IX - "E O LIAM É A CABEÇA AQUI"

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  Não tinha como escapar de Lilith, isso era exato, por isso, decidiram fazer a coisa mais prudente.

— Vamos para o inferno?

— É...

— O inferno. Tipo, chamas, demônios... Inferno?

— Sim, vamos para o inferno. Tipo, frio intenso, demônios... Inferno.

— Okay, eu preciso perguntar mais uma vez. Inferno?

— Brett! – Liam parou a conversa sem pé ou cabeça do ômega com o Feiticeiro — Se não quiser ir, não precisa. Eu até acho melhor, poderia ficar aqui e cuidar do Alec – o garoto deitado na caçamba do carro se ergueu.

— Eu prefiro ir ao inferno, do que ficar mais um dia na terra com o Brett! – avisou, mas seu irmão mais velho simplesmente ignorou, como se sua opinião sobre aquilo, não importasse.

Os sapatos de Liam, arrastando pelo asfalto quente. Os graus pareciam ter aumentado, quando sairam do teto da tempestade, era quase como se fosse para derreter eles. Terem parado no meio de uma estrada vazia, na fronteira entre duas cidades, talvez não tivesse ajudado a ignorar a temperatura.

  Theo tentava explicar o plano que tinha formado com Liam, depois de terem se embolado em beijos por metade da noite, no quarto de hóspedes de Mason. Ainda era uma estratégias cheia de furos, e incertezas, mas até que era um bom plano.

  — Olha, o negócio é o seguinte: – o Beta começou, tomando a frente do companheiro, e roubando a responsabilidade de explicar — Lilith pode ser poderosa, mas, mesmo tendo livre arbítrio aqui, não pode passar dos limites estabelecidos por Lúcifer. Basicamente, vamos lá, e tentamos convencer ele, a convencer ela, a deixar o Theo em paz.

— Oh – Brett sorriu, admirando a ideia do amigo com os olhos antenados, o Dunbar parecendo feliz, em ver que ele tinha entendido — E vão fazer isso tomando chá ou café?

Liam revirando profundamente os olhos, os fechando no final do processo. Theo bateu a mão no ombro de Prata, e o arrastou para o lado, voltando a ficar de frente para amigo, que por acaso estava com o traseiro encostado na porta abaixada da caçamba.

— E que do jeito que estão falando, parece até um costume fazer isso. Já foram lá quantas vezes? – ele levou a mão ao queixo, fazendo Theo dar um tapa nela.

— Deixa de palhaçada.

— Eu estou de palhaçada? – o Talbot arregalando os olhos — Por acaso vocês estão se ouvindo? Querem ir pra porra do inferno, não é o caralho da Disney.

— Uh, na volta, podemos ir na Disney? – Alec se apresentando no diálogo novamente — A Flórida fica há dez ou sete horas daqui?

— No máximo vinte horas, pequeno – Brett tirou a dúvida do garoto, que retornou aos devaneios de brincar com Mail usando o amuleto dado por Corey — Nem sabemos o que a Lilith quer com você, e se é realmente ela quem quer. Eu nem sei como é essa mulher, caralho, vocês por acaso já ouviram falar dela antes?

— A gente aprende isso no sexto ano, Brett, eu acho – Alexander avisando segurando a lâmpada para que a gata arranhasse com as garras.

— Eu li sobre ela, para iniciar o programa na tv, precisava ter a base sobre os sobrenaturais, que não tive por estudar em colégios mundanos – Liam falou, atrasado, porém informado, era quase um lema — E ela também faz parte do conteúdo confidencial.

— Conteúdo confidencial? – Era Theo questionando, ele esteve com o lobisomem o tempo todo, mas nunca se importou em saber sobre seus estudos para o cargo na televisão.

Thiam - Ink Wings Boy Onde histórias criam vida. Descubra agora