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Quantidade de palavras: 4503
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Este capítulo aborda temas que podem resultar gatilhos em certas pessoas.
Leiam com atenção.
- Bonnie.

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Assim que Haruki terminou de fazer o jantar, seu avô chegou e perguntou a ele se tinha feito as compras.

- Chegou tarde vovô! Mas pensei que você iria fazer as compras dessa semana, eu tenho que cuidar da casa.

- Tudo bem, eu vou dessa vez.

O avô de Haruki respondeu, ele parecia estar exausto e com dor.

- Eu vou, eu sei onde fica o mercado.

Me ofereci.

- Tem certeza?

Perguntaram eles, unisom.

- Claro, estou há muito tempo aqui e ainda não fiz nada.

- Você não vai agora, não é?

O avô de Haruki me entregou as coisas com um pouco de receio, mas logo depois se sentou na mesa. Coloquei tudo no bolso e terminei de jantar rapidamente. Me preparei para ir e me despedi.

- Ei! Aoto! Você vai mesmo agora?

Perguntou Haruki assim que eu estava prestes a sair.

- Vou, qual o problema? Quanto mais cedo melhor, não?

- Você não vai ficar se eu pedir, não é?

Balancei a cabeça negativamente. Ele suspirou e pediu para eu tomar cuidado. Peguei meu casaco e me despedi.

Cheguei no mercado e logo tirei a lista do bolso. Estava achando as coisas com facilidade, e achei que ia voltar para casa brevemente. Mas ouvi uma voz.

- Ei, aquele garoto é uma gracinha, porque não vai atrás dele?

Ouvi uma voz masculina.

- Ele não é aquele que ficou com os dois famosinhos daqui?

Uma outra voz masculina respondeu. Depois que descobri sobre o que se tratava, tentei me concentrar em ver qual macarrão barato tinha mais qualidade.

- Não tem importância, ele é muito bonito e muito provavelmente vai ficar famosinho, e quando esse dia acontecer você vai poder falar que ficou com ele.

Olhei para os lados para ver se tinha alguém comigo, mas eu estava sozinho no corredor dos fundos com aqueles dois rapazes.

- Tem razão, vou lá falar com ele!

- Lembre-se que para chegar num desses não é só "falar".

Ele falou rindo. Eu paralisei.

Quando eu percebi, o outro garoto já estava do meu lado impedindo minha passagem.

- Olá, qual o seu nome, lindinho?

Virei minhas costas para ele e fui em direção à saída na outra ponta do corredor. Mas fui impedido, ele segurou minha mão e me puxou para seus braços. Ele me segurava pela cintura e não me deixava sair.

- Eu estava falando com você, por acaso está me ignorando?

Ele perguntou, aproximando seu rosto do meu.

- Se afaste, por favor.

Eu recuei meu rosto.

- Por quê? Já sei! Está se fazendo de difícil?

#‹𝑶𝒍𝒉𝒂𝒓 𝑪𝒂𝒓𝒎𝒆𝒔𝒊𝒎˚₊Onde histórias criam vida. Descubra agora