trust me - capri

28

Depois da provocação de bibih, Carolyna só
queria esgoelar aquela garota em pensar que
poderia fazer mal para Priscila.

Sim, a ruiva errou em espancar a garota,
mas não sabia das consequências que estão
por vir. Quando a aula acabou as quatro
amigas resolveram almoçar na lanchonete
da cidade. Cada uma pediu um hambúrguer,
refrigerante e batata frita.

Sentaram em uma mesa no canto.

- Não estou preparada psicologicamente
pra passar a tarde estudando.- malu falou
deitando a cabeça no ombro de Jesse, que
concordou e revirou os olhos.
- Estudar é legal, meninas.- Vanessa falou
animada.- Se vocês gostassem não estariam
quase reprovando em matemática.
- Credo, você é animada até quando vai
estudar.- Jesse disse incrédula e Vanessa riu
dando de ombros.

As três olharam Carolyna, que estava quieta
demais olhando o nada na rua enquanto
comia as batatas uma por uma, quase que
pausadamente ao lado de Vanessa.

- Está tudo bem, Carol?- malu perguntou
preocupada.

Era um milagre não ver a amiga zoando junto
com elas.

- Tudo.- Carol olhou pra ela e sorriu de lado.
- Está pensando na Priscila?
- Fiquei preocupada, malu. Como é que ela
conseguiu aquelas informações? É impossível.
- Eu avisei, Carol.- Vanessa falou apreensiva.- Ela é a bibih, sabe tudo.
- Prometemos que vamos ajudar nisso, Carol
maravilha. Fica tranquila.- Jesse tentou
acalmar a amiga, que apenas assentiu.
- O pior de tudo é que a Priscila não tem celular.
- Quem é que não tem celular hoje em dia?
malu perguntou incrédula.- Eu preciso
urgente conhecer essa garota.
- Ela beija bem?
- Jesse!!- Carol a repreendeu com o olhar,
fazendo as amigas rirem.
- E a malu, beija bem?
- Nós não nos beijamos.- Mentiu na cara de
pau, fazendo Vanessa e Carol rir da cara das
duas.
- Piada do ano, jesse.- Vanessa falou rindo.- Não
sabem nem disfarçar no banheiro da escola.
- Tão na cara assim?- malu perguntou
envergonhada.
Super na cara.- Elas ficaram conversando.
Vanessa ao notar que Carol estava realmente pra baixo começou a se sentir mal pelo que fez, mas ela não tinha outra escolha. bibih ameaçou ela em sua própria casa com uma tesoura...Sim, uma tesoura e ela não pôde negar as informações se não aquela enorme tesoura ia entrar em seu braço, e a dor seria mil vezes pior do que simplesmente contar tudo que sabia sobre a Priscila, mesmo sabendo que Carol estava apaixonada. Aquela bibih era perigosa. As quatro chamaram um uber e foram pra casa da malu, precisavam estudar pra matemática o quanto antes. Carol chegou atirando a mochila em cima do sofá marrom e logo se sentou, sendo seguida por Vanessa e
Jesse.
- Não, na sala não.- malu falou rindo. Vamos
pro meu quarto, minha mãe iria morrer com
vocês em cima do sofá novo.
- Então porque ela comprou um sofá se as
pessoas não podem sentar?- Carol falou
rindo.
- Porque ela é louca, vocês sabem.- As
amigas subiram pro quarto de malu, todas
já conheciam a casa, afinal, elas têm uma
amizade de anos.

[...]

- Eu não aguento mais isso!- Vanessa jogou
o lápis no chão, fazendo Malu rir do
desespero.- Números junto com letras nunca
vão fazer sentido.
É divertido, malu!
- É a morte.- Vanessa falou seria.- Estamos
fazendo cálculo a quase três horas, não
podemos ter uma folga?
-Já sabem toda a matéria?- malu olhou
esperando a resposta delas, mas todas
ficaram em silêncio.- Então sem folga até
aprenderem tudo.
- Mas é tão cansativo.- Carol resmungou
cruzando os braços.
E chato!- vanessa completou.
- E irritante.- jesse terminou.

malu bufou e se deu por vencida, logo as
quatro deram uma pausa e desceram pra
tomar alguma coisa.

