𝐏𝐚𝐭𝐞𝐫𝐧𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞 | Henry Cavill e Anne Hathaway (em revisão)

𝐂𝐚𝐩𝐢𝐭𝐮𝐥𝐨 𝟐𝟑

Olá pessoas que acompanham. Desculpem a longa, beeeem longa demora, mas um novo capítulo já acabou de sair. Eu não desisti dessa história, e por favor, não me abandonem! Essa retirada de um ano me fez bem e acho que posso melhorar minha escrita. Ainda tem muito circo por aí para pegar fogo, não percam kkkkkkkk

Desejo a todos uma boa leitura! 💋

...

Duas semanas se arrastaram lentamente diante dos meus olhos. Às vezes, sinto a necessidade de proclamar que estou vivendo o melhor momento da minha vida, ao lado do homem mais incrível que já conheci e com o melhor filho do mundo inteiro. No entanto, uma parte significativa do meu dia é consumida por uma pontada opressiva de culpa, que perfura meu interior. Tentei reunir coragem para contar a Henry a verdade sobre Caio, sobre ele ser o pai biológico, mas sempre falhei miseravelmente. E, claro, depois disso, sinto-me péssima.

Durante o dia todo.

Há três dias, tive uma conversa com Diana. Ela desabafou, admitindo que também carrega um fardo pesado na consciência e parece não suportar mais. Segundo ela, tem sido cruel, e concordo plenamente.

Não é fácil, é terrivelmente difícil carregar esse peso. Em verdade, é exaustivo. Fico imaginando como as coisas seriam se eu revelasse toda a verdade. Penso muito na possibilidade de ambos, Henry e Caio, me odiarem pelo resto da vida, e isso me aterroriza. Pondero sobre a ideia de Henry me perdoar, mas também me vejo imaginando-o tentando afastar Caio de mim. Prefiro acreditar que ele jamais faria algo assim. Sinceramente, não acho que ele teria capacidade para isso, embora não descarte completamente essa possibilidade. Será que ele seria capaz de me perdoar se eu me abrisse? É ingênuo da minha parte pensar nisso.

Com o sol se pondo, aproveitei a escuridão da noite para tomar um banho quente e relaxante. Foi um momento propício para aprofundar meus pensamentos e refletir sobre inúmeras questões, especialmente sobre minha solidão. Diana é minha única verdadeira amiga. Não confio em mais ninguém além dela. Somos como almas gêmeas, até mesmo como irmãs. Pode parecer clichê, mas sinto-me grata por nossos caminhos terem se cruzado tão cedo e desde então, tornou-se duradouro.

Meu celular vibrou, mas ignoro.

Enquanto eu estava debaixo do chuveiro, meu celular vibrou de novo, indicando mais uma nova mensagem. Com a mão esquerda, peguei meu celular que estava sobre uma toalha azul, em cima da tampa do vaso sanitário fechado. Pausei a música que tocava e li a mensagem que havia chegado. Coincidência ou não, era da Diana, e ela disse o seguinte:

Diana: Acho que fiz merda

Diana: E acho que você pode
me odiar para sempre

Diana: Venha até a minha casa
assim que ler essas mensagens

Encarei a mensagem com o rosto franzido, uma expressão de confusão mesclada com curiosidade. Soltei uma risada fraca e coloquei o celular de volta onde estava antes de voltar para o chuveiro. Era como se um raio de humor tivesse iluminado meus pensamentos, me fazendo torcer para que fosse algo leve, como a revelação de que Diana pegou o fedido do Jeff do trabalho, o rapaz que ela tanto detesta por causa de seu mau hálito e aparência descuidada. A ideia me fez rir novamente, pois seria divertido ver a reação dela.

Também haviam mensagens do David dizendo que precisava conversar comigo sobre o Caio, mas ignorei completamente. Não quero saber dele. Não hoje.

Já em frente ao grande espelho do meu quarto, apliquei um pouco de gloss labial, pronta para sair. Ajeitei os cabelos longos em ondas suaves e, sem prestar muita atenção em quem entrava, continuei indecisa sobre a roupa que escolheria. Na minha mente, a peça parecia uma coisa, mas ao vesti-la, adquiria uma outra aparência completamente diferente. Detestava quando isso acontecia.