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Passos se ouviam pelos corredores. Eram brutos e diferente do estalado que um geta fazia. Ecoava gravemente pelo piso madeiro do templo que os monges mais próximos do ruído conseguiam ouvir claramente. Com o tempo, o som parecia mais distante para aqueles que o escutavam. Só que não soavam apenas passos aquela altura, mas também uma voz feminina que parecia um pouco ansiosa. Estava procurando alguém: Tamaki. O fusuma do quarto da jovem monge se arrasta rapidamente batendo contra a outra extremidade repentinamente.
- Parece que alguém enfim reagiu. - disse Tamaki olhando para o reflexo de seu espelho: era Estrith. Seu cabelo desregular e sua pele pálida que não retratavam bem a determinação de estar ali chamavam a atenção da monge. - Nesse estado, me admira você chegar apenas com seus pés. Realmente, você é especial.
- Quero ficar forte e resolver esse assunto que tanto machuca todo mundo! - disse a jovem não dando importância ao que Tamaki falou. A mesma se levanta e torna na direção de Estrith fitando seus olhos de maneira que transparecia calmaria.
- Você diz isso por justiça ou por vingança? - perguntou Tamaki a garota. A respiração desregular e a emoção que era exibida no rosto de Estrith fez com que a monge entendesse a resposta de imediato. A adolescente ergue sua mão e toca levemente o rosto de Estrith, que era mais alta. - Venha comigo.
Estrith acompanha Tamaki para fora do quarto. A monge encosta o fusuma no lugar e segue pelos corredores até a sala do mestre Hakudo. Chegando no local, a jovem devota se retira o seu geta apressadamente. Ela olha para Estrith rapidamente.
- Para entrar lá dentro você... - ao passo que estava falando, os olhos de Tamaki percorrida o corpo da jovem avulso até chegar aos seus pés que, para sua surpresa, estava descalça. - ...Espera, você anda sem calçado nenhum?
- Sai do meu quarto sem calçar minhas sapatilhas. - disse Estrith. A monge apenas acente pensativa.
- Esqueceu que aqui é um local de adoração, senhorita Tamaki? - uma voz ecoou a frente delas. Era o senhor Hakudo sentado ao chão com as pernas cruzadas e olhos fechados para a estátua da deusa Ashya.
- Desculpe-me, mestre! - respondeu a monge curvando repentinamente seu corpo em reverência ao seu superior.
- Não é a mim que você deve se desculpar. Depois de falar o que deseja, se ajoelhe e faça a "Prece dos Mil Passos". - disse o idoso com um tom mais severo. Tamaki apenas acente e se aproxima do mesmo lentamente.
- Eu trouxe essa jovem aqui, pois ela deseja fazer algo por nós: Estrith deseja por um fim nisso. - disse Tamaki. Hakudo olha para as duas de ombro e, não mostrando nenhuma expressão, volta a sua posição anterior.
- Deseja fazer isso por vingança ou por justiça? - perguntou o mestre. Estrith dá um passo a frente e serra seus punhos. Um expressão heróica e destemida toma conta jovem.
- Desejo fazer justiça! - disse a jovem. Hakudo se levanta, apoiando-se em seu cajado e torna a direção das garotas com um olhar pensativo para o lugar.
- Esse lugar é fundado na pura justiça. Aquela que é, sem dúvida, a correta imposta por Ashya. Cada pedra nesse templo foi alicerçada sob o amor e a misericórdia. Nossas mãos nunca tocaram uma arma e nunca derramaram sangue. E isso você tem que entender. - discursava o idoso passeando ao redor delas.
- Sim. Eu compreendo. - disse Estrith com um pesar na língua. Ele sabia e ela também sabia que suas intenções não eram as mesmas que sua boca justificava. Seu coração ainda amargava com o que acontecera a ela e seu falecido pai. Queria subjulgar seus algozes com sua fúria. Queria vingança.
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Pentandade Lendária: A Estigma Divina
FantasyNo grande reino de Garfinia, uma jovem chamada Estrith vivia junto com seu pai desfrutando de uma vida humilde. Porém, após um certo incidente, Estrith se encontra sozinha para, a pedido dos monges do templo da providência de Hagasashima, recuperar...