5.

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por algum motivo Carolyna escolheu ver Priscila novamente.

- hoje a noite não vai dar, bibih.- A morena de cabelo preto respirou fundo e cruzou os braços.

ficou magoada, pensou que Carolyna aceitaria de primeira o convite.

- tem algo melhor pra fazer ou não quer sair realmente?
- prometi sair com uma amiga, podemos sair outro dia.
- perfeito! - sorriu de lado e as duas ouviram o sinal indicando que a aula havia começado. - nos vemos porai, não posso me atrasar pra essa aula.- depois que bibih saiu dali, Carolyna se perguntou sobre estar fazendo a coisa certa, ela sabia que Priscila era linda e sabia que precisava de amigos, mas ao mesmo tempo queria sair com a bibih.

respirou fundo e andou de cabeça erguida até a aula de química, A garota passou a aula toda rabiscando o caderno e em meio aos rabiscos, parou pra pensar no que a vizinha estava fazendo agora, provavelmente devia estar na escola também, ela aparenta ter a mesma idade
que ela, Carolyna negou com a cabeça, em uma tentativa de tirar a ruiva dos pensamentos.

[...]

Carolyna encontrou com as amigas no corredor e foram para o refeitório, era hora do intervalo e as meninas estavam curiosas sobre ela e Pamela. sentaram na mesa de
sempre, cada uma com um lanche diferente em mãos.

- Conta tudo!- Vanessa falou animada olhando pra Carolyna.
- ela me chamou pra sair, mas eu não aceitei.- deu de ombros enquanto comia seu sanduíche de presunto.
- O QUE?- Perguntaram juntas, fazendo a garota rir.
- você é burra, Carolyna? não é possível.
- não é isso Malu.- Revirou os olhos.- Hoje vou sair com outra pessoa.
- Hmmmmmmm...- Falaram juntas de novo e trocaram olhares.
- Então tem outra no seu coração?- jessie perguntou debochada.
- vamos sair como amigas, ok?- Falou rindo.- Ela é meio diferente.
- Diferente como?
- Eu não sei, Vanessa...- Suspirou.- Aquela garota mexeu comigo, mas não sei explicar como.
- Vocês já de beijaram ou só conversam?- jessie perguntou louca pra saber quem era.- Ela estuda aqui?
- Calma.- Carolyna falou se sentindo um pouco nervosa.- vou contar tudo, ok?- As amigas assentiram.- O nome dela é
Priscila, mas ela não fala e ela é minha vizinha.
- Como assim não fala?- Vanessa perguntou incrédula.- você se apaixonou por uma muda? Que fofa!!
- Deixa eu terminar, porra! - Estava começando a ficar irritada.- Eu sei que ela não é muda, mas ela simplesmente NÃO fala uma palavra. E não é apenas
comigo, entendem? Bem... A questão não é essa, a questão é que eu quero ser amiga dela. Quero ajudar ela, e quero fazer ela se sentir bem.- Carolyna, Kelly e Loma
nunca viram amiga assim.

as três não sabiam o que falar, era informação demais.

- que estranha...- Vanessa falou pensativa .- ela é bonita?
- não é estranha.- Corrigiu um pouco irritada.- ela é solitária, Só isso.- Sorriu de lado e Vanessa se sentiu um pouco fria por ter chamado a garota de estranha.- Ela é
bonita e muito. Parece ser uma garota doce.-Mordeu novamente o sanduíche.- só precisa falar.
- Eu tenho certeza que você vai se apaixonar por ela - jessie falou rindo, fazendo Carolyna revirar os olhos.
- Não é porque sou lésbica que me apaixono por qualquer garota.
- Verdade, lyna.- Malu disse.- Eu voto que lyna não vai se apaixonar.
- eu também voto.- Carolyna falou rindo, estava começando a achar aquela conversa engraçada.
- Eu voto sim!- Vanessa disse.
- Eu também!- jessie concordou e as duas fizeram um "High-Five".
- As vezes esqueço quantos anos temos.- Carolyna falou rindo, fazendo as amigas rirem também.

quando o sinal tocou, a garota de olhos castanhos revirou os olhos, não queria aturar dois períodos inteiros de biologia, mas infelizmente já estava se deslocando até a sala.

