19. Flagras e traumas

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Com Hardin...

Ficar seis anos revivendo os seus maiores e piores traumas sem parar todos os dias é algo que te quebra de alguma forma, algo que deixa traumas e que não te faz esquecer rápido.

Eu não poderia estar mais feliz neste momento, meu pai e minha tia Chiara estão de volta, eu estou de volta, Amélia e eu voltamos, eu a pedi em casamento, tudo está de volta ao normal e eu estou muito, muito feliz com isso.
Mas pelo visto nem tudo na vida são flores.

Estava dormindo abraçado na mulher que eu amo, quando começo a ter um pesadelo muito forte, aonde eu estava novamente na escuridão sem poder me mexer.

Eu não havia morrido de verdade, estava em coma e por isso ouvia o que acontecia ao meu redor, mas eu estava no cemitério da família o que significa que eu só ouvia um silêncio horrendo, tentava me mexer ou até mesmo acordar, mas sempre falhava.

Com Amélia...

Estava dormindo tranquilamente, quando começo a ouvir uns gritos do Hardin, ele se mexendo muito na cama, abro os olhos e vejo que ele estava tendo um pesadelo.

Hardin- Me tirem, me tirem dessa escuridão...eu quero sair…me tirem dessa...dessa escuridão –Imploro chorando muito dormindo-

Amélia- Amor, Hardin, ei, acorda –Falo balançando ele na intenção que ele acorde- Hardin, acorda, Hardin

Ele acorda no pulo e era visível o quanto ele estava atordoado e assustado.

Amélia- Calma, só foi um pesadelo –Pego em sua mão atraindo o seu olhar para mim- você está bem e vivo

Ele respira fundo passando as mãos pelo seu cabelo e rosto.

Amélia- Você quer me contar o pesadelo? –Pergunto fazendo carinho em seu rosto-

Hardin- Eu...só sonhei que estava na escuridão novamente –Falo inspirando e expirando para controlar minha respiração- foram seis anos horríveis, eu ainda não estou preparado para conversar sobre isso

Amélia- Está tudo bem, quando você estiver pronto para falar estarei pronta para ouvir –Beijo o topo da sua cabeça-

Hardin- Vamos descer para festa de novo? –Pergunto ainda com a voz falha- não vou conseguir dormir de novo agora e preciso esvaziar minha mente

Amélia- Claro que podemos, meu amor –Dou um selinho nele- eu estou aqui para você, ouviu? –Olho em seus olhos-

Hardin- Eu te amo –Dou um sorriso fraco-

Amélia- Eu também te amo –Lhe dou três selinhos-

Nos levantamos, fomos tomar um banho e nos vestir novamente para a festa.

Com Pietra...

Noah- Caralho... –Falo ofegante-

Pietra- Sete anos querendo fazer isso com você –Falo me levantando da cama para pegar minhas roupas espalhadas pelo meu quarto-

Noah- Sete anos? –Pergunto surpreso e ela assente-

Pietra- Mas você tinha uma regra de não ficar com garotas abaixo de 16 anos –Reviro os olhos-

Ele solta uma risada fraca.

Noah- É uma regra válida, pessoas adultas tem outra mentalidade –Ela me encara com a sobrancelha erguida- é sério, pô, não me diga que você não tem outra cabeça de quando era adolescente para agora?

Penso um pouco e ele tem razão.

Pietra- Você tem razão –Visto minha calcinha- adolescentes de alguma forma são um pouco emocionados –Ele assente-

O diário de Hardin² -Um último desfecho Onde histórias criam vida. Descubra agora