Capítulo doze.

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— É sexta-feira — digo no impulso, e Enid e Sam se viram para me olhar.

Sam sorri de leve, seus dentes praticamente brilhando enquanto ele coloca as mãos nos bolsos de trás da calça.
— Sim, é — ele diz, levantando um ombro. — Mas é só um pulo no pub. Eu não te manteria na rua até tarde, Colega Addams.

Os olhos de Enid ficam semicerrados e sinto minhas bochechas corarem.

Repentinamente, a queda de Yoko por Sam faz muito sentido para mim, mas ainda não vou sair vagabundeando por aí… seja lá onde for com esses dois.

Sou uma seguidora de regras por natureza. Eu nunca desobedeci a horários, nunca matei aula no colégio e nunca fui a um bar. E a mensagem de Tyler continua na minha tela, à espera.

Então agora eu apenas pego o livro sobre a cama e o balanço um pouco.

— Dever de casa — digo. — Mas vocês dois se divirtam.

— Te falei — Enid diz num tom de voz baixo para Sam, e imagino que isso signifique que ela já disse para ele o quanto sou entediante.

Não me importo.

Então ela se aproxima do irmão.

— Estão todos aqui?

Sam balança a cabeça, o que tem o efeito de soltar uma quantidade perfeita de cabelo, fazendo-os cair sobre a testa.

— Nem todos. Tom, Josh e Luck estavam livres, mas Larry está ocupado com o colégio e Kylie, claro, está morto.

Fico sem reação ao ouvir isso, mas Enid apenas revira os olhos.

— Ele não está morto, e Lana disse que ele voltou para a Escócia.

— Não, ele está extremamente morto, e é tudo muito trágico, mas estou seguindo em frente. De qualquer maneira, Kylie não seria de ajuda alguma neste momento.

Enid pensa no que o irmão disse, inclinando a cabeça para o lado antes de concordar e jogar o cabelo para trás:

— Isso é verdade.

— Que seja. Dois é melhor do que nada, acho. Vamos?

Eu finjo que estou lendo enquanto observo Enid pegar uma jaqueta de couro cinza que estava no encosto da cadeira, vestindo-a sobre o suéter e os jeans que ela colocou mais cedo.

Então ela entrelaça o braço com o de Sam e eles saem, a porta fechando-se atrás dos dois.

Solto um suspiro de alívio e jogo o livro para o lado, passando minha atenção de volta para o notebook.

Talvez eu só responda com um “oi” também. Ou eu poderia mandar uma mensagem para Parker e perguntar o que ele acha.

É o que vou fazer. Eu abro uma aba diferente para escrever para a Parker, mas algo me perturba no fundo da minha mente e, depois de um segundo, percebo que é um Alerta de Amizade.

Yoko.

Ela talvez nem saiba que o Sam está aqui e, se eu contar que ele não apenas está aqui, mas veio ao meu quarto e me convidou para sair, ela nunca vai me perdoar.

Além do mais, estou devendo uma a ela por ter me resgatado hoje.

Droga.

Eu hesito por apenas um segundo antes de fechar o notebook. Revirando os olhos para mim mesma, solto um grunhido e saio para o corredor.

— Ei — chamo, e Enid e Sam se viram, quase ao mesmo tempo. Imagino se eles treinaram para fazer isso, estontear as pessoas com a beleza de seus rostos. — Eu, é… Eu acho que vou com vocês, no fim das contas — digo, e então, em uma tentativa de parecer casual, boto a mão na cintura. — Tudo bem se eu chamar a Yoko?

𝙎𝙪𝙖 𝙖𝙡𝙩𝙚𝙯𝙖 𝙧𝙚𝙖𝙡 * 𝑊𝑒𝑛𝑐𝑙𝑎𝑖𝑟 (AU)Onde histórias criam vida. Descubra agora