[...]

quando a aula acabou, Alan e Carolyna se encontraram no mesmo lugar para esperar o pai, já que aquela chuva não fazia questão de parar. Seu pai chegou uns minutos depois eles entraram correndo pro carro. Tainá sentou no banco do passageiro e seu pai se incomodou com isso.

- você poderia trocar de lugar com seu irmão?- Perguntou com o carro ainda estacionado.
- porque?- A garota perguntou confusa.
- Só troque.- Respondeu sem olhar pra ela.
Carolyna entendeu o motivo do pai ter feito isso, não queria a filha lésbica sentada ao lado dele, a garota respirou fundo e saiu do carro, batendo forte a porta. seu pai ficou
furioso ao ouvir o estouro que a porta deu, abriu o vidro do carro e a encarou.

- CAROLYNA BORGES, VOLTE JÁ AQUI!
- eu volto pra casa a pé! Não preciso da sua carona.-

O pai não se importou muito, se Carolyna queria ir a pé, ela que fosse!grande coisa pegasse um resfriado, ou sofresse um acidente.- O pai dela falou

ligou o carro e saiu dali, deixando a filha no meio da tempestade. Carolyna estava tão irritada e tão magoada, não queria chorar, mas no meio do caminho foi impossível
segurar as lágrimas. Será que seria sempre assim? Seu pai nunca iria aceitar ela do jeito que é? Aquilo a deixava
exausta, Sentia falta de como era perfeito a relação entre pai e filha deles.
A garota andava sozinha, não havia ninguém nas calçadas, apenas carros passando pela rua. Carolyna levou
um susto ao ouvir uma buzina, olhou pro carro prata e ele parou ao seu lado, Assim que o vidro fumê desceu, revelou a imagem de Thomas , o pai de Priscila.

- Porque está nessa chuva? Entre logo.- Gritou do carro.- Lhe dou uma carona.- Carolyna pensou duas vezes antes de
entrar no carro do vizinho, mas "Porque não?". - Obrigada.- Falou entrando no passageiro, e logo fechou a porta.
- o que te fez andar nessa chuva toda?- perguntou ligando o carro novamente.
- meu pai às vezes consegue ser bem chato.- falou encostando a cabeça no vidro.
- Ainda bem que encontrei você! Não pode ficar na tempestade, vai pegar um resfriado.
- melhor do que dividir o carro com meu pai.
- Ele é tão ruim assim?- olhou rápido pra Carolyna, que concordou.- As vezes me pergunto se a Priscila acha isso de
mim.- Falou rindo fazendo a garota de olhos castanhos rir.
- Só pelo fato de me dar carona, já acho você bem legal.- Carolyna pensou em perguntar mais sobre Priscila, mas achou
melhor ficar quieta.- você pode me responder uma coisa sobre sua filha?- Foi mais forte que ela.

Thomas já sabia qual a seria a pergunta, então apenas assentiu.

- Eu não quero ser grossa, nem parecer intrometida, mas...ela não fala?- Perguntou envergonhada e Thomas a olhou no sinal vermelho.

- Minha família passou por muitas coisas nesses últimos sete meses.- Suspirou, voltando a olhar o trânsito.- E isso
afetou ela emocionalmente, Priscila não é mais a mesma desde então.- Carolyna se sentiu triste, não imaginava que a "menina bonita" realmente estava passando por
problemas.

queria saber exatamente o que aconteceu, mas não se. atreveu a perguntar.
- Hoje a noite vou sair com ela.- Ao ouvir isso, Thomas sem querer empurrou o freio do carro, fazendo Carolyna quase saltar do banco, ele ficou chocado ao ouvir aquilo.

- Me desculpa!- Falou apavorado e Carolyna assentiu ofegante.- Priscila vai sair?
- Han...- Carolyna falou com a mão no peito.- sim.- Sorriu.

O pai de Priscila não estava acreditando que depois de meses, a filha finalmente ia sair de casa com uma amiga.

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tô tentando escrever o segundo episódio da outra fanfic... 🤡

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