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naquela noite Carolyna Borges se arrumava para a volta do caliari's restaurante, seus pais nunca foram a esse local, mas por recomendação resolveram conhecer o local.

- está pronta? - ouviu e levou um pequeno susto ao olhar pra porta e ver seu irmão, rafa.
- pronta. - assenti indo até ele
- só estamos esperando você. - no caminho para o caliari's restaurante, passaram na frente da casa dos novos vizinhos e Carolyna lembrou sobre a petulância da vizinha hoje mais cedo.
- acredita que não aceitaram a cesta? - perguntou incrédula para sua mãe dentro do carro.
- porque não? - olhou para o banco esperando a resposta.
- não sei! uma menina, que por sinal é muito bonita...
- Carolyna! - seu pai exclamou irritado enquanto dirigia, não aceitava o fato dela gostar de mulheres.

a garota apenas revirou os olhos e seguiu falando.

- como eu estava dizendo, muito bonita, nem falou nada apenas fechou a porta e foi isso.
- que estranho... - sua mãe falou desconfiada.

assim que chegaram no restaurante, se impressionaram, o lugar era extremamente lindo e espaçoso, também se impressionaram a quantidade de pessoas que estava presente ali.

uau... - Alan, o irmão mais novo falou quando entraram no local. - o dono deve respirar dinheiro. - sentaram em uma mesa perto ao caixa e logo um garçom veio atender.

olharam os cardápios e Carolyna desviou o olhar, por um segundo não acreditou no que estava vendo.

- mãe - falou chamando atenção dela. - foi aquela menina que recusou a cesta. - todos da mesa olharam para o caixa.

Priscila estava sentada sem expressão alguma no banco do outro lado do balcão.

- será que é dona? - Alan pergunta curioso. - mas que cara bem pálida.

- é verdade. - Carolyna falou analisando ela de cima abaixo e gostou do que estava vendo. - mais é linda, não acham?
- vamos pedir logo. - o pai de Carolyna falou mudando o assunto, não suportava ouvir sua filha elogiando mulheres.
- vou até ela. - a garota de olhos castanhos falou levantando da mesa.

seu pai por um momento pensou em correr e puxar a filha pelos cabelos até a mesa de volta, mas se segurou e chamou o garçom para trazer um vinho. quando Carolyna chegou no balcão, Priscila continuava parada olhando para um ponto fixo.

- o que tanto olha? - perguntou inconveniente do outro lado do balcão.

a ruiva não desviou o olhar do absoluto nada, sabia que era a vizinha nova, mas não falou nada. na cabeça dela não tinha pq puxar assunto com ninguém.

- você não fala? - Borges perguntou analisando seu rosto. - qual seu nome? - suspirou irritada. - já entendi. - sorriu de lado. - você não foi com a minha cara, não é? desde hoje a tarde quando fechou a porta na minha cara. - Carolyna esperou um "exato, odiei você, pode vazar daqui!" mas o que recebeu foi um perfeito nada.

ela achou estranho o fato da ruiva não se mexer, nem tão pouco piscar os olhos.

- tudo bem com você? - estava realmente preocupado e Priscila só queria que ela saísse dali. - aconteceu alguma coisa?
- nem tente, vai perder seu tempo. - hanna, a mulher que trabalhava no caixa falou, fazendo Carolyna olhar em sua direção.
- porque? o que aconteceu com ela?
- ninguém sabe. - disse dando de ombros. - mas todos os funcionários perceberam que ela está com essa cara de morta desde que chegou aqui. - riu da própria piada, fazendo Carolyna revirar os olhos. - os pais são os donos, não sei pra que essa cara de tristeza sendo tão rica assim.
- não fale assim, você não sabe o que aconteceu com ela pra ela ficar mal desse jeito. pode estar em um dia ruim, ou algo grave aconteceu. - Carolyna voltou a olhar para a ruiva e sentiu algo diferente.

queria abraçar ela e dizer que estava tudo bem, mesmo sem saber o nome dela.

- ei - tentou pela última vez - você é bonita sabia? - não falou isso pra puxar saco e fazer a olhar, mas realmente a falou pq a achou muito bonita.

Priscila ouviu e sentiu algo estranho dentro dela, fazia tempo que não ouvia isso de alguém que não fosse nada para demonstrar.

- se você quiser, é só falar comigo, tá bem? sou sua vizinha mesmo. - Carolyna voltou triste p sua mesa e sua família notou.

não conseguiu o número dela? - rafa perguntou debochado, fazendo ela lançar em sua direção um olhar mortal. - pelo visto não, deixa que eu consigo. - já ia levantar e Carolyna pegou no braço dele.
- ela não vai dar o número pra você. - seu irmão sentou de novo e riu. - parece não estar em um bom dia.
- levou um fora, trouxa! - Alan falou rindo e a morena ignorou.

Carolyna não estava nem aí se levou fora, só queria saber pq a vizinha não falava e o que a deixou tão triste. não ia desistir até ouvir a voz daquela menina que mexeu com sua cabeça em menos de um dia. ela ficou observando Priscila o jantar todo e ficou impressionada pq a garota não moveu um músculo.

espero que gostem, deixem estrelinha e comentem p me ajudar gays.

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trust me - capri Onde histórias criam vida. Descubra agora