AUGUSTO MANCINI.
Aí que mora o perigo, aí que eu caio lindo Aí que eu sei das consequências, mesmo assim vou indo É que vale a pena, vale a cama, vale o risco O que é um arranhão para quem já tá fodido? Henrique e Juliano
– Arranhão-Precisei me segurar muito para não ensiná-la a fazer um boquete ali mesmo, no meio da minha sala, e, logo em seguida, chupar aquela boceta e finalmente conhecer o gosto dela por completo.
Como aquela criatura era irresistível... Como era inteligente. E como era teimosa.
Maria Luiza não fazia meu tipo. Sempre gostei de mulheres mais tranquilas, mais polidas e, para ser sincero, mais voluptuosas. Nada disso importou, entretanto, para que o desejo súbito de fodê-la se apossasse de mim e não quisesse mais ir embora.
Passei a apresentação inteira dela focado na garota. No jeito que retorcia seus dedos de uma forma nervosa, em como os cachos estavam soltos e sambando pelas suas costas e rosto. Como mordia os lábios toda vez que começava a gaguejar. Notei tudo, até mesmo como ignorava a todos e se apresentava só para mim. Como se soubesse que tinha conquistado a aprovação de cada uma daquelas pessoas, menos a minha.
Eu já sabia o que ela ia apresentar e já sabia o que ia falar. O projeto não era ruim. Ela estava certa quando disse que foi o melhor do dia. Mas Maria Luiza era a melhor arquiteta da sua turma. Talvez, melhor até do que alguns da minha equipe principal, mas isso não importava.
Não quando eu desejava que ela fosse a melhor.
Tudo o que eu disse era verdade, e mesmo que Melinda e Dante estivessem no meu calcanhar, tentando me fazer pedir desculpas e dar o
reconhecimento que Malu merecia, eu não voltei atrás.
Sabia o que era melhor para minha supervisionada e, se ela iria me
odiar por aquilo, sinceramente, não era problema meu. Essa era a questão que Dante ainda não entendia. Eu não desejava ser gostado por aquela garota, eu desejava ser respeitado. E tudo para o bem da carreira dela. Do jeito que Maria Luiza era tratada, a primeira rejeição de um projeto dela seria sua morte ou, pior, ela seria uma chefe horrível por ser soberba e metida demais.
Eu era o dar errado na vida daquela garota e, um dia, ela iria me agradecer por isso.
Maria Luiza tinha tudo contra esse mundo, mas não tinha armaduras. Eu estava fazendo aquilo por ela. Querendo ou não, gostando ou não, era o melhor para ela.
Meu pau pulsou na calça, não me deixando esquecer em nenhum momento do porquê estava entrando no meu prédio às onze da manhã de uma segunda-feira tão apressado.
Sabia que ela tinha ido para nossa sala chorar. Vi como mordeu a bochecha e sorriu fraco para os pais no final da apresentação. Admirei a força de vontade de não dar uma birra na frente de todos.
Porque era aquilo que Malu estava fazendo. Uma birra.
Dante e Melinda, e até mesmo Raul, brigaram comigo, mas consegui sair da sala de apresentações para ir até ela. Preocupado, precisava confessar. E um pouco culpado também. Mesmo sabendo que estava fazendo o certo, não queria de forma alguma fazê-la chorar.
Brigar com ela me deixou duro. Escutá-la me mandando à merda me deu de súbito uma vontade de surrar sua bunda e, logo em seguida, comê-la com aspereza. Sem nenhuma dó.
E aquele beijo foi... Eu nem tinha palavras.
Abri a porta do meu apartamento ainda em completo choque por tudo o que senti beijando os lábios carnudos daquela garota mimada. Ela era muito inexperiente e tão responsiva que, com um único beijo, me deixou à beira de um colapso.
O jeito como ela tentava acompanhar meu ritmo, como tentava repetir meus movimentos, mesmo não sabendo como... Ela se entregou.
Ela nem gostava de mim, mas se entregou a mim. Deu seu primeiro beijo comigo.
Santo Deus, eu fui o primeiro beijo da filha do Dante.Fui o primeiro beijo da garota que arruinou a adolescência do meu melhor amigo.
O pensamento não me impediu de sentar no sofá de couro marrom o meio da minha sala e tirar meu pau duro como uma rocha para fora da cueca. Não impediu que eu a imaginasse me olhando com aqueles lindos olhos enormes e verdes enquanto colocava a língua para fora e lambia meu pau de uma forma totalmente despretensiosa.
Eu amaria pegar aqueles cachos entre meus dedos e segurá-los com força bem perto da raiz conforme deixasse que ela tomasse seu tempo para me engolir como conseguisse. Ela não precisaria fazer nada além de me olhar e abrir aquela boca esperta ao passo que eu rebolasse meu quadril para encontrar com ela. Com sua boca quente e molhada, que me levaria ao gozo em tão poucos minutos.
— Caralho, Maria Luiza...! — gemi, masturbando-me com rapidez e sentindo a porra escorrer pela minha mão, minha calça e pela merda do meu sofá.
Olhei para baixo, me encontrando todo lambuzado, e soltei uma risada desacreditada. Um homem de trinta e sete anos que foi capaz de sair do próprio trabalho às pressas e dirigir por longos quinze minutos até a porra do seu apartamento apenas para bater uma pensando numa peste que nem sabia beijar ainda...
Ela nem sabia beijar e foi o melhor beijo da minha vida.
Que porra essa fedelha tem, que consegue me tirar do eixo assim?!
Respirei fundo.
Enquanto meu pai e Dante moravam em Alphaville, eu morava em Higienópolis. Não sabia como eles conseguiam enfrentar todo o trânsito de São Paulo apenas para morar em condomínios de casas luxuosas.
Meu apartamento era grande, tinha um pouco mais de cento e vinte metros quadrados, e foi projetado inteiramente por mim e para mim. Havia uma cozinha — que eu nunca usava — aberta para a grande sala de estar e tudo era aconchegante. Não era o que se esperava de um cara que tinha o escritório inteiro banhado a aço escovado, preto e cinza.
Por aqui, predominavam-se tons de verde em alguns pontos das paredes, muito marrom e laranja, tudo no estilo mid-century modern, que era o meu estilo favorito desde que fiquei obcecado pela série Mad Men, quando era mais jovem.
YOU ARE READING
Nossas primeiras últimas vezes....
FanfictionSINOPSE. Ela era tudo o que eu jamais poderia querer. Quinze anos mais nova. Minha estagiária. Filha do meu melhor amigo. Maria Luiza Bittencourt era apenas uma menina quando entrou no avião rumo a Crownford para fazer faculdade de arquitetura. Doi...