Thiam - Ink Wings Boy

V - PENSILVÂNIA, A CIDADE DOS HÍBRIDOS

  Transilvânia podia ser a famosa cidade os vampiros, mas também existia algo sombrio nas ruas de Pensilvânia, à noite.

  Pressas de vampiros, e garras de lobisomem.

Híbridos são criaturas asquerosas. Caminham na corda bamba de ser dois seres sobrenaturais em um, e são totalmente territórios.

  Enquanto os vampiros puros invadem Nova York, tomando o espaço de pequenas alcatéias de lobos. Os híbridos prezam o lugar que vivem. Bebem o sangue do que estão em seus colos, e nunca... Jamais, ultrapassam a linha, e nem gostam que outros ultrapassem.

— Fala – Liam subiu no colo do tatuado. A perna deslizando pela lateral da coxa, deixando o outro homem abaixo do corpo dele. E, antes que uma sobrancelha estivesse sendo erguida em questionamento, um estava retirando a blusa leve que havia colocado para dormir — Exatamente como falou lá no carro – ele sentiu as pernas sendo agarradas. O corpo se inclinando, somente para que lábios encontrassem pele. Ele mordiscando o ombro do Karl, até o pescoço, de forma rápida, usando de selos nada cheios — Com a mesma voz, e autoridade.

— Liam – ele riu, negando com a cabeça o pedido do lobo. Suas mãos subindo para o rosto do licantropo, acolhendo enquanto já se moviam para fazer um carinho — Isso é estranho.

— Já fizemos coisas muito mais estranhas. – afirmou, se ajeitando no colo do rapaz — Só estou pedindo que fale comigo daquela forma de novo – ombros murchando na espera, caindo para frente. Suas mãos faziam uma brincadeira com o elástico da calça moletom do de baixo, movendo os polegares pela barriga como um carrinho, mas sempre aproveitando para romper caminho em direção ao tecido grosso.

— Da mesma forma que falei com Brett, você e seu irmão? – questionou, tentando transformar a ideia em algo menos tentador.

— Para de tentar me sabotar. – Liam estalou uma das mãos no ombro de Theo, em um tapa. O agredido apertando as sobrancelhas rapidamente — Fala logo – ele apertou os lábios, na espera, voltando com as mãos para a costura da roupa.

— Achei que estivesse irritado comigo – lembrou, e pela forma que teve o corpo empurrado contra a cabeceira, certamente o lobo ainda tinha a faísca de chateação.

— Eu estou, muito mesmo – afirmou, alisando os braços do Raeken — Mas posso te perdoar, se fizer o que eu te peço – ele aproximou os rosto. Raspando os lábios, alisando os narizes, conectando os olhares, que sempre descia para as bocas se tocando — Vai – pediu, Theo ainda tinha um “não” em mente, mesmo que estivesse preso o suficiente para não expressar.

— Eu ainda acho isso meramente bizarro... – por fim, ele começou a falar. Liam sorrindo, deixando alguns selinhos do Karl por incentivo — Mas talvez seja a nossa última noite, quase normal, juntos.

— Cala a boca – ele mandou, voltando a boca pelo pescoço do rapaz, com um sorriso pesado passando pela pele do amado.

— Eu achei que eu era pra ser o autoritário.

  A Híbrida observou pela janela, as sombras marcadas na cortina, repetindo o ato dos recém chegados de se embolarem pela cama em beijos. Ela decidiu que não devia incomodá-los naquela noite, mesmo que parte de si tivesse interesse de punir a todos do local. Pés se movendo fraco pelas madeiras velhas, no momento em que estava caminhando pela varanda extensa, que dava acesso as portas dos quartos, voltando a recepção.

— Três lobos, e um humano, ao que aparentava – a jovem se jogou na cadeira vazia, atrás do balcão. O casal de idosos que tinha atendido os citados, tremiam, vendo a a garota pôr as pernas na prateleira em frente a eles — O que dissemos sobre os vindos de Nova York?