Thiam - Ink Wings Boy

XXV - PARTE 1 - FINAL: YOUR MAGIC

  Theo segurou a cintura de Liam, o puxou para perto de si, e sem medo algum disse que: “Eu posso fazer o mundo parecer pequeno”. Em um sussurro calmo, bem no ouvido do licantropo, que sentiu tudo dentro de si se agoniar, sendo incapaz de sumir com o sorriso em seu rosto.

  Antes mesmo que as lindas asas de Theo estivessem erguidas, mostrando uma complexidade esquelética e membranas escuras arrepiadoras, o lobisomen sentiu que era louco por se jogar nas aventuras do rapaz. Não devia fazer aquilo, era loucura, mas ainda assim era tentação. O fazia rir. Theo podia ser qualquer coisa, mas para aquela versão jovem de Liam era alguém que de forma absurda o faria se sentir seguro até para se jogar em um vulcão.

  Agora no futuro, se o homem segurasse na mão dele, brilhasse os olhos lilás e esperasse ele corresponder com os dourados, obviamente seguiria qualquer plano, ou no caso, plano algum.

  Os dedos se entrelaçando, Liam tentando não levar um tapa das asas de Theo, e mesmo assim permanecer ao lado do feiticeiro, para enfrentar o que podia ser centenas de sobrenaturais.

— Dkim – chamou, assim que o outro parecia pronto para dar um passo a frente — Sem mortos, só estão tentando proteger o Stiles — Liam foi olhado, mas muito provavelmente não escutado, já que o noivo ousou murmurar um “E eu estou tentando te proteger”, antes de fazer com que a porta trancada corroesse em uma luz lilás, restando pedaços menores do que os da corrente que tampouco prendia um deles.

   No corredor que levava até a cela, existia dois guardas, cujo a única coisas que viram foi o ruído da porta se desmanchando, se encontrando em um ocorrido desconhecido, que os deixaram imóvel. Sabia que quem estava lá dentro era um lobisomem, como eles, mas porque existia o som asqueroso de uma cobra, logo antes da figura da mesma, rastejando pelos destroços até a direção deles?

— Que merda é essa? – um deles inclinou a cabeça, outro, já alarmado, deu um passo para trás, enquanto a pequena Ycart se aproximava em uma lentidão estressante — São cristais? – forçou a visão, impressionado com o animal, até o ponto de que a mesma se atiçou em um bote em direção a ele, e a única coisa que pode fazer, foi tentar segurá-la antes de ser mordido no rosto, mas seu reflexo foi quase inútil, uma vez que já era mordido.

— Pkarty – gritou o outro guarda, vendo como o amigo agonizou na mordida do animal. A cena o lembrando de apenas uma coisa, a maldita bruxaria, os mágicos — Pkarty! – gritou, para que mais alguém próximo alí ouvisse, bastou seu rosto virar em direção ao outro corredor que cruzava com aquele, para que Ycart estivesse lá, em um tamanho melhor, se enroscando no corpo dele — Feiticeiro! – gritou, em desespero, sem ter o que fazer.

  Os olhos brilhando na sombra do quarto, antes do homem emergir de dentro, sendo atingido pela luz vibrante de lâmpadas que perderam sua capacidade em instantes. A mão ainda na de seu amado, firme e o levando para fora com sigo, os olhos de Liam em um azul humano, olhando ao redor para conferir se ninguém vinha, apenas para ver os guardas presos no corpo espinhoso de Ycart, e o outro lado completamente livre.

  O Beta paralisou, vendo os semelhante, que mesmo assim não era um dos seus, caídos e chiando com o veneno que devia ser ardente, inibindo a cura deles. Sua sobrancelha se tremeu em pena, e sua mão rompeu ligação com a do feiticeiro, que seguiu caminho a frente, certo de que nada aconteceria com o loiro, não com ele entre sua criação e o criador. No entanto, a única coisas que podia acontecer com o Dunbar, era a picada ardente de medo, ele sabia de que tudo aquilo era apenas uma falta de comunicação sensata, e por isso tinha medo de que as pessoas saísse machucadas, certamente sairiam.

  Ele finalmente seguiu o outro pelo corredor, passos apressados, atrás do que encolhia as asas, para conseguir andar.

— O que faremos? – perguntou,  ainda olhando para trás, mas ninguém chegou alí, os guardas ainda estava lá caídos, e a serpente girava por cima deles — Dkim!