63. Aprendendo a ser amado

25 1 1
                                    

Com Guilherme...

Estou há cinco meses morando nessa mansão ENORME e eu não posso estar mais feliz, meus irmãos me tratam super bem e os outros da mansão também, fora Henry e Liz que me tratam tão bem que me faz me sentir muito amado.

Eu nunca recebi amor ou carinho na vida, tenho vinte e cinco anos e só vim descobrir o que é amor agora nesses cinco meses que conheci a minha família biológica.

Também nunca tive uma “vida normal” como todos que conheço, nunca sai para lugares para me divertir, nunca fui à escola, nunca tive amigos, nunca havia beijado sem ser a Gabrielle e muito menos transado com alguma garota, quer dizer ainda não transei com ninguém, mas enfim isso não vem ao caso. Eu não tinha uma vida normal por que vivia preso em uma casa tendo o meu poder drenado por uma mulher que se dizia ser minha mãe.

Nesses cinco meses que se passaram eu aprendi a controlar e a lidar com as seis espécies sobrenaturais que existe dentro de mim, ainda não ativei a minha maldição de lobisomem por que não tive coragem de matar qualquer um só para ativá-la. Mas tenho estudado bastante os grimórios da família que contém inúmeros tipos de feitiço e eu aprendi grande parte deles, tenho aprendido a controlar a raiva, por que eu também tenho TEI assim como meus irmãos já que herdei isso do Henry, eu aprendi a lutar.

Esses meses foram muito importantes para mim e eu nunca me esquecerei deles, os momentos que passei me divertindo com os meus irmãos, primos e amigos foram maravilhosos, Liz sempre me dando todo o amor que eu poderia precisar, Henry sempre ao meu lado me ensinando tudo que não sei e me dando amor de pai.

Eu encontrei uma família que me ama, uma família que eu aprendi a amar, uma família que me faz muito feliz e amado.

Natalie- Titio Guilherme –Vou correndo até ele chorando-

Olho para minha sobrinha que chorava parada em minha frente esticando os braços para mim, a pego no colo e me levanto com ela.

Guilherme- O que aconteceu? –Pergunto preocupado com ela-

Natalie- Eu estava brincando com as gêmeas Laura e Luana, quando caí no escorregador –Aponto chorando para meu joelho e braço esquerdo que estão ralados-

Guilherme- Vem, vamos cuidar desse machucado –Subo as escadas com ela-

Entro no quarto dela, fecho a porta, vou até seu banheiro, a coloco sentada encima da pia do banheiro.

Guilherme- Natalie, levanta seus braços, por favor –Peço folgando minha gravata-

Natalie- Mas você é menino –Cruzo os braços-

Guilherme- E o que que tem? –Pergunto sem entender-

Natalie- Você é um menino, não pode me ver tomando banho –Respondo explicando para ele- a mamãe que me disse isso

Guilherme- Sim, mas estranhos que não podem, mas eu só vou cuidar desses seus machucados aí, fora que eu sou seu tio, lembra? –Pergunto e ela assente com a cabeça levantando os braços-

Tiro o seu vestido da festa e as sapatilhas, pego o álcool junto do algodão.

Natalie- Titio, não, isso arde muito –Peço chorando-

Guilherme- Mas precisamos limpar esses machucados –Falo óbvio- olha você conhece a princesa Mérida? –Perguntei olhando para ela-

Natalie- Sim, ela é muito valente e corajosa –Respondi sorrindo ao me lembrar da princesa- ela é minha princesa favorita, titio

Guilherme- Sabia que você se parece muito com ela? –Perguntei e ela negou-

Natalie- Você acha, titio? –Perguntei e ele concordou com a cabeça-

Guilherme- Você é bem forte e corajosa, vai me deixar limpar esses machucados sem medo –Apontei para os machucados em seu joelho e braço-

Natalie- Está bem, pode limpar –Falo olhando para ele- mas, por favor, vai com cuidado por que arde muito –Pedi vendo ele abrir a garrafinha do álcool-

Abro a garrafa do álcool, molho o algodão e passo com muita delicadeza em seu joelho e em seu braço esquerdo, também coloco o curativo da Mérida.

Guilherme- Prontinho –Falo guardando as coisas no armário-

Natalie- Uau, nem doeu –Falo surpresa e ele ri fraco-

Guilherme- Natalie, você quer descer para a festa de novo ou quer dormir? –Perguntei ajeitando alguns cachos de seu cabelo que estava fora do lugar-

Natalie- Titio, eu não comi o bolo da festa é lógico que eu quero descer –Respondi sua pergunta-

Me acabo de rir com o que ela falou.

Guilherme- Então vamos escolher um vestido limpo e bem bonito para você usar –A desço da pia e a coloco no chão-

Saímos de seu banheiro, fomos até o seu guarda-roupa e ela abre na parte que tem vários vestidos de festa.

Natalie- Titio Guilherme, pega aquele ali para mim, por favor –Pedi apontando para um vestido-

Pego o vestido rodado na cor azul claro com bolinhas brancas e a entrego.

Natalie- Obrigada –Agradeci pegando o vestido de sua mão-

Ela veste o vestido, vai até o espelho e dá uma rodadinha.

Natalie- Muito linda, eu sou muito linda mesmo –Falo me olhando no espelho-

Dou risada do que ela falou e pego em sua mãozinha.

Guilherme- Vem, vamos descer para a festa –Falo saindo com ela do quarto-

Com Amélia...

Estou do lado de fora da mansão, por que as dores no pé da minha barriga intensificaram, quando de repente alguém para em minha frente me fazendo dar um passo para trás.

Olívia- Vejo que o pequeno Éden está querendo nascer –Falo me aproximando dela-

Amélia- Fica longe de mim, sua vaca –Falo recuando dela-

Quando de repente sinto meu pescoço ser quebrado e não vejo mais nada.

Olívia- O pequeno Éden será meu –Solto uma risada perversa-

O diário de Hardin² -Um último desfecho Onde histórias criam vida. Descubra agora