39. Coração partido

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Com Helena...

O que é se apaixonar para você?

Estar apaixonado é uma explosão de emoções e um único sentimento que é o amor.

Olhar para a pessoa com um brilho no olhar como se ela fosse a pessoa mais maravilhosa e fantástica que já pisou nessa terra, sorrir que nem um idiota quando a pessoa passa ou está conosco, querer sempre estar perto, querer sempre dar carinho e amor à pessoa, colocar a felicidade da pessoa como uma meta para ser alcançada todos os dias.

Isso para mim é estar apaixonado, isso para mim é amar uma pessoa.

Eu achava que sentia tudo isso pela Giulia, achava que ela era o amor da vida, a pessoa com que eu ficaria pela eternidade, mas assim que eu li aquelas mensagens, mensagens horrendas que significavam traição e que ela nunca sentiu nenhum sentimento bom por mim foi algo que dilacerou o meu coração.

O que eu não entendo é se ela nunca gostou de mim, se ela não queria estar comigo, por que continuou a namorar comigo? Era só terminar e pronto.

Giulia- Amor, eu posso explicar –Falo indo até ela-

Recuo de forma bruta ao ver ela se aproximando de mim.

Helena- Não me chama assim –Peço ao recuar dela-

Ela tenta se aproximar de mim novamente, fecho o punho sentindo a raiva adentrar meu corpo.

Giulia- Amor, por favor, me dei... –Sou interrompida-

Helena- NÃO ME CHAMA ASSIM –Esbravejo brava com os olhos de six-híbrida-

Ela recua assustada, era nítido o medo em seus olhos.

Abro a porta do meu quarto sem falar nada, saio dele andando pelos corredores enormes da mansão na intenção de chegar na escada.

Giulia- Helena, deixa eu me explicar, porra –Peço andando atrás dela-

Helena- Explicar o que? –Pergunto descendo as escadas- o porquê de você ter me traído? Ou o por que continuou comigo mesmo não gostando de mim?

O pessoal da mansão olha para mim.

A mansão agora está mais vazia, poucas pessoas estão morando aqui como: Eu, meus irmãos tirando o Vincent, Vitória, meus pais, meus tios e meus primos.

O restante da família se mudaram e estão morando perto da mansão, mas eles sempre estão por aqui, ou seja, a família sempre está reunida.

Liz- Como é que é a história? –Pergunto me levantando ao ouvir o que minha filha disse-

Giulia- Não se mete, por que isso não é da sua conta –Falo em um tom grosseiro sem olhar para ela-

Dicky- Ou, ou, ou –Me levanto- olha como você fala com a minha irmã –Mostro os olhos de rei do inferno-

Helena- Vai embora –Pego abrindo a porta da mansão-

Giulia- Eu não vou embora até você me escutar –Falo cruzando os braços-

Me viro para olhá-la esperando que ela fale, ela se mantém calada e eu faço um gesto com a mão para que ela começasse a se explicar.

Giulia- Eu tenho outra namorada, eu a conheci a três anos atrás, eu amo ela, mas eu... –Tento me justificar, mas sou interrompida-

Vincent- Filhona... –Me levanto irritado- vai embora daqui agora –Falo a olhando-

Meu corpo está trêmulo, meus olhos estão marejados, minha visão está turva por conta das lágrimas que estou chorando, meu coração parece que vai sair pela boca, minha ansiedade está querendo se manifestar.

Giulia- Eu não vou embora –Protesto batendo o pé-

Vincent- Ah, mas você vai embora sim –Fecho o punho com força- ou você prefere que eu te desmembre aqui mesmo? –Mostro meus olhos de six-híbrido- aliais acho que vou arrancar suas tripas e te fazer engolir –Ela arregala os olhos assustada-

Giulia- Eu só vou embora quando eu conseguir me explicar –Protesto novamente-

Meu irmão Vincent olha para mim e nota o meu estado, ele volta a olhar para Giulia.

Vincent- Se explicar é o caralho que você vai –Pego ela pelo braço com brutalidade e a levo a força até a porta da mansão- apareça na minha frente mais uma vez e eu te torturo até você desejar nunca ter nascido –Abro a porta e a coloco para fora, ela tenta entrar novamente, mas eu a empurro e ela cai no chão-

Meu irmão bate à porta com força e vem até nós.

Vincent- Pai e mãe, me desculpem pela forma que agi e tratei uma garota, mas ela mereceu –Olho para meus pais- sei que não foi isso que vocês me ensinaram

Henry- Relaxa, filho –O tranquilizo indo até a minha filha- filha, eu... –Sou interrompido-

Helena- Pai, me desculpa –O olho começando a chorar- mas eu de verdade preciso ficar sozinha agora –Subo as escadas correndo indo para meu quarto-

Entro no meu quarto chorando e me tranco, pego todas as fotos e todas as coisas que me lembre a Giulia, coloco tudo em uma caixa, pego o isqueiro e queimo tudo chorando.

Eu estou com o coração quebrado.

Eu realmente a amava e pensava em um futuro com ela.

Mas ela nunca me amou...

O diário de Hardin² -Um último desfecho Onde histórias criam vida. Descubra agora