- bibih é sua vizinha, né?- Vanessa falou
olhando Malu, que assentiu nervosa.
- Nossa!!- Carolyna disse surpresa. -Esqueci disso. Eu vou falar com ela.
- NÃO!- Malu praticamente gritou. - Han...-
Sorriu amarelo.- Eu acho melhor deixar do
jeito que está.
- Eu acho que não.- jesse contrariou. - Talvez
a bibih esqueça tudo isso quando a Carolyna
falar com ela sobre.
- Mas hoje ela deixou bem claro que vai se
vingar da Priscila mesmo assim. Se a Carolyna falar com ela sem duvidas vai ser pior.
- Você tem razão.- Carolyna falou derrotada, e
Malu suspirou aliviada. Só posso resolver
isso protegendo o meu anjinho.
- Awwwnn, sua anjinho.- malu debochou.
- É...-Sorriu.- Minha anjinho.
- E quando sai o pedido de namoro?
- Está muito cedo pra isso, jesse! Mas não
tenho pressa, gosto de tudo do jeito que está.-

Depois da pausa, elas subiram e voltaram a
estudar.

Carolyna já havia entendido quase toda a
matéria e estava confiante pois sabia que
amanhã iriam estudar de novo e finalmente
iria entender tudo que precisava. Na hora
de ir embora o céu estava escuro, chamou
outro uber já que o Alan estava com sua
bicicleta.

Quando o carro estacionou em frente à sua
casa, Carolyna pagou o motorista e saiu do
veículo. Olhou pro lado e viu a casa da Priscila,
pensou em passar ali pra ver a vizinha mas
achava que iria forçar demais a barra. A
morena ia andar até sua casa mas..

- Ah, quer saber? Foda-se.- Falou sozinha e
mudou os passos indo até a casa da vizinha.
Ela queria muito vê-la. Priscila estava deitada
no quarto, só saiu de lá pra comer e ir ao
banheiro. Passou o dia tocando no seu
teclado, pois o piano ficava na sala e ela
não queria ir até lá. Ela queria fazer uma
surpresa pra Carolyna e precisava aprender a
tocar a música que a vizinha mais gosta do
Ed Sheeran: Tenerife Sea. Pra isso ela teve
que pegar o notebook do Miguel e pesquisar
a cifra da música, ficou a tarde inteira nisso,
e estava indo muito bem. seus pais
ouviam o som do piano vindo do quarto e
aquilo era tão maravilhoso. Saber que Priscila
estava voltando a aprender a tocar era como
se tudo estivesse voltando aos trilhos. Os dois
estavam na sala e ouviam o som das teclas,
mas logo a campainha tocou.
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- Carol, oi!- Thomas falou simpático deixando
ela entrar.
- Oi! - A morena sorriu.- Oi Adriana!
Acenou pra mulher no sofá, que riu e acenou
de volta.- Posso ver a Priscila? - Claro. Mas pode conversar com a gente antes?- Carolyna ficou confusa mas não negou, sentou em uma
poltrona de frente pros dois no sofá. - O que
aconteceu?- Perguntou apreensiva.
- Você e Priscila estão muito próximas, certo?-
Assentiu sorrindo.- Eu sei que não devo
duvidar da minha filha, mas…... - Ultimamente
andamos pensando que ela está falando com
você.- Adriana interrompeu e carolyna engoliu a
seco.

Carolyna queria contar que Priscila estava
falando, contar o que aconteceu e até
confessou que estava se sentindo feliz ontem
na sorveteria. Queria que eles soubesse que
a filha está um pouco melhor em relação a
tudo. Mas não queria Priscila decepcionada com.ela. Estava tão nervosa a ponto de querer sair correndo daquela casa.

Postei, boa noiteeeee!

Tédio.