#‹𝑶𝒍𝒉𝒂𝒓 𝑪𝒂𝒓𝒎𝒆𝒔𝒊𝒎˚₊

#‹11

Quantidade de palavras: 1384
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Quando vi Haruki cercado por aquela multidão, minha primeira ideia era ir salvá-lo, mas sabia que se fosse, não conseguiria ir para meu destino inicial. Então, deixei ele para trás. Com lágrimas nos olhos e uma dor imensa no peito, deixei para trás meu único verdadeiro amor.

Masaru iria me matar, mas não era um problema, já queria morrer há um bom tempo. Era melhor eu morrer do que meus amigos se sacrificarem por mim. Meu corpo estava acabado. Sentia dor em qualquer lugar que fosse possível imaginar, nem sei como Haruki não havia me alcançado. Acho que a dor física tinha menos relevância que a dor mental.

Eu estava com muito medo, agora que sabia que Masaru me observava, eu estava com medo de tudo, cada passo que eu dava ele estava observando, não só ele, mas como outras pessoas que minha mente insistia que estavam me encarando de um jeito não tão puro. Mas, o que eu podia fazer sobre isso? Qualquer coisa que eu fizer ele vai ver, e não há nada que eu possa fazer. Se eu estivesse na casa de Haruki, não me trancaria no quarto por isso. Eu estava com medo, obviamente, mas me trancar em casa só pioraria tudo, porque significaria que ele havia conseguido me intimidar. Não daria esse gosto à Masaru, embora já esteja contribuindo para seu lado.

Enquanto andava, eu pensava em como Haruki havia salvo minha vida. Serei grato a ele até minha morte. Haruki foi a única pessoa que me amou de verdade, muitos de meus antigos ficantes queriam apenas um pedaço de carne, eles não me queriam como um ser humano. Masaru no início era um doce, mas sei muito bem como tudo acabou. Haruki não só me passava um sentimento de familiaridade, mas também de segurança, me sentia protegido ao seu lado, me sentia feliz ao seu lado. Embora tivesse medo que ele mudasse repentinamente como aconteceu com Masaru, acho que com Haruki nunca precisarei dessa preocupação.

Precisei, corrigindo.

Me doía deixá-lo para trás. Me doía nunca mais poder ver seu belo rosto novamente. Acho que isso tudo irá doer mais nele que em mim, mas eu tenho certeza que ele vai ficar bem, Haruki é uma das pessoas, senão a pessoa mais forte que conheço. Vou sentir falta de você, querido.

- Aoto..?

Era a voz de Makoto, e ele estava junto de alguns amigos.

- Makoto?

- Eu mesmo, o que está acontecendo?

Ele viu as lágrimas em meu rosto.

- Não é nada.

- Vai para onde?

Um dos amigos dele me perguntou.

- Eu... estou indo visitar alguém.

Respondi.

- Pare de mentir.

Makoto me olhou profundamente nos olhos.

- Ninguém vai visitar alguém chorando.

Ele completou. Seus amigos cochichavam.

- Nos dê explicação, Aoto. Agora.

Makoto ameaçou. Tive que abrir a boca.

- Eu achava que quando eu tivesse a idade que tenho hoje, eu seria livre. Eu poderia sair pelas ruas e fazer o que eu quisesse.

Eu dizia, havia um sorriso em meu rosto, mas lágrimas em meus olhos.

- Eu tinha deixado para viver quando fosse mais velho. Mas olhe só, hoje me arrependo de não ter feito o que queria na adolescência.