𝐂𝐚𝐩𝐢𝐭𝐮𝐥𝐨 𝟕

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Laura Ramsen

27 de Novembro de 2014 Dia de Ação de Graças (Santa Mônica)

18:18

─ Filha, você terminou de fazer a torta de abóbora? ─ questionou minha mãe, tirando a luva de forno de suas mãos. ─ Eu senti o cheiro de longe.

─ Sim. ─ respondo, tirando a unha do dedo indicador da boca. ─ Terminei há muito tempo, já está na mesa. ─ sorri. ─ E o peru?

─ Sim... Vai demorar mais alguns minutos.

Eu a observei por segundos, sorrindo com os olhos. Ainda bem que fizemos o jantar juntos. O dia foi divertido demais para me sentir cansada.

─ Papai deve estar morrendo de fome.

Ela ri interiormente.

─ Provavelmente, querida.

Depois de arrumar a mesa, Caio balançou a cabeça, sorrindo animado e ansioso para comer a torta de abóbora. Ele adorava o Dia de Ação de Graças. Ele gosta da comida, dos agradecimentos, dos momentos entre ele e meu pai. Sempre foi um ótimo momento em família para nós.

─ Cadê o peru, Érica? ─ insistiu meu pai.

─ Ah, vou te dizer onde está o peru. ─ ela zomba, colocando os pratos na mesa.

─ Mãe? ─ exclamo para ela, apontando para Caio com os olhos.

Minha mãe riu e então caminhou até ele.

─ Desculpe querido. ─ ela riu, beijando a testa de Caio enquanto cobria suas orelhas. ─ É melhor não ter entendido.

─ Não entendi. ─ ele respondeu.

─ Que ótimo! Melhor assim. ─ disse minha mãe.

Depois de colocarmos o jantar na mesa, vou ao banheiro soltar o cabelo e retocar o batom, quando ouço a campainha.

─ Eu atendo. ─ disse meu pai, levantando-se de sua cadeira.

─ Deixa que eu atendo. ─ corro para a porta. ─ Pode ser David. ─ eu digo animadamente.

Abro a porta e me surpreendo.

─ Henry? ─ eu sussurrei.

Olhei para trás e para minha sorte, mamãe estava rindo com papai enquanto Caio interagia com eles. Então fecho a porta e encaro o ator.

─ Você está louco? O que você está fazendo aqui? ─ cruzo os braços.

─ Eu não me esqueci da visita ao Caio. ─ ele respondeu dando aquele maldito e desgraçado sorriso de lado. ─ Se eu te avisasse que viria, você seria capaz de se mudar para não me receber.

Suspirei e disse:

─ Henry, olha...

─ Eu só vou sair daqui quando conversar com o Caio. ─ interrompeu.

Ri ironicamente olhando para baixo e balançando a cabeça, depois olhei para o mesmo mudando de expressão.

─ O que é essa persistência em ver meu filho? Eu juro que não entendo.

Ele coçou o nariz e respondeu:

─ Eu gosto muito dele. Não me pergunte por que, eu também não sei, acredite. Ele me conquistou. Ele é uma ótima companhia, Laura. ─ os olhos de Henry brilharam. Evidentemente, o mesmo estava se abrindo e sendo honesto. Isso me fez perceber que ser-humano terrível eu sou por tentar afastá-los. ─ Me desculpe se estou atrapalhando sua vida, não era minha intenção. Me desculpa por chegar sem avisar também e me desculpe por insistir tanto nisso... ─ olhei para ele, hipnotizada, pelas palavras e pelo tom doce e sincero que ele usava.

𝐏𝐚𝐭𝐞𝐫𝐧𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞 | Henry Cavill e Anne Hathaway (em revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora