𝐏𝐚𝐭𝐞𝐫𝐧𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞 | Henry Cavill e Anne Hathaway (em revisão)

𝐂𝐚𝐩𝐢𝐭𝐮𝐥𝐨 𝟏𝟔

Laura Ramsen

Sábado, 10 de Fevereiro de 2015 ─ Santa Mônica (Califórnia)

Vinte e cinco dias depois daquele final de semana na Inglaterra curtindo a casa do Henry, dessa vez foi a vez do ator passar uns dias na minha casa. Kal estava na casa de sua mãe, em Jersey. Amanhã é o aniversário do Caio, então minha casa estava cheia dos meus familiares. Meus pais, tios, tias e primos estavam lá, dividindo seus quartos e agindo em completo caos familiar, se embriagando e me ajudando muito pouco nos preparativos. Eles chegaram ontem de viagem e só partirão no dia seguinte da festa. Incrivelmente, minha família não conhecia Henry. Eles não gostam muito de filmes de super-heróis ou algo assim, eles gostam de teatro e melodramas, mas ainda assim ficaram surpresos ao saber que Henry era um ator conhecido.

Porém, eu estava preocupada com Henry. Não sei se ele está acostumado com tanta gente desconhecida ao seu redor, não sei se ele se sentiu confortável, realmente não sei, é apenas um palpite, mas mesmo assim ele fez questão de ficar ao lado do Caio. Diana também ficou conosco porque ela deu seu sangue para me ajudar sempre que podia. A pobrezinha trabalhava o dia todo e vinha correndo de noite ajudar minha mãe e minha tia Susan a fazer as decorações, e no final do dia, capotava de sono em meu sofá. Pelo menos, amanhã é a folga dela. Não posso desconsiderar que Henry também era o responsável por grande parte do preparo da comida, pois convenhamos, ele tinha um talento culinário incrível e, segundo ele, foi uma honra participar disso, já que aos demais homens da casa nem ajudaram a encher os balões.

Com toda a minha família na sala bebendo e conversando entre si, Cavill pediu licença e foi para o quarto de Caio onde dorme comigo e com meu filho. Depois de alguns minutos sem nem prestar atenção ao que meus tios diziam, fui direto para cima atrás dele, que procurava serenamente alguma coisa em sua mala. Eu apenas me inclinei contra a porta, observando-o se locomover pela sala. Henry nem me viu, estava tão concentrado em procurar algo em sua bolsa que nem notou minha presença. Percebo que ele não estava procurando por nada, apenas verificando, e então se sentou na beirada da cama. Ele finalmente olhou para mim e então sorriu com os olhos em silêncio por alguns segundos.

─ O que você está fazendo aqui? ─ pergunta Henry. ─ Não perca seu tempo aqui em cima, a conversa é ótima lá embaixo.

Balanço a cabeça suspirando e sento ao lado dele na cama.

─ É, nem tanto... Eles sempre falam sobre as mesmas coisas fúteis, as mesmas bebidas alcoólicas e risadas vindas de piadas sem graça nenhuma. É um costume monótono. ─ respondo sorrindo, apoiando a mão no queixo com o cotovelo pressionado contra a perna. Henry sorriu e então imitou minha posição, com a cabeça inclinada para o lado, como eu. ─ E você, por que veio aqui se pode ficar na sala rindo das piadas sem sentido de gente bêbada?

─ Eu estava procurando meu celular na bolsa porque esta tarde não encontrei, lembra? ─ eu concordo. ─ Antes de dormir, acho vou ligar para minha mãe. ─ permaneci intacta olhando para o rosto dele, sem dizer nada. ─ O que foi?

─ Você deve estar achando estranho toda a minha família barulhenta, não é? Posso imaginar o incômodo que você deve estar sentindo com os irmãos do meu pai agindo como se fossem jovens, ou a irmã da minha mãe falando muito sobre esterilização de cabelo.

─ Claro que não. Quero dizer, eu estranhei no começo, mas eles me trataram muito bem desde que chegaram. Eles são muito divertidos, então dispense sua preocupação. Sou eu que tenho que me adaptar a eles, não eles a mim. ─ Henry sorriu e então se aproximou de meu rosto enquanto eu concordava com suas palavras. ─ A propósito, estou ansioso por amanhã. Tenho certeza que o Caio vai amar meu presente.