66. O nascimento de Éden

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Com Amélia...

Acho que já é o vigésimo grito de dor e de socorro que sai de minha boca, eu estou em trabalho de parto, Éden quer nascer hoje e a bruaca da Olívia me sequestrou para roubar o meu bebê.

Olívia- Maldição, por que ele tem que estar na posição errada? –Pergunto para mim mesma depois de olhar-

Ao que tudo indica Éden está “sentado” e não de cabeça para baixo como é o normal para um bebê nascer de um parto normal.

Amélia- É por que ele não quer conhecer uma coisa tão feia e monstruosa como você –Falo entre gemidos de dor-

Porra, Hardin cadê você?

Olívia- Continue debochando, por que já, já você irá ficar sem o seu filho –Falo aumentando a dosagem de veneno-

Eu estou algemada, o que significa que eu não consigo usar minha magia, além de que estou com veneno percorrendo em meu organismo.

Amélia- Você é muito tola se acha que eu não vou lutar com toda a força do meu ser para salvar o meu filho das suas garras –Falo com dor-

Me contorço de dor ao sentir mais uma contração, porra, isso dói demais.

Amélia- Filho, por favor, espera mais umas horas –Peço com dificuldade- não nasça agora, por favor

Olho para minha frente avistando uma janela que dava para ver que já está amanhecendo, o que significa que estou aqui há mais de quatro horas.

Olívia- Ele vai nascer agora –Falo a deitando novamente encima da mesa-

Amélia- Não, não, não –Grito tentando me soltar das algemas e tentando levantar- você não vai levar o meu bebê, eu não vou deixar

Olívia- Olha só quem resolveu ficar na posição certa –Falo olhando novamente a posição do bebê-

Não, não, não.

Amélia- FICA LONGE DO MEU BEBÊ, SUA INFELIZ –Grito furiosa com muita dor-

Meus olhos de herege aparecem de tanta fúria que estou sentindo neste exato momento.

Olívia- Faz força, Amélia –Peço me posicionando para fazer o parto da criança-

Amélia- Mas nem fodendo –Respondo me contorcendo de dor-

Eu nem sei como aconteceu, mas só sei que eu acabei fazendo força, acho que já estou muito fraca para negar ou bloquear qualquer ação do meu corpo.

Olívia- Isso, só mais um pouco de força –Falo vendo a cabeça do bebê-

Grito outra vez fazendo força e escuto um choro de bebê, o choro mais lindo que eu já escutei na minha vida.

O meu filho nasceu.

Quando Olívia ia pegar o meu filho no colo novamente para sumir com ele, um choro muito forte ecoa pela igreja abandonada que estamos, um choro que não fez nada comigo, mas fez os ouvidos da Olívia sangrarem e ela cair no chão com força.

Com Hardin...

Hardin- Caralho, eu não consigo achar eles –Falo fazendo o feitiço de rastreamento pela milésima vez-

Enola- Certeza que a Olívia está bloqueando qualquer tipo de feitiço –Falo terminando um dos feitiços que infelizmente falhou também-

De repente o chão começa a tremer muito, uma ventania forte, trovões no céu e um choro ensurdecedor de um bebê.
Mas não é de qualquer bebê, é do meu filho.

Eu sinto que esse choro é do Éden, do meu filho.

Leonardo- Tá porra, menor –Falo olhando pela janela da mansão- está caindo um diluvio lá fora

Hardin- Ele nasceu...ele nasceu –Meus olhos ficam marejados- PUTA QUE PARIU, O MEU FILHO NASCEU –Começo a chorar- ele nasceu, ele nasceu –Faço uma dancinha de comemoração-

Enola- Parece uma lombriga dançante –Falo vendo meu irmão dançar-

Hardin- Nada me abala mais hoje nem mesmo essas suas piadas sem graça –Olho para minha gêmea que ri- por que o MEU filho nasceu, caralho –Falo feliz da vida-

De repente mais um grito de choro ecoa por toda a cidade e isso me fez voltar a realidade.

Hardin- Eu preciso encontrar o meu filho e a minha noiva –Meus olhos de six-híbrido aparecem- eles estão em perigo

Com Amélia...

Minha visão está totalmente turva e embaçada, Olívia ainda está caída no chão com as mãos no ouvido por causa do choro do meu filho.

De repente a porta da igreja abandonada que estou é aberta de uma forma bruta revelando um Guilherme, respiro um pouco aliviada.

Assim que Guilherme entrou na igreja, meu filho parou de chorar, é como se ele percebesse que vamos ser salvos.

Mas não consigo ver mais nada por que acabo desmaiando.

Olívia- Olha só quem o vento trouxe –Falo me levantando com dificuldade-

Guilherme- A sua conta chegou, Olívia e vai ser bem cara –Mostro meus olhos de six-híbrido-

O diário de Hardin² -Um último desfecho Onde histórias criam vida. Descubra agora