisamos saber tudo o que está acontecendo. Então. Conta tudo.

Corando, eu mexo os ombros e continuo empurrando os feijões no prato.

— Não tem muito o que contar — digo, e Yoko solta um suspiro profundo, levando a mão aos cabelos. — Não tem muito o que contar? Wedcent…

— É Wednes, e você sabe disso.

— Você está namorando uma princesa. — Yoko continua falando como se eu nem tivesse dito nada, gesticulando com uma mão na frente do rosto, e fico surpresa em como ouvir essas palavras me atinge como um soco no estômago.

— Não — digo, sacudindo a cabeça. — Não é isso que…

— É absolutamente isso que está acontecendo — Yoko afirma, e até Divina acena com a cabeça, com a boca cheia de pão.

𝙎𝙪𝙖 𝙖𝙡𝙩𝙚𝙯𝙖 𝙧𝙚𝙖𝙡 * 𝑊𝑒𝑛𝑐𝑙𝑎𝑖𝑟 (AU)Onde histórias criam vida. Descubra agora