CAPÍTULO 25

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     A boate é diferente de tudo que já vi antes; ela parece mais uma estufa de vidro, e o teto transparente me possibilita ver as estrelas contra o céu escuro de forma nítida. Na entrada havia uma placa com "balada neon" escrita, e eu não fazia ideia do que se tratava até entrar no lugar.

    A luz de todo o lugar vem das pulseiras, colares e das tintas fluorescente que todos estão usando, dos mais variados tons de verde, amarelo, rosa, vermelho e roxo. É lindo pra caralho.

     Eu perco John de vista por cinco segundos, antes dele surgir do nada ao meu lado segurando um monte de coisas fluorescentes e um sorrisinho bobo no rosto.

     — Vem cá. — Ele chama, colocando uma espécie de tiara rosa chock no meu cabelo e estendo alguns braceletes coloridos para mim. Seus dedos estão completamente sujos de uma tinha azul brilhante, que sujam e cada centímetro de onde ele toca.

     — Abaixa você também. — mando, selecionando um anel grande e brilhante para colocar no seu cabelo curto, deixando-o bastante engraçado e bonito.

     — Quer beber alguma coisa? — Hunter aponta para o bar, onde até as bebidas são fluorescentes.

     — Um refrigerante seria bom. — Dou de ombros, então ele confirma levemente com a cabeça e dá meia-volta, para então começar a andar até lá, dando-me uma bela vista na sua bunda na calça jeans justa.

     Ele volta pouco tempo depois com uma bebida fluorescente em uma das mãos e o refrigerante na outra.

     — Obrigado. — Digo enquanto ele estende o refri para mim, colocando a mão livre na minha cintura e me puxando para um canto um pouco mais vago. Hunter encosta as costas na parede, e eu me encosto no seu peitoral, enquanto ambos bebemos de forma tranquila e observamos a movimentação.

     — Você quer dançar? — Ele sussurra no meu ouvido, acariciando a minha cintura.

     — A-acho que não. Não sei dançar.

     — Qual é, Branquelinho. É muito fácil. Quer que eu mostre pra você?

      — Vai lá. Me convença a ir dançar com você. — solto uma risadinha e o encaro por cima do ombro. Hunter parece aceitar o desafio numa boa, antes de me deixar aqui no canto e praticamente correr para o centro da pista de dança e começar a rebolar no ritmo da dança, com os olhos grudados em mim.

      Eu rio tanto que minha barriga dói um pouco, mas não porque ele está dançando de forma estranha (na verdade o safado dança de forma muito linda e sexy).

     — Seu namorado? — Uma voz desconhecida pergunta, me fazendo olhar por cima do ombro e dar de cara com um cara mais ou menos da minha idade, apesar dele ser bem mais alto. O rapaz é loiro e bonito pra caramba, com um belo par de olhos azuis.

     — Mais ou menos. — Dou de ombros, abrindo um pequeno sorriso gentil pra ele. O cara confirma levemente com o rosto, devolvendo o sorriso.

     Sigo o seu olhar e percebo que ele está encarando outro rapaz que está dançando. O cara também tem mais ou menos a nossa idade, e é absurdamente alto, negro, e também bonito de uma forma quase sobrenatural. O seu topete é maior que o de John e ele tem um pouco menos de músculos, e talvez isso faça com que ele pareça ser maior ainda. Acho que se esse cara não tiver dois metros, está quase lá. Ele dança de uma forma bem engraçada e divertida, mas como John, é charmoso pra caramba.

     — Seu namorado? — pergunto, voltando os olhos para o moço loiro ao meu lado, que assente levemente com a cabeça e quase faz os grandes anéis de luz neon cairem do seu cabelo cor de ouro.

    Nós continuamos vendo os nossos namorados/ficantes dançando lá na pista por um bom tempo, rindo e conversando de vez em quando.

     — Porque eles atraem a gente como imãs? — Pergunto, ficando um pouco mais solto depois de tomar um bom gole da sua bebida néon.

     — Tá brincando?! Olha os nossos pretos gostosos logo alí, cara! Isso por si só já autoexplicativo! — Ele ri alto, sem desgrudar os olhos do seu namorado.

     — Verdade! Meu nome é Dean, por sinal. — Murmuro de volta, percebendo agora que John e o outro cara estão conversando de uma forma animada e olhando para a gente também.

      — Prazer, Dean. Eu sou o Elliott. Vocês estão só de passagem por aqui?

     — Sim. E vocês?

     — Também. Fazendo uma rápida viagem pelo país.— ele dá de ombros. Eu abro a boca para comentar sobre, mas então percebo que John e o namorado de Elliott estão vindo na nossa direção.

      Quando estamos perto o suficiente, Hunter simplesmente joga o braço sobre meus ombros. O namorado de Elliott se aproxima como e encosta na bochecha dele de uma forma inocente, mas quando ele retira a mão, percebo que deixou uma mancha de tinta néon roxa de forma proposital contra a pele branca.

      Nós três rimos, e Elliott parece não entender o motivo da nossa alegria. John me apresenta o seu novo amigo, que se chama Micael, e eu apresento Elliott para ele.

       A gente fica conversando por um bom tempo, antes de sermos arrastados de volta para a pista de dança e sermos praticamente cobaias das dancinhas de John e Mikah. Mas é inegavelmente divertido.

      As horas se passam sem que eu sequer perceba, e já passa das 2:00 da manhã quando resolvemos ir embora. Não há mais tanta gente aqui dentro, e copos e latinhas estão espalhados por toda parte.

     — Tchau, gente. Foi ótimo conhecer vocês! — Digo para Elliott e Mikah, que já estão a ponto de se pegarem aqui no meio da pista mesmo. Tá na cara que esses dois tem uma quedinha de um milhão de quilômetros um pelo outro.

      — Tchau, Dean e Hunter! — Elliott diz, sorrindo para a gente enquanto as mãos do seu namorado deslizam para dentro da sua camisa. Nós trocamos nossos números rapidamente, antes de sairmos da boate.

      O lado de fora do prédio está silencioso e frio, completamente contrário ao ambiente interno. Hunter agarra a minha mão e me puxa em direção ao estacionamento onde está o seu carro.

     — Vamos lá, Branquelinho, ainda temos o Gran finale da noite. — O safado murmura, me lançando um sorriso cheio de segundas intenções, enquanto entra no carro e me puxa para o seu colo.

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MEU CRUSH SECRETO [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora