01. A volta de Hardin Mikaelson

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Seis anos depois...

Com Hardin...

Uma vez meu bisavô Pedro me disse como era estar morto, como era estar no mundo dos mortos.

Meu bisavô disse que você vai para aonde os ancestrais ficam, um lugar parecido com um cemitério aonde vários, vários e vários bruxos mortos de anos ou até mesmo séculos atrás estão.

Mas eu não estou nesse lugar, eu estou em uma completa escuridão, não vejo nada além de escuridão, é como se eu estivesse dormindo sem sonhar, o que é estranho por que eu fui atingido com a estaca que me mata ou seja eu estou morto, certo?

Eu estou remoendo os meus piores traumas nessa escuridão, quando meu pai tentou se matar, quando minha mãe foi embora e me deixou por anos, quando eu fui sequestrado junto dos meus irmãos com apenas quatro anos, quando a Amélia terminou comigo. Eu estou revivendo tudo isso todos os dias e inúmeras vezes por dia, isso é horrível.

Tudo o que eu mais quero é sair daqui e voltar à vida, mas eu não faço a mínima ideia de como fazer isso.

Eu também não sei se estou pronto para voltar, sei que meu pai está morto, sei que minha tia Chiara morreu junto com ele e eu não quero viver em um mundo onde meu pai não está.

Também não quero viver em um mundo aonde a Amélia não me ama mais e está com o babaca do Gustavo, eu sei que parece idiotice ou boiolice, mas eu amo tanto aquela mulher, eu a amo tanto que me imaginava casando com ela.

Mas também tem meus irmãos, minha mãe e minha família, eles precisam de mim, precisam que eu volte para eles.

Henrik- Hardin? –O chamo-

Escuto um sussurro do meu tataravô me chamando e o que antes era só escuridão agora é uma luz branca, a luz branca logo toma forma e eu vejo o Henrik em minha frente.

Hardin- Eu estou vivo? –Pergunto surpreso e ele nega-

Henrik- Mais ou menos –Respondo e ele me olha confuso- Hardin, você não morreu de verdade, à estaca só te imobilizou, você não está morto

Hardin- O que? Como isso é possível? –Pergunto sem entender nada-

Henrik- Você é o ser mais poderoso desse universo, não há nada nesse mundo que consiga te matar de verdade –Respondo- à estaca só te imobilizou e te deixou gravemente ferido –Aponto para a ferida em seu peito-

Olho um pouco para baixo e vejo a ferida em meu peito, minhas veias ao redor do meu coração estão pretas.

Hardin- Eu quero voltar –Falo voltando meu olhar para ele-

Henrik- Você só irá conseguir voltar à vida se lutar, ninguém tem força ou magia suficiente para te trazer –Ele me olha surpreso- eu tentei, Hardin, tentei, mas isso quase me matou

Hardin- Mas como irei conseguir voltar? –Pergunto o olhando- eu estou dissecado, estou seis anos sem me alimentar de sangue e também estou ferido –Aponto para meu machucado-

Henrik- Você irá descobrir –Respondo e ele me encara ainda mais confuso- minha mãe quando morreu pela primeira vez ela voltou sozinha, havia uma porta que ela conseguiu ultrapassar e a trouxe de volta ao mundo dos vivos –Explico- encontre a sua porta, Hardin, encontre-a e só assim poderá voltar ao mundo dos vivos –Desapareço do nada-

A luz branca desaparece e a escuridão volta, eu preciso arranjar forças para voltar à vida, eu preciso voltar.

Seis anos atrás...

Estou deitado na cama ao lado da Amélia, ela está deitada me olhando nos olhos e eu estou deitado de bruços olhando em seus olhos esverdeados, estamos em total silêncio apenas olhando nos olhos um do outro.

O diário de Hardin² -Um último desfecho Onde histórias criam vida. Descubra agora