trust me - capri

27

Priscila resolveu ir pra casa já que estava tarde,
eram duas da manhã e Carolyna teria que ir pra
aula, não queria a morena se atrasando.

- Amanhã não vamos nos ver, anjinho. - Tenta
falar com seus pais.- Carolyna falou tristinha
em frente à porta da ruiva, que suspirou e
escondeu o rosto em seu pescoço.- Promete
que vai ficar bem?- A abraçou apertado.
- Prometo.- Priscila sussurrou entre o pescoço da morena.- Promete que vai estudar e ir bem
nas provas?
- Prometo.- As duas se olharam e deram um
sorriso antes de selarem seus lábios.

Carolyna afundou a mão no cabelo ruivo da
Priscila, que abraçava a cintura dela suspirando
em sua boca. Finalizaram o beijo com uma
pequena mordida no lábio inferior.

- Boa noite, baby.
- Boa noite, anjinho.- Ficou na ponta dos pés e
deu um beijo delicado na testa da vizinha que
sorriu boba pelo gesto.

A mais velha ia tocar a campainha mas Priscila
a puxou pela cintura e beijou seus lábios de
novo. Emaranhou as mãos no cabelo de Carolyna enquanto suas línguas desfrutavam suas bocas. Elas não queria sair daquele beijo mas foi preciso devido à falta de ar.

- Uau...- A morena falou ofegante contra a
boca da Priscila, que riu envergonhada e lhe deu um selinho.- Você tem mesmo que ir pra
casa?- Fez uma carinha triste.
- Você precisar ir porque tem aula cedo e
tem que dormir bem pra concentrar nas
aulas com sua amiga.- A ruiva falou
brincando com algumas mechas do cabelo
de Carolyna, enquanto a mesma abraçava sua
cintura sem intenção alguma de tirar ela de
seus braços.
- Você parou pra pensar que estamos na porta
da sua casa nos beijando? Falou rindo e Priscila
se deu por conta logo depois.
- Imagina se meus pais abrem a porta e
estamos aos beijos.- Riu ao imaginar, mas
Carolyna ficou apreensiva e saiu do abraço.
Ela não queria confusão com os pais da Priscila.

- Você falou que ia estar comigo quando eu
fosse tentar falar com eles, Carol. E eu vou.-
Sorriu de lado.- Tiro um tempo livre essa
semana, tá bem?- A ruiva assentiu.
Depois de mais um beijo, Carolyna tocou a
campainha e Adriana abriu com a maior cara
de sono, semi cerrou os olhos e apenas fez
um sinal com as mãos pra Priscila entrar. Estava com sono demais pra falar. Priscila deu um pequeno beijo na bochecha de Carolyna e entrou dentro de casa.

[..]

Carolyna levantou mais cedo do que o normal,
tomou banho e organizou os cadernos dentro da mochila. Colocou uma calça cinza e uma
camiseta branca, calçou o tênis e desceu a
escada com uma alça da mochila nas costas.

- Bom dia, amores.- Falou animada sentando
ao lado dos irmãos no sofá.
Rafa e Alan trocaram cúmplices olhares
desconfiados. Ver a irmã animada pela
manhã não era normal.
- A noite foi boa com a vizinha?- Rafa
sorriu malicioso.
- Ótima.- Carolyna falou sorrindo, mas logo
percebeu o tom malicioso do irmão. - Não
fizemos nada, antes que vocês perguntem.
- Eu acho que fizeram.- Alan falou rindo e
apontou pro pescoço da Carolyna, que pegou
o celular e viu o reflexo de uma pequena
mordida ali, sorriu lembrando da ruiva.
- Isso não quer dizer que aconteceu alguma
coisa.- Revirou os olhos.
- Se você diz - Alan falou pra provocar a
irmã.
- Vamos? São quase sete horas.- Revirou os
olhos novamente.

Quando chegaram na escola, Carolyna prendeu abicicleta e foi encontrar suas amigas como de
costume.

- Conta TU-DO!- Malu falou correndo até a
morena, logo Jessie e vanessa também.
- Tudo o que?- Riu confusa.
- Contei pra elas sobre você, e sua
paixãozinha na sorveteria.
- Não acredito que a Malu conheceu ela
primeiro que eu.- Vanessa disse cruzando os
braços.
- Nem eu! Injusto.- Jessie também cruzou os
braços.
- Foi coincidência, horas.- Carolyna deu de
ombros.- Um dia vocês vão conhecer ela. Eu
prometo.
Ela realmente bateu na bibih?
- Bateu, vanessa. Estou com medo disso. -
Suspirou preocupada.- Ela me ligou pra dizer
que vai se vingar.
- bibih vai acabar com a vida da Priscila, vocệ
sabe disso né?- jessie falou seria.
- Eu não vou deixar ela encostar um dedo
naquela garota! Priscila já sofreu o bastante.-

Carolyna falou firme, fazendo as amigas
trocarem olhares curiosos.

- Ela sabe que vocês são vizinhas e sabe onde
sua paixãozinha mora.
- Como sabe disso?- A morena perguntou
apavorada.- Ela foi lá em casa me buscar, mas
nem comentei sobre a Priscila.

- Carolyna, ela é a bibih!- malu disse em um
tom óbvio.- Você se envolveu com a garota
mais sombria, má, popular e bonita do
colégio. Ela sabe tudo.
- Não tenho medo dela.- Deu de ombros.- Se
ela quiser implicar comigo tudo bem, mas se
for atrás da Priscila eu vou demolir ela e vocês
vão me ajudar.
- Eu vou! Adoro uma briga.- malu
comemorou e carolyna riu da reação.
-Sem duvidas vamos ajudar, Carol.- jessie
disse tranquila.- Você realmente gosta da
Priscila, não é?
- Tanto!- De um sorriso bobo.- Aquela garota é
incrível.
- Está gamadinha mesmo! Oownn, isso é tão
fofo vindo de você.- malu apertou bem forte
as bochechas de Priscila, que reclamou da dor
mas o sorriso bobo não saia de seus lábios.
- Trouxa mesmo.- jessie debochou. - Deus me
livre, nunca quero me apaixonar.- vanessa
olhou incrédula pra ela.
- Depois conversamos sobre isso, idiota.-
vanessa bateu no ombro da jessie e ela riu se
rendendo.
- Só espero que a bibih não seja tão cruel.-
Carol falou com medo, não suportaria alguém
machucando Priscila novamente.
- Falando nela...- malu apontou
discretamente pra entrada do colégio.
bibih usava uma jaqueta de couro preta,
calça rasgada preta, coturno preto, óculos de
sol preto...Enfim, estava toda de preto, como
sempre. Em seu nariz um enorme band-aid
cobria quase toda aquela região e em sua
testa um curativo. Todos olharam pra ela na
mesma hora, ninguém imaginava ver a senior
da escola usando curativos em seu rosto.
Andava com seu ar de superioridade e atrás
mais duas garotas, como sempre. bibih
passou pela Carolyna e a lançou um olhar mortal quando tirou os óculos de sol. Parou em
frente à morena e cruzou os braços, logo as
duas meninas atrás a imitaram. Vanessa, Jessie e malu engoliram a seco pela expressão de bibih.

- Eu quero o nome, sobrenome e endereço
daquela LOUCA que me agrediu.
- Não.- A morena deu de ombros e todos na
volta delas se olharam espantados.
- Ninguém diz não pra bibih Drudi.- Ela
estava vermelha de raiva e carolyna riu.
- Mas eu disse.- Sorriu de lado.- E repito...Não!
Você não vai tocar um dedo naquela garota.
- Priscila, não?- bibih sorriu vitoriosa e carolyna
arregalou os olhos.- 17 anos, sua vizinha,
mora ao lado da sua casa. Eu sabia que você
ia me negar as respostas, então passei meu
resto de domingo inteiro só pensando nisso.
Mas eu tive boas fontes.- Olhou de canto pra
jessie, mas ninguém percebeu a não ser a
mesma, que desviou os olhares rapidamente e
fitou o chão.